Capítulo Trinta e Dois.

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Aaaa, os refrescos! 🥂

Boa leitura!

~•~

Passaram-se alguns meses e nossa "rotina de casal" continua a mesma. Bom, houveram sim algumas mudanças em minha vida. 

Havia roupas que não eram minhas no armário e uma escova de dentes a mais no banheiro. Ele passou a dormir mais aqui ou eu no apartamento dele.

Outra mudança, foi que eu finalmente lembrei de bloquear os números daqueles dois. Depois daquelas últimas mensagens, devidamente ignoradas,  ela nunca mais entrou em contato, mas eu sentia que devia fazer para finalmente dar um passo além e deixar tudo para trás. Sabia que eles ainda estavam juntos e que ela estava grávida, mas eu não vou mais fazer parte disso. Queria que essa história ficasse onde devia, no passado.

Não foi apenas nesses campos que as coisas mudaram, no lado profissional também. O auxílio acabou e eu não consegui arrumar um emprego na minha área, "Auxiliar de Departamento Pessoal" e por isso agora estou trabalhando como "Recepcionista" em uma clínica. Não me sinto satisfeita, mas eu preciso pagar minhas contas, não é? Não que o emprego seja ruim, longe disso. O ambiente, salário, horários e benefícios são ótimos, mas não é minha área e isso é frustrante. Mesmo assim, eu desempenho meu serviço da melhor maneira. Se for para reclamar de algo ali, seria de uma pessoa, um dos médicos.

— Já terminou? – perguntou.

— Sim, senhor. – será que ele é cego e não viu que estou me arrumando para ir? — Na sexta nós saímos mais cedo, esqueceu?

— Já disse 'pra não me chamar de "senhor", me sinto um velho quando você faz isso. Loke 'tá bom.

— Ok. – é sempre a mesma história.

— Vai fazer algo depois daqui? A gente podia sair. Tem um barzinho aqui perto e ele é muito bom. – revirei os olhos.

— Não, mas obrigada pelo convite. Já tenho compromisso.

— Com aquele cara? Ele é seu namorado?

— Eu vou sair com ele sim e mesmo que não fosse, não saio com pessoas do trabalho.

Deu de ombros e foi embora. A conversa sempre termina do mesmo jeito, já até pensei que talvez eu esteja interpretando isso errado, mas desconsidero essa hipótese.

Estava no ônibus, voltando à casa, quando parei para pensar em algumas coisas.

"Natsu é meu namorado?"

Esse assunto é algo sobre o qual nunca conversamos. Desde a época da viagem, as coisas simplesmente foram acontecendo de forma natural entre nós. 

Eu não saio com outras pessoas, nem tenho vontade de fazer isso e Natsu um dia me disse que também não sai com mais ninguém, ou seja, estamos exclusivos um do outro.

O levei à um almoço com minha família. Papai agora o trata como filho. É "meu genro" o tempo todo e ele ainda conseguiu fazer a pergunta que tanto queria.

"Quais são suas intenções com minha filha, rapaz?" 

Fiquei tão envergonhada e olha que estava preparada.

Bom, eu fui ao almoço de aniversário da sua mãe, Cornélia, ela é tão linda e gentil. Eu amei conhecê-la.

Cheguei ao prédio, ainda perdida em pensamentos, quando uma mão agarrou meu pulso, o que rendeu um gritinho de susto.

— Andar distraída assim é perigoso. – disse.

— Porra, Natsu, que susto!

— Susto você tomaria se batesse na porta de vidro e machucasse esse rosto lindo. – olhei para frente e vi que estava bem próxima.

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora