Seis

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Na sexta-feira, o céu estava num bonito tom de azul, sem nuvens, a temperatura estava amena e agradável, pássaros cantavam e a lula gigante balançava as águas escuras do lago negro levemente ao passar seus tentáculos pela superfície.

Porém, Simon Crow não prestou atenção em nada disso.

Vagava distraidamente pelos corredores de Hogwarts, a mochila negra nas costas e o emblema da casa Grifinória sobre o lado esquerdo do peito. Os lisos cabelos louro-dourados jogados para o lado, os olhos verde-grama e a pele levemente bronzeada o faziam um dos garotos mais belos e desejados de Hogwarts.

Como ele sabia disso? Bom, digamos que, uma vez, durante a aula de Adivinhação, algumas meninas passavam um papel por toda a sala, que só elas podiam saber seu conteúdo. Porém a colega de mesa de Simon, Lila Sánchez, esqueceu completamente de sua presença para anotar algo no papel.

Simon percebeu do que se tratava na hora.

Era uma lista dos garotos Alfas mais bonitos de Hogwarts. Muitos nomes estavam na lista, e Simon percebeu, com satisfação, que ele estava em segundo lugar - um posicionamento realmente alto.

Mas, espera... Se Simon estava em segundo... Quem se atreveria a estar em primeiro lugar?!? Quem seria mais bonito e perfeito que ele?!?

Ah, o ódio. Um sentimento ruim borbulhou em se estômago enquanto ele, disfarçadamente, dava uma olhada na lista.

Severus Snape;

Oi?!? Desde quando Snape se tornara o padrão de beleza inalcançável, o objeto de desejo das garotas em Hogwarts? Com aquele nariz enorme, os cabelos oleosos, a cara fechada?

Simon olhou para o garoto pálido na primeira fileira, atento as explicações de Minerva, e, pela primeira vez, sentiu raiva do garoto insuportavelmente inteligente que ele era. Bom, realmente, e daí que ele era inteligente? E daí que ele era um Sonserino considerado "bonito" por essas garotas desmioladas? Simon era rico, tinha boa aparência, era um Sangue-Puro e exemplo de Alfa Lúpus. Snape nunca chegaria aos seus pés.

E então, dois meses depois, veio James.

O Ômega bonito era simplesmente perfeito, na opinião do jovem loiro. Com os cabelos selvagens que pareciam ter sido fortemente bagunçados pelo vento de quando ele voava, a pele macia com cheiro de pinho e chuva, a voz melodiosa e a risada incrível. Simplesmente lindo.

Quando ele tomou a Poção de Localização, Simon prometera a si mesmo que nunca deixaria James. Eles fizeram planos juntos, se davam bem, quando saíssem da escola iam se casar, comprar uma casa no campo, ter filhos e seriam felizes.

E que se foda Snape com sua beleza inexistente.

Então, do nada, James se afastou. Sirius dizia que ele estava doente, Lupin dizia que James tinha que pensar em umas coisas e Pettigrew sempre fugia quando Simon chegava perto. Isso fazia uma semana e, porra, o Crow queria atenção, droga! Era demais pedir só isso?

Uma semana sem tocar seu Ômega o fazia querer encurralar James em um armário de vassouras e forçar seu membro naquela boquinha mal-criada. Ah, só o pensamento o deixava duro. Ele precisava se aliviar, e agora!

Retirando lentamente seu membro das vestes escolares, Simon o masturbou devagar, mordendo os lábios pra não gemer alto. Estava seguro no banheiro do próprio dormitório, não havia riscos.

Mas não era o suficiente.

Simon arrumou suas roupas e saiu do banheiro, pegando sua longa capa negra e saindo apressadamente da Torre da Grifinória, ele partiu até a sala de Runas Antigas, batendo na porta com pressa, olhando as horas no relógio e vigiando se vinha alguém no corredor pouco iluminado.

— Posso ajudar, Senhor Crow? — Mellodie Pipper, a professora de Runas, arqueou sua sobrancelha perfeitamente bem-feita e muito negra. As vestes longas escondiam os seios fartos e as coxas durinhas, mas ainda eram levemente perceptíveis.

— Cala a boca e faz logo o que você tem que fazer. — Simon avançou, agarrando os cabelos negros da nuca da professora e colocando a outra mão por cima de seus seios, apertando forte e com brutalidade, a puxando para baixo até que a Beta estivesse de joelhos, a boca aberta pela surpresa. Simon não perdeu tempo, e logo empurrava a calça até o meio das coxas jogava seu quadril pra frente, forçando seu membro duro e gotejante na boca coberta de batom vermelho da professora.

Ah, o alívio. O calor, a excitação, o cheiro de sexo no ar. Ele empurrou a professora para dentro da sala e passou ali o resto da manhã, tarde e noite inteira, ignorando suas aulas e impedindo a Srta. Pipper de ir dar as suas.

Não que algum dos dois tivesse realmente reclamado desse fato.




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— Queria me ver, diretor? — Simon perguntou, adentrando timidamente a sala de Dumbledore e se encolhendo sob o olhar azul e penetrante do velho diretor de Hogwarts.

— Vamos direto ao ponto, Simon, tenho muita coisa pra fazer. — disse o mais velho, a voz fria e cortante como o loiro nunca havia antes ouvido. — A alguns dias, a deusa Lua apareceu no Ministério e nos deu uma profecia. Nessa profecia, um Ômega e um Alfa tinham que se casar e gerar um filho, e esse filho iria salvar o mundo bruxo.

— Eu vi isso no jornal. O Profeta ainda está falando disso até hoje e...

— James Potter e Severus Snape são o Ômega e o Alfa da profecia. — lhe interrompeu Dumbledore. — Eles assinaram um contrato e vão se casar amanhã. Por isso, você vai sentir a pior dor da sua vida, e não será mais o Alfa do Sr. Potter. Agora, por favor, se retire, eu estou muito ocupado. — despejou o velho, indicando a porta e voltando a assinar sua pilha de papéis, lhe ignorando.

O Alfa saiu da sala como um furacão.

A Rosa Dourada - SnamesOnde histórias criam vida. Descubra agora