CAP 2: O BAIRRO DAS ESTRELAS

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Iraci foi então ao Bairro das Estrelas com seu pai e sua mãe, o Bairro das Estrelas era encontrado em Manaus, se batia três vezes em uma árvore específica e arrastava a mão para baixo, balançando os dedos, que ela se abria, a árvore não era muito grossa e nem muito grande também, então Iraci ficou se perguntando como entraria ali com seus pais. Seu pai entrou primeiro e sumiu por um tempo, depois fez um sinal com a mão para Iraci e a mãe entrarem, quando entraram Iraci se deparou com um enorme bairro com ruas largas cheias de gente e com várias lojas com todo tipo de nome esquisito, havia coisas que Iraci já havia visto como varinhas e caldeirões, porém outras que ela não fazia ideia que existia como por exemplo, relógios que mostravam como estava os planetas, chaves que abriam pedras, instrumentos que tocavam sozinhos, poções para ter asas e outras coisas mais. Iraci estava encantada, mudava de expressão apenas de felicidade para surpresa, deixassem ela iria acabar comprando tudo de todas as lojas. Seus pais foram para o banco primeiro, era grande e prateado parecendo uma grande catedral, quando entraram Iraci viu, sentados muito acima dela verificando papéis e atendendo clientes, vários sacis, para sua surpresa. Iraci sempre achou que sacis eram homenzinhos muito travessos mas quando os viu sérios se perguntou por que eles estavam guardando um banco. Seu pai respondera que sacis eram no passado muito travessos sim, mas que um dia, cansados de serem repreendidos por todos, eles começaram a agir de forma séria, porém continuam muito espertos, guardam um banco como ninguém, porque no passado eram ladrões então sabem como um ladrão pensa.
- Bom dia - disse a mãe de Iraci, educada.
- Bom dia... - respondeu o saci deixando os papéis se lado, ajeitando os óculos e e olhando diretamente para a família Régia.
- Viemos pegar um dinheiro na sala 526.
O saci, que se chamava Saci Omar, chamou a família para pegar o dinheiro de bruxo, era a mesma coisa que a Gringotes, Iraci sentiu o vento passar nos seus cabelos com um rosto agradável e calmo enquanto passava pelos trilhos subterrâneos.

O saci, que se chamava Saci Omar, chamou a família para pegar o dinheiro de bruxo, era a mesma coisa que a Gringotes, Iraci sentiu o vento passar nos seus cabelos com um rosto agradável e calmo enquanto passava pelos trilhos subterrâneos

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Saci Omar
(desenho original)

Parara no cofre 526, seu pai e sua mãe pegaram o dinheiro, não era uma fortuna, mas também não era uma pobreza, seu pai trabalhava para certificar que o mundo trouxa não sabia de nada do mundo bruxo, era um trabalho que exigia feitiços de proteção e esquecimento, ganhava bem, mas não era rico, sua mãe também trabalhava, costurava roupas de bruxo, para ocasiões especiais e que haviam de vez em quando um feitiço simples, como mudar de cor dependendo do tempo, se camuflar, e também fazia roupas que causavam sensação térmica diferente da real, como longos e espessos casacos de pele que não davam calor, ganhava bem.
Seus pais saíram satisfeitos do cofre ainda deixando uma quantia considerável guardada dentro dele. Não iriam comprar uniforme, sua mãe iria costurar, compraram apenas o chapéu e a luva de proteção de couro de dragão espanhol, chique.
Compraram os livros e a varinha, a varinha de Iraci havia pequenos brotos de flores nas pontas e era reta, 22 centímetros e marrom-acizentada. Madame Tupi falava com muita certeza sobre as varinhas, sem consultar nada, só de olhar. Madame Tupi era uma idosa alta e pescoçuda de cabelos crespos cinza e pele bronzeada, era mestiça de indígenas e africanos, tinha olhos pequenos e nariz largo, a boca vermelha e nas orelhas longos brincos de flores. Era magra e usava um vestido preto com mangas. Iraci achava tudo incrível, admirava Madame Tupi como se ela fosse uma obra de arte apenas por ser bruxa, Iraci parecia uma trouxa no mundo dos bruxos, encantada até com as moscas que rodavam um velho cavalo na rua. Tudo era novo. Tudo.
Correndo com as bolsas de materiais, se distraiu com jovens menininhos admirando uma vassoura da marca Nimbus 2021, esbarrou num jovem que também vinha correndo, este tinha cabelos escuros e olhos bem abertos, nariz fino e labios grossos, pele clara e olhos castanhos, magro e usava um cordão com um pingente de uma estrela verde-água.
- Me desculpe! Não sabia o que estava fazendo - ele tinha sotaque, porém falava bem o português.
- Eu que te peço perdão, me distrai ali com os meninos - disse Iraci catando os livros do chão.
- Você tem 11 anos? - perguntou o menino curioso.
- Sim...
- Ah então estudaremos juntos! Sou Juan! Juan Rodrigues, não sou daqui, sou do Chile! Sou filho de pai trouxa e mãe bruxa, mas sei sobre algumas coisas da escola.
- Sou Iraci Régia, sou sangue-puro mas não sei nada! Meus pais não contavam por quererem que eu tenha uma surpresa quando chegar lá... Mas você pode me contar algumas coisas.
- Não sei muito, sei que tem um salão enorme cheio de comida, que a diretora é a Carmem Plata e que ano passado um aluno morreu.
- Morreu?? - perguntou Iraci assustada.
- . Mi abuela, disse que ele procurava um rio muy secreto - Juan falava secreto de uma forma engraçada dando ênfase no "cr"- Ele era monitor. Esse rio é o rio em que...
- Juan! Donde estás, chico?!- Era a mãe de Juan o chamando com um chapéu na mão.
- Aqui, mama! Tengo que ir, adíos Iraci, nos falamos no trem!

Castelobruxo - Iraci e o Rio SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora