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Pov Tom

Bati as mãos nos bolsos procurando o meu cantil de vodka e o meu funil para colocar a Smirnoff dentro da garrafa, estranhamente não achei. Voltei meus olhares para a S/N, ela estava comendo, a cara dela era de um mal humor inexplicável, acho que é pelo fato de ter acordado cedo.

-Vai ficar me olhando comer, ou vai comer também?(S/N)

- Ah, desculpa- falei me sentando e olhando para aqueles tubos de pasta- Comida diferente né?(Tom)

- Realmente, eu não entendo como que a comida virou isso. (S/N)

-Se duvidar deve ser coisa do líder vermelho. (Tom)

- Deve ser, sei lá, ele é estranho, não entendo as minha amigas que tinham um enorme crush nele. (S/N)

- Também não, pera, você tem um sotaque de Liverpool. (Tom)

- É que aqui é Liverpool- ela falou dando uma leve risada (S/N)

Nessa hora me veio um estalo na cabeça, caralho, eu fugi pra muito longe e em muito pouco tempo, algo de errado não está certo.

-O que vai fazer hoje?(Tom)

- Vou trabalhar, passar no mercado ou no Three Graces, vou ver se alguém sabe que lerda está ocorrendo e depois vou ficar sentada no cais do porto tomando Smirnoff- ela disse dando uma risadinha irônica(S/N)

- É... posso ir com você, não tô afim de ficar aqui não- comecei a comer(Tom)

- Acho que é até melhor você vir comigo, porque algum médico pode te ajudar. (S/N)

Eu senti uma pontada aguda na barriga e mordi o dedão de dor. Ela imediatamente se levantou e se dirigiu a mim, afatou a minha cadeira para o lado e se ajoelhou em minha frente tirando as ataduras, ela olhou para o ferimento com uma cara de espanto.

-T-Tem a ponta de um cabo de adaga para fora aqui... (S/N)

-TIRA PELO AMOR DE DEUS!- falei quase que chorando de dor(Tom)

-Calma...- ela falou um pouco nervosa(S/N)

Ela puxou debaixo do armário da cozinha uma caixa de primeiros socorros, tomou a vodka da minha mão e a abriu, jogando em cima do ferimento, bem, aparentemente, não era só algo enfiado lá dentro, tinha vários cortes profundos. Ela pegou uma faca no faqueiro e foi a usando para tirar lentamente o objeto do meu corpo.

Eu gritava de dor enquanto segurava-me na mesa e na cadeira. Depois de longos e doloridos 30 minutos, o objeto saiu, uma faca de caça.

-Se eu te contar, que também tem fragmentos de bala aqui, tu acredita?- ela disse pegando um pano e pressionando contra o machucado estancando o sangue (S/N)

- Acredito, só tira isso;-;(Tom)

Assim perdi mais alguns minutos em uma dor agonizante tendo fragmentos de bala sendo removidos.

- bem, do jeito que você tá, não tem condições de ir comigo e nem muito menos ficar aqui sozinho (S/N)

-E..... voucê tem razon- falei com uma voz meio embriagado por conta da dor e jogado no chão (Tom)

- Vou ter que ficar aqui com você hoje, cuidando de ti, E vendo se não tem mais nada metálico, ou provavelmente mortal em ti (S/N)


Pov S/N

Eu tô morrendo de dó dele, não sei o que ocorreu com ele direito, mas só sei que ele tá muito ferido, mesmo não sendo médica, sou enfermeira, e sei que eu posso pelo menos ajudar ele um pouco.

Liguei para o hospital para avisar o motivo da minha falta, eles compreenderam, e me deram esse dia como folga, e mais alguns para caso dele piorar. Eu queria verificar o corpo dele para ver se havia outro ferimento ou algo do tipo, mas ele não deixou, só deixou eu mexer nos ferimentos da barriga e do braço esquerdo.

O ajudei a andar até o meu quarto, já que só tem um quarto na casa, pois o outro é do meu irmão, que é marinheiro que vem para casa apenas algumas poucas vezes no ano. Levei o Tom até o meu quarto e o deitei na minha cama.

-Confortavel?(S/N)

-Sim, estou (Tom)

- Precisa de alguma coisa?(S/N)

- Preciso sim, se deita aqui comigo para nós dormimos juntos?- ele deu uma risada irônica(Tom)

-daqui a pouco, vou limpar o sangue que está lá embaixo- fiquei corada e sai do quarto (S/N)

Continua!

Tom do futuro x leitora ||Um novo recomeço||Onde histórias criam vida. Descubra agora