Capítulo 1

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#PovEleanor

Hoje vim para Paris. A minha cidade de sonho. Sempre quis morar cá! Sempre foi um sonho meu, desde criança.

Acabei de chegar a minha casa. Abri a porta do prédio e entrei.

Comecei a desempacotar tudo e ouvi bater à porta.
Tão sociável e ainda agora chegaste!- o meu subconsciente goza.

A verdade é que nunca fui muito sociável. Sempre fui muito reservada. Só falava e ainda só falo com certas pessoas. O meu grupo de amigos. Não dou grandes confianças a ninguém à primeira. São muitas desilusões. Muito sofrimento. Muita angústia. E assim sou eu, uma rapariga normal que não se dá conta ninguém sem ser com 3 ou 4 pessoas.

Vai ver quem está à porta!- o meu subconsciente manda.

Sim, já me tinha esquecido da porta.

Caminho até à estrutura de madeira que separa a minha casa do corredor do prédio e rodo a maçaneta cautelosamente.

xx: Olá- Diz com um sorriso lindo.

Olhei-o de alto a baixo. Pelo menos era isso que tinha em mente, mas quando olhei para aqueles olhos azuis, petrifiquei.

Meu Deus! Quem seria este rapaz tão apelativo que se encontrava à minha frente?

xx: Olá?! Estás bem?

Eu: Sim, está tudo bem. Precisas de alguma coisa?

xx: Humm... Por acaso precisava...

Eu: De que precisas?- perguntei mostrando-me prestável.

xx: Isto vai ser um bocado embaraço... Eu queria-te pedir um ovo... Estou a fazer um bolo e