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Ella e Draco estavam juntos, andando lado a lado em direção a sala de Umbridge. Tinham passado o resto do dia juntos, conversando sobre varias coisas, e essa foi a primeira vez que eles realmente conversavam.

Chegaram na frente de uma porta pintada de rosa, pararam ali.

- Pronta? - Draco pergunta.

- Pronta.

Draco bateu na porta, e logo a voz aguda de Dolores foi ouvida:

- Entrem.

Eles entraram. A sala era toda rosa, as paredes eram cheios de quadrinhos de gatos andando de um lado para o outro. Tinha uma mesa, com duas cadeiras, e a outra mesa principal, aonde estava cheia de coisas bem arrumadas e em diferentes tons de rosa. Dolores estava sentada ali, seu sorrisinho cínico costumeiro que fazia as entranhas de Ella revirarem.

- Ola, queridos. Fechem a porta e se sentem.

Draco fechou a porta, e eles tomaram lugar na mesa de dois, aonde ali estava dois pergaminhos e duas penas rosas. Dolores os olhou, uma satisfação imensa nos olhos.

- Vocês sabem o por que estão aqui, não sabem? - Começou. - Vocês dois foram muito mal educados, e garotos levados tem que ser punidos... Quero que escrevam "não devo desrespeitar".

Ella levantou uma sobrancelha, não tinha como ser só isso.

- Só isso?

- Somente isto. - Ela sorri.

- Quantas vezes? - Draco pergunta.

- Digamos que... Ate que a mensagem grave. Não vão precisar de tinta, usem a minha pena.

Eles pegam as penas rosas, se olham, e começaram a escrever. Ella e Draco não demoraram para saber o que estava acontecendo, a pena estava enfeitiçada, e as escritas estavam sendo gravadas no dorso de suas mãos, abrindo como cortes.

Ella olha bem para aquilo, sentindo sua mão arder e vendo seu sangue começar a sair. Olhou para Draco, vendo o mesmo acontecer com a mão dele também. Olhou para Dolores, que estava a olhando, muito calma e sorridente.

- Algum problema, querida?

A menina fecha a cara. Ah, não, aquilo não poderia ficar assim. Sentiu seu sangue fervendo de raiva, e por um momento, tudo o que ela quis, era que aquela mulher fosse atirada para fora daquela sala a trancos e barrancos. Sua raiva era tanta, que sentiu a mesa tremendo a sua frente, Draco também sentiu, pois parou para olhar aquilo.

Ella respirou fundo, tentando ao máximo manter o controle.

- Ah não, por enquanto não existe problema nenhum.

- Por enquanto? - Dolores estreita os olhos. - E você acha que tera problemas?

- Pode acreditar que terá.

A detenção foi péssima, e no final da noite, depois de três folhas de pergaminho tamanho medio, suas mãos estavam ardendo, o sangue pingava ate seus punhos, e eles andavam por ali tentando segurar o sangramento.

- Aquela vadia. - Ella rosnava enquanto entrava no Salão Comunal, pela hora, pouquíssimas pessoas estavam ali, somente umas três. - Aquela vadia filha de um trasgo!

- Ela não pode fazer isso, sem chances! - Draco reclama, pegando uma camisa de alguém que tinha deixado ali, provável que fosse de um primeiranista. Sem se importar, rasgou dois pedaços e deu um para Ella, que usou para pressionar o ferimento. - Eu vou mandar uma carta para meu pai hoje mesmo, e ele vai falar com Fudge, fazer esta maluca pagar pelo que fez.

Merlin - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora