WHERE IS HER?!

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LlqAcordei com uma baita dor de cabeça e no corpo, em um lugar desconhecido que tem um cheiro horrível, vestindo as mesmas roupas de ontem a noite. Demorei um pouco para lembrar o que tinha acontecido. Lembrei de receber uma mensagem de Shawn pedindo pra encontrá-lo no portão, de sair e depois de um cara colocando alguma coisa na minha boca.
- Amor?! - Falei ainda meio grogue. - Shawn?! - Chamei mais atenta, levantando. - Shawn isso não tem graça... - Tentei andar, mas meu pé estava preso a uma mesa soldada no chão. - SHAWN! SHAWN ME AJUDA!
- Pode gritar o quanto quiser, amor, ele não vai te ouvir. Estamos muito longe do campus. - A voz de Brittany veio por trás de mim.
- Onde nós estamos, Brittany? O que você está fazendo aqui? Brittany... - Minha voz falhou quando ela tirou uma faça no bolso. - Brittany, o que... - Ela se aproximou de mim e me cortou no braço.
- Cala a boca e para de perguntar. Você tem papel e caneta ali na mesa. Na hora do almoço eu venho aqui pegar suas cartas. Pense bem nas palavras, Luiza. Porque serão suas últimas. - Com essas palavras ela saiu pela porta.
- BRITTANY! NÃO ME DEIXA AQUI! ALGUÉM ME AJUDA! POR FAVOR! ELA VAI ME MATAR! - Gritei desesperada batendo nas paredes que estavam ao meu alcance. Devo ter gritado por uns 15 minutos até que minha garganta doeu e parei. Comecei a observar o quarto e percebi que a luz de dentro do quarto vinha de uma faixa de pequenas janelas a pelo menos 3 metros do chão. O quarto não tinha mais de 5 metros. Estava vazio, exceto pela mesa, o colchão de acampamento e uma garrafa de água. Ótimo. Levantei e me virei para a mesa. Em cima da resma de folhas pautadas, tinha um bilhete "Se citar meu nome, todos morrem. Xx B" Bufei e peguei o papel e a caneta e comecei a escrever. Depois de escrever muito Brittany aparece no quarto novamente.
- Seu almoço. - Ela me estendeu um prato de lasanha. - Para você ver como eu sou boazinha, te darei essa ultima refeição. Esse prazer de comer sua comida preferida pela ultima vez. Agora, as cartas. Não lerei, apenas mandarei o Jonathan entregar lá no campus, destinado a Shawn Mendes. - Ela sorriu perversa e colocou o prato na mesa. - Coma, vadia que roubou meu homem. Porque essa é a ultima. Tem uma hora. - Ela riu e saiu.
Comi a lasanha devagar, saboreando pela ultima vez aquele prato. Se eu aceitei? Sim. Não tem nada o que eu possa fazer a respeito disso. Eu amo meus amigos, amo minha família e principalmente, amo Shawn. Mas eu estou sozinha, longe de casa e desarmada. Se não for minha hora, não vou morrer hoje. Se for, não posso mudar meu destino. Terminei alguns segundos antes de Brittany entrar e colocar um saco preto na minha cabeça. Dois caras fortes pegaram meus dois braços e me levantaram.
- Eu sei andar. - Falei e eles me colocaram no chão, mas continuaram segurando meus braços. Depois de andar pelo que pareceu uma eternidade, nós paramos e ela tirou meu capuz. Estava vestida toda de preto, roupa, touca e luvas de couro para não manchar. Estávamos no meio de uma rua vazia e Brittany sorriu.
- Aprecie essa visão da luz do sol. Aprecie tudo. Lembre-se dos seus pais e irmãos, dos seus amigos e do sei namorado. Agora respire fundo. - Ela apontou a arma pro meu peito e sorriu. - Ouvir o som dessa arma e ver seu sangue escorrer. - Ela gargalhou e pareceu lembrar de algo. Pegou um telefone antigo e discou um número.
- CADE ELA?! - A voz de Shawn soou no alto falante desesperada.
- SHAWN!
- QUEM É VOCÊ?! ONDE ELA ESTÁ?!
- Não interessa. - O homem da direita falou. - Só ouve.
- PORRA FALA ONDE ELA...
- CALA A BOCA!
- SHAWN EU TE AMO ELA VAI ME... - Fui interrompida pelo baque surdo da arma e cai no chão quase inconsciente.
- NÃO! EU TAMBÉM TE AMO! - Foram as últimas palavras que eu ouvi antes da luz branca tomar minha visão e tudo perder o sentido.

Sabe aquela história que todas as memórias passam na sua mente quando você está morrendo? Então. É verdade.
Todas as minhas memórias passaram claras na minha mente, como se tivessem acontecido ontem. Quando acabou. Senti o ultimo fio se soltar e cai no sono eterno.

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