ALVORECER PARTE 1

ALVORECER

Cheiro de grama molhada e um clarão, e tudo apagou .
Sentiu uma mão macia e leve na minha perna , Emilly, Emilly, acorde hora de ir , abri meus olhos e vi uma silhueta esbelta abrindo as cortinas. _ vai se atrasar. Minha tia Saha, ela não era a pessoa mais gentil do mundo, me acordou puxando na minha perna. Vim morar com ela depois do acidente dos meus pais, longe do vilarejo onde morávamos , mas já era hora de volta. Desço pelas escadas ainda meio sonolenta, _ "melhora essa cara , vai se perder no caminho, vou deixar você no aeroporto, a May vai está esperando por você , com toda a Parafernália, cartazes ,flores ,festa e sabe lá o que mais " Como eu disse ela não e tão gentil, ao contrário da May que e gentil até demais, vi ela poucas vezes nos últimos dez anos mas eu sei que vou adorar reecontra-la novamente.

Chegando no aeroporto da cidade perto do vilarejo , a May estava com um cartaz gigante, bem vinda! Ok, vou absorver o golpe primeiro. "Querida! Que bom te ver" ela me dá um longo abraço. Indo em direção a saida sentir alguns olhares em nós, alguns nem disfarçava e cochichavam. Ok , relaxa Emilly.
No caminho para casa , percebi que eles desviaram o caminho do local do acidente. Não deu para evitar as lembranças. May olha pra mim. _ nós pedimos para desviar, as pessoas daqui gostavam muito deles e queriam fazer algo especial no local." Certeza, flores e mais flores, parecia até um jardim bem cuidado. Chegando em casa, tudo estava como dez anos atrás, exatamente igual, a mesa octogonal na entra, as cortinas branca e berge, o cheiro de casa, não pude evitar as lembranças, a sala tava mais espaçosa. _ "bom eu tirei o piano e as cadeiras dali" ,ela aponta pro canto, "coloquei em outra sala, vem, o seu quarto tá tão lindo." ela fala com um sorriso no rosto.
Subindo as escadas , a primeira porta no corredor, o quarto que era dos meus pais, não me atrevi entrar. Entrando no meu quarto, vermelho escarlate e branco, "gostou?" Perguntou ela . "sim e... Tá muito bonito" na realidade tava mesmo muito bonito.
"Vou deixar você sozinha pra se instalar" A May tem bom gosto, realmente , ficou incrível.

Olhando pela janela a vista dava no jardim da minha mãe , ela tinha tanto cuidado com ele mas estava seco. Fui até a jardim. Ouvi uma voz atrás de mim. "senhorita." Não pude evitar o susto, era o senhor Jones. "Lembra de mim senhorita?" perguntou. "sim... Lembro. aaa... Sr Jones, o que ouve com o Jardim? Todo o resto tá verde e essa parte não." "cuido igual , mas talvez ele precisse de um toque feminino, eu lembro que a senhorita gostava muito desse lugar ficava horas por aqui, quem sabe não consiga lhe devolver a vida." Tenho lembranças daquela anos, olho para floresta que fica não muito longe e vejo um Coelho, vou em direção a ele, ele corre e entra na floresta, sinto um vento forte quase congelante, arrepia todo o meu corpo. "Emilly! Já vai anoitecer venha" diz May. "eu acho que vi um Coelho." "a querida por aqui tem muitos animais" diz ela. "tem alguém querendo te ver." May quase sempre tá sorrindo.

Chegando em casa Ellie, Norman e Deb estavam no jardim, fazia anos que eu não os via , mas nunca esqueci de como eles eram em momento algum. Ellie olha para mim com um sorriso animado, nos abraçamos, era bom tá perto deles de novo , não sei dizer o porque mas era uma sensação boa.
" Temos que ir , mas nos vemos segunda , você vai estudar na mesma escola né?" Pergunta Ellie. " claro que ela vai estudar com a gente, e a escola mais perto temos que enfrentar a fera juntos" nesse último ano." diz Norman. Eles começaram a rir,
"fera?" Perguntei. "O diretor Smith, ele e uma bruxa malvada" diz Deb se acabando de rir.

Chegando na escola, os corredores ainda estavam vazios, ótimo gosto mesmo de ser invisível, vou direto a sala do diretor, duas batidas na porta, "entre" , soou uma voz. O homem estava escrevendo de cabeça baixa, nem olha na minha cara, "a sua tia me ligou e passou todas as informações necessárias, leia e memorize tudo , sua aula começa em cinco minutos".
Fiquei parada ali , certeza que minha cara tava parecendo cara de peixe morto. Ele levanta a cabeça e olha pra mim. "alguma dúvida senhorita?" Perguntou. "Não, claro que não". Saindo da sala os corredores já estavam cheios, todos olharam para mim e cochicharam. indo para sala encontrei Deb e Norman. Oi diz Deb. Ela pega os papéis das minhas mãos,. "ooooh, já falou com o tirano! Meu Deus, agora entendo a sua expressão" " resumindo , ele nem quase olhou na minha cara , minha tia tinha resolvido tudo." "sem dúvida, ela tava muito ansiosa pra você chegar". diz Norman.
Entrando na sala vi um jovem sentado perto da janela. Ele olhava para fora , parecia nem está ali. Foi como se o tempo parasse por alguns minutos, ouvi uma voz distante, "senhorita". Voltei ao meu estado de consciência, a sala toda olhava pra mim. Entreguei os papéis , Ellie e Deb olham para mim sorrindo e faz um gesto com a cabeça pra sentar do lado delas. Olhei novamente pro jovem sentado perto da janela. Mas ele nem notou nossa presença. Depois da aula estávamos no corredor ,quando o jovem passou na nossa frente, ele olhou diretamente nós meus olhos, senti como se ele tentasse ler minha mente, ele olha pra Ellie e ela está seria, ela olha pra ele como se os dois tivesse falando mentalmente, ele coloca o capus e some no meio de todos os outros. Perguntei Ellie se ela o conhecia, ela entortou a boca com sinal de deboche. "O nome dele e Lucius, ta aqui desde o último semestre, nada demais ele estranho , então.... E só ficar longe".