Capítulo Vinte e Nove

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Acordei com uma baita dor de cabeça e muita sede! Sentei-me na cama e me espreguicei bebi de mais na noite passada.
- Ai meu Deus! Onde estou! – lembro-me do acontecido da noite anterior. Certo estou na casa de John, mas porque estou no quarto dele? E como cheguei aqui? A última coisa em que me lembro, e de estar andando na rua e meu salto ter quebrado. Droga! John estava lá e me carregou nas costas. Levanto-me apresada é quando vejo que estou sem blusa só de sutiã. Mil vezes droga! Procuro por minha blusa, encontro-a jogada nos pés da cama, visto-a rapidamente, faço um coque em meu cabelo pego minha bolsa e tento sair do quarto sem fazer o menor barulho. Não sei o que aconteceu na noite anterior, por isso não quero encontrar John. Fecho a porta do quarto passo pelo corredor, e viro para passar entre a sala e a cozinha. Vou ao mais silencioso possível, encosto na maçaneta da porta e a giro...
- Onde você pensa que vai?
- A oi! Você estava ai? – digo me virando para encarar John, que está encostado no batente da porta da cozinha.
- Você não estava pensando em ir embora sem dizer nada não é?
- Eu não estava indo embora! Até por que eu estou morando aqui! – passo por ele e vou andando até a porta da geladeira, pego uma garrafa de água e começo a beber, direto da garrafa mesmo!
- Ah! Eu achei que estivesse saindo de mansinho, mas ai eu pensei... ela não sairia assim, pelo menos não depois do que aconteceu na noite passada, não é?
- De... – me engasgo com a água que estava tomando. - Depois do que aconteceu na noite passada?
- É! O que? Não vai dizer que se esqueceu? Esqueceu-se do que fizemos?
- Fiz... Fizemos?
- Você esqueceu mesmo!
- Eu não me lembro de praticamente nada! O que foi que nós... Nós fizemos?
- Não acredito que você tenha esquecido algo tão importante!
- Por favor, diga que nós não... – John começa a rir, gargalhar. – Do que você está achando graça? – pergunto irritada.
- Estou achando graça de você, tentando lembrar-se de algo na noite passada, que nunca aconteceu?
- Nós não...
- Não! – John ri mais, e é obvio que eu não estou achando graça. Mas meu alivio e o mais sincero possível.
- Por que me fez acreditar que tivesse acontecido algo entre nós? –pergunto irritada.
- Por que foi... Divertido brincar com você! Ver você tentar de defender foi hilário! 
- há você achou isso engraçado? – olho para a pia e vejo ali a minha vingança, pego a mangueira que está a minha frente e esguicho em John. – Vamos ver se você acha isso engraçado também.
- Ei isso é covardia! – John parte pra cima de mim para tentar pegar a mangueira de minhas mãos, e começa a me molhar.
Tentei tomar de volta a mangueira da pia, mas sem sucesso, a única coisa que consegui foi escorregar nas poças de água que se formaram no chão, ao cair bati forte minha cabeça. John se ajoelha ao meu lado.
- Você está bem? Está doendo? – pergunta John preocupado.
- Sim! – sento-me enquanto John toca a parte de traz de minha cabeça. - Eu estou bem!
- Tem certeza de que está bem?
- Estou um pouco tonta, mas sim! Estou bem!
John se levanta e estende a mão em minha direção, quando a pego ele me puxa para cima. Um grande erro, pois ficamos cara a cara, sinto sua respiração se acelerando, enquanto ficamos assim parados nos olhando por alguns segundos. John tem seus olhos azuis cravados nos meus.
- John eu... – não consigo terminar minha frase, por que os lábios de John vêm de encontro ao meu.
Assusto-me há princípio com o beijo, sem consegui me mover. O beijo começa delicado, suave. Mas em pouco tempo se torna mais rijo mais exigente. Entrego-me completamente a sensação do momento. Sinto seus braços musculosos apertando-me ainda mais, sinto seu toque em meus cabelos. Deslizo minha mão em suas costas sentindo os músculos se enrijecerem ao meu toque, um temor quente percorre minha espinha e minha cabeça começa a formigar, perco o sustento das pernas, sinto meu corpo fraco e minhas pernas tropeção. John se afasta.
- Você está bem? – pergunta preocupado.
- Estou um pouco fraca! – Digo.
- Deve ser pelo tombo que levou apouco.
