Capitulo 16×2

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Nicolas POV

Mesmo antes de Juliana me revelar que queria dar o passo do nosso casamento, eu ja sentia e sabia que ela queria, então, simplesmente parei de me questionar o por que de ela não querer mais e fui agir.

Estou preparando um casamento surpresa para ela em Búzios, com apenas a nossa família e amigos mais próximos.

A melhor parte é que consegui reaproveitar a ideia da Grécia para que passassemos nossa lua de mel.

Está tudo indo perfeitamente do jeito que eu queria. Essa semana Vitória começou a perguntar algumas coisas discretamente, espero, sobre casamento para Juliana, decorações, o tipo de bolo e o principal: vestido de noiva.

Mesmo que minha mulher não saiba do que eu estou aprontando, quero que ela se case com um vestido que goste, não vou simplesmente escolher e pronto, quero que ela participe do nosso casamento mesmo que seja de uma forma inconsciente.

Nossa pequena está radiante e nunca pensei que uma menina de seis anos conseguisse guardar um segredo tão bem. Eu contei para Isabella a uns três dias atrás, ela precisava saber ja que vai levar nossas alianças e tem que se acostumar com a ideia, também precisava fazer a prova do vestido que ela mesma escolheu. Ainda por cima birrou comigo por que queria que o casamento fosse rosa, lilás e azul. Para que ela não se chatiasse falei que o buquê de Juliana seria extamente das cores que minha pequena queria.

Estamos a dois dias do grande dia, e Juliana não poderia estar mais alheia a tudo isso. Seus enjoos estão cada vez mais fortes e sendo causados por mais alimentos do que café e atum. Teve um dia da nossa semana difícil que ela enjoou com o meu perfume, além disso tem as oscilações de humor que paressem piorar a cada dia. Uma hora ela está feliz, na outra triste, uma hora quer sorrir, na outra chorar e eu? Fico apenas de telespectador tendo o máximo de paciência possível, afinal, a cria é minha e a mulher sensível também.

Ouvi duas batidas na porta da minha sala.

- Pode entrar. - Falei ainda olhando alguns e-mails no meu computador.

- Então você vai casar? - Ouvi a voz de minha mãe e olhei para ela.

- Olha, não que o ditado é certo mesmo?

- Como?

- Que quem é vivo sempre aparece. - Desdenhei. - Pelo visto o convite chegou até você.

- Sim, chegou.

- Deixa eu adivinhar...? - Ironizei. - Você não vai?

- É...Eu tenho spa no dia do seu casamento. - Coçou a cabeça sem olhar em meus olhos.

- Você não vai no meu casamento? A minha mãe que tem que entrar comigo? É sério isso? - Mostrei-me mais indgnado do queria.

- Nicolas...é...eu....eu não posso ir entendeu? Não dá para mim. - Cruzou os braços. Olhei para ela por um tempo me sentindo magoado, por que eu realmente estava. Como uma mãe diz que não vai no casamento do próprio filho por que tem spa? Que tipo de mãe sem coração é essa?

Juliana sempre me disse que minha mãe era uma mulher fria, uma cobra. Eu nunca gostei por que apesar e tudo ela é a minha mãe, mais estou vendo que minha mulher está coberta de razão.

- Então é isso? - Me amaldiçoei pelo tom de voz magoado. - Você não vai no meu casamento?

- Eu sinto muito. - Foi tudo que disse antes de se virar e sair batendo a porta da minha sala em seguida.

Passei as mãos no cabelo e enxuguei algumas lágrimas que deixei cair. Só podia ser piada. Minha própria mãe renegou a minha filha, a menina mais doce que ja vi, agora estava renegando meu casamento com Juliana. Será que ela não via que eu estava feliz? Que a mulher que escolhi para a minha vida era certa pra mim?

Antes que eu pudesse pensar mais alguma coisa meu celular tocou, o peguei e atendi, era Juliana.

- Oi, princesa. - Ela fungou. - O que foi meu amor? Por que está chorando?

- Eu quebrei minha unha. - Soluçou e eu não consegui segurar a risada.

