Depois de 9 anos sem ver sua mãe Haru estava a caminho de sua casa no Canadá. Segundo ela, estava morrendo. Como se alguém como Haruko fosse morrer tão fácil. Como o esperado era Rob quem estava lhe esperando no aeroporto.
― Haru! – ele acenou – Como você cresceu!
― É verdade – ele sorriu – Estou mais alto que o senhor.
― Vamos sua mãe vai ficar muito feliz em te ver!
Sobre isso Haru tinha suas duvidas, ela nunca ligou para ele depois que foi morar com o seu pai. Não acreditava realmente que ela estava morrendo, mas poderia ser que estivesse doente depois de tanta insistência para que ele viesse.
― Tudo ainda é como se lembra? – Rob perguntou quando estavam no carro a caminho de casa.
― Acho que sim – seus olhos estavam perdidos nas imensas árvores que ladeavam a estrada, realmente havia se esquecido como aquele lugar era bonito.
― Como estão seus irmãos?
Ele sorriu.
― São boas crianças, eu gosto de estar com eles, mas parecem ter crescido o suficiente para ignorar a minha existência. – riu quando no fundo queria chorar.
― Pare de falar como um velho deixe isso para mim – o mais velho também riu – É bom que tenha experiência Haruko tem mais um filhotinho para cuidar.
― Filhotinho? As cadelas deram cria? – quis saber.
― Vai ver quando chegar.
A casa de sua infância não havia mudado nada.
― Ren! Para onde vai assim, Ren! – aquela se não se enganava era a voz da tia Fumi, esposa do Rob, com quem Haru frequentemente ficava quando era criança nas vezes que Haruko estava ocupada.
Ouviu sons de correria e logo viu uma criança pular da varanda até o teto do carro.
Era um menino de uns seis ou sete anos talvez, usava uma camiseta listrada e shorts verde, a expressão de seus olhos castanhos era extremamente selvagem e desconfiada. Ele pulou no chão.
― Se deixar que escape não vai ter almoço! – Haruko gritou da varanda.
Mais que habilmente agarrou o braço do pestinha afinal a refeição era importante.
― Me larga – ele gritou em japonês.
Com surpresa o soltou e sorriu.
― Você é do Japão? Prazer eu me chamo Haru kai...
Se interrompeu ao levar uma mordida na mão. Aquele pestinha...
Com a distração da dor acabou por deixa-lo escapar.
― Não seja frouxo Haru! – sua mãe reclamou.
― A senhora pode me explicar o que está acontecendo? Quem é aquele pirralho e porque ele está aqui!
― Aquele pirralho? – ela sorriu – Venha eu vou lhe explicar.
― Aquele pirralho – ela disse quando estavam na sala – É Ren, eu acabei adotando depois de uma visita ao orfanato e os cachorros se apegarem a ele todos disseram que eu deveria ficar com ele por ser japonesa foi inevitável.
― Então o pestinha?
― É seu irmão mais novo – ela sorriu – Espero que cuide bem dele.
Haru fez uma careta, não entendo porque ela falava com uma entonação diferente tudo que se relacionava com ele. Agora para ele parecia muito claro que ela não estava doente, mas porque ele estava ali?
― Ele é assim com todos ou simplesmente não foi com a minha cara?
― Essa criança não tem lembranças de antes de ter sido trazida para o orfanato e lá era obvio como o tratavam como um incomodo eu estive pensando em como lidar com isso por isso te chamei.
Haru estreitou os olhos.
― Ainda não consigo entender.
― Você é melhor cuidado de crianças do que eu.
Ele revirou os olhos era uma vergonha que uma mãe dissesse uma coisa daquelas, mas não poderia dizer que era mentira afinal não era por isso que havia ido morar com seu pai?
― Traga-o de volta, convença-o a tomar banho.
― Quer dizer que ele não quer?
― Como eu disse ele não tem uma boa interação com as pessoas, prefere ficar com os cães não come a mesa e quando chegou tive que cortar seu cabelo quando estava no banheiro desde então ele não entra lá.
Suspirou.
Ainda não sabia se era o mais indicado para aquela tarefa mais iria tentar.
― Então agora ele deve estar com os cachorros?
― Provavelmente.
― Então eu vou encontra-lo.
― Já está saindo Haru? Eu trouxe os biscoitos que você adora – Fumi disse entrando na sala com a badeja.
― Obrigado, mas vai ficar para mais tarde, eu preciso ir buscar o Ren.
Ao ver seu filho sair Haruko riu um pouco.
― Está feliz que nosso Haru esteja aqui – Fumi percebeu.
― Não posso dizer que não – ela sorriu – Ele se tornou um rapaz bonito, mas continua bem tapado.
― O que quer dizer?
― Ele não percebeu que Ren não é um menino e sim uma menina.
― Achei que havia entendido errado, mas ele realmente falou “O Ren”. Eu não o culpo, quem teria percebido a primeira vista que ela é uma menina? Ainda mais com seu nome e aparência.
― Talvez – ela deu de ombros.
― Não vai dizer a ele? – perguntou.
― Estou observando, quero ver quanto vai demorar para descobrir e qual será sua reação.
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Super Lovers: Pink Dream
FanfictionApos ser atraído de volta ao Canadá por sua mãe que dizia estar a beira da morte, Haru descobre que ela acabou adotando uma criança selvagem e que é o seu dever civiliza-la. De início parece ser uma tarefa impossível, mas aos poucos Haru consegue al...