- Claro! Deve ser por isso.
- Você deve se sentar. – John puxa umas das cadeiras e me ajuda a sentar-me, em seguida se ajoelha em minha frente.
- Você está realmente bem? Quer ir ao hospital?
- Não! – encaro seus olhos preocupados, mas a única coisa que consigo pensar é no que aconteceu apouco! Isso não deveria acontecer, mas a única coisa que sei, é que quero mais, muito mais. Parto para cima de John, em um beijo cheio de desejo, ele corresponde. Eu o desejava e ele me desejava também. John segurou em minha cintura fazendo-me levantar, em pé o beijo ficou mais suave, ele brincava com meus lábios, começou a me empurrar em direção à mesa, quando esbarrei nela John me segurou pela cintura e me colocou sobre ela, se afastou um pouco, olhou para mim e depois tudo aconteceu a um só tempo, seus lábios estavam sobre os meus novamente, provocando-me enquanto suas mãos encontravam os primeiros botões de minha blusa, John deu pequenos beijos seguidos de mordidas inocentes do canto da boca descendo ao maxilar, seguindo para os ombros. Enquanto suas mãos terminavam o trabalho, John tirou minha blusa, fiquei diante dele apenas de sutiã, percebi que ele era o único a admirar algo. Minhas mão procuraram a ponta de sua blusa, passei minhas mão por baixo de sua blusa sentindo cada musculo de seu abdômen se enrijecer ao meu toque, subi as mãos aos poucos e junto com ela sua blusa, John se afastou por um momento para que eu há tirasse por completo. Seu corpo era perfeito: o peito musculoso, os braços fortes, John percebe o quanto eu estava admirando-o e dá um sorriso que me derrete de vez. Ele volta e me beijar, enquanto isso escuto o telefone na sala tocar até cair na secretaria eletrônica.
- Eliza? É Maria! Esse deve ser o telefone de Amanda! Não sei onde você está, já liguei para o seu celular mas você não atende, é Ana Clara ela... ela acordou com febre muito alta. – Afasto John e desço da mesa, ajunto minha blusa do chão. - Estou levando ela ao hospital. Nos encontre lá! – A ligação termina antes que eu chegue ao telefone.
- Tenho que ir ao hospital! – Digo virando-me para John.
- Claro que tem! Eu te levo!
Assim que John parou o carro na frente do hospital sai correndo, pânico corria em minhas veias, estava desesperada. Passei na recepção para saber informações de Clarinha e segui para o elevador, John me encontrou antes que o elevador abrisse as portas. Quando cheguei ao quarto de Clarinha vi Maria ao seu lado, ela se levantou imediatamente assim que me viu e veio em minha direção.
- O que ela tem Maria? Como ela está?
- Está bem! Ela está com uma infeção urinária, mas já está sendo medicada e poderá ir para casa.
Vou até Clarinha, ela está dormindo enquanto toma os medicamentos na veia. Fico um pouco mais calma ao saber que ela está bem!
- Desculpe-me faze-la passar por isso Maria!
- Para com isso menina, vocês duas são parte de minha família estaria aqui até mesmo se fosse você quem a tivesse trazido. – ela se vira para John. – Vejo que até o seu chefe se preocupou e veio ver Ana! Mas como vocês se encontraram? – John me olha com recriminação, não havia dito a Maria que estava morando em sua casa, pelo que ela sabe eu moro com Amanda.
- Tínhamos um treinamento com os funcionários da manhã, por isso passei para pegar Eliza na casa de sua... amiga, que foi na hora que você ligou! – Diz John.
- Treinamento em um sábado?
- Sim, sabe como são os dias de hoje, o que importa são os treinamentos, não é John?  – digo.
- Certo, entendi! Então menina se você não for mais precisar de mim, eu irei embora.
- Claro Maria, você deve estar exausta! Obrigada mais uma vez.
- Certo menina até amanhã! Me deixe a par de tudo, por favor!
- Espere Maria! Deixe que eu leve a senhora! – John se vira para mim e continua. – Tudo bem pra você?
- Tudo, pode ir! – digo.
- Eu volto para pegar vocês.
Os dois saem porta afora. Sento-me em uma cadeira ao lado da cama de clarinha, e espero enquanto ela toma as últimas gotas do soro.
- Você me assustou hoje, sabia! Você não pode mais fazer isso ouviu, sua tia não tem mais coração para isso.

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