- Não tem graça. Quebrou na carne e estava tão linda agora que comecei a cuidar melhor. - Continuei rindo e ela suspirou. - Estou com saudades, sim, eu sei que isso é ridículo ja que agente se viu de manhã.

- Isso é fofo. Mais tarde estou em casa para vocês.

- É, eu sei.

- Eu te amo.

- Eu também te amo. - Ela disse e então nos despedimos. Esses dias estavam sendo difíceis para a Juliana, ela estava passando muito mal e ainda por cima de repouso por recomendação da médica, não podia trabalhar e nem fazer muita coisa. Minha mulher estava bem entediada.

.

Passei no shopping antes de ir para casa e comprei alguns bobons trufados que Juliana amava e para nossa filha alguns doces. Juliana fazia o tipo de mãe bem rigorosa em relação a alimentação de nossa filha mais como eu sempre dizia, uma vez não mata.

Voltei para casa ouvindo as músicas que passavam na estação de rádio aquele horário e em menos de trinta minutos cheguei em meu ninho de amor. Abri a porta e fui recebido pelo abraço de minha filha que ja estava usando o seu pijama da Elsa e seu cheirinho de bebê que me deixava bobo.

- Oi papai. - Disse beijando a minha bochecha.

- Oi, meu amor! Como foi seu dia?

- Foi bom. - Disse simplesmente e saiu de meu colo correndo em direção a cozinha, também fui para la e chegando encontrei Juliana mexendo algo na panela com o seu baby doll de renda sexy. Essa mulher ainda ia me matar. A abracei por trás e coloquei a caixa de bombom em sua frente, ela deu uma risada gostosa e se virou para mim juntando nossos lábios em um beijo carinhoso. Esquecemos do mundo e nos isolamos em nossa bolha, no nosso momento.

Eu a amava tanto.

- Obrigada! - Pegou a caixa e rodeou os braços em meu pescoço me apertando em um abraço gostoso. Passei os meus pela sua cintura, aspirei o cheiro suave e gostoso que ela tinha.

Se eu bem conhecia Juliana sabia que ela estava carente. Ou de afeto, ou de sexo...

Jantamos em uma boa sintonia, Isabella após o jantar se esbaldou nos doces e se Juliana não a parasse provavelmente nossa menina iria comer tudo de uma vez sò.

Desligamos as luzes da parte de baixo após terminarmos de assistir uma filme e subimos os três juntos. Juliana e eu entercalamos em ler uma história para Isabella que dormiu no segundo parágrafo, beijamos nossa criança, apagamos as luzes do seu quarto e fomos para o meu comigo adimirando a bunda da minha mulher que andava distraída em minha frente.

Se controla, Nicolas!

Entramos no quarto em silêncio, Juliana sentou na cama e abriu sua caixa de bombom e logo começou a devora-la. Chocolate sempre funciona.

Fui para o closet, tirei minha gravata e me despi, de cueca fui para o banheiro e tomei um banho rápido, fiz a barba depois vesti um pijama e fui para a nossa cama, Juliana ainda comia seu chocolate.

- Quando a sua barriga vai crescer? - Perguntei inocentemente e ela riu. - É sério. - Deitei minha cabeça nela e senti a mão de Juliana acariciar meus cabelos.

- Não sei! Geralmente no terceiro mês começa a aparecer alguma coisa, nem que seja um inchaço. Apesar de que quando eu engravidei pela segunda vez com três meses a minha barriga estava bem grandinha ja. - Suspirou. - A médica disse que é normal já que eu tive uma filha a barriga fica com mais elasticidade. - Dei um beijo no local.

- Eu estou ansioso. - Ela riu.

- Sabe que eu também? Sei lá, as coisas estão começando a se encaixar em minha cabeça. - Levantei a cabeça e me aproximei de sua boca dando um selinho demorado.

- Fimalmente tudo está caminhando para aonde deveria caminhar a muito tempo. - Finalizei e ela sorriu assentindo.
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Sem revisão!

Beijos💟🙏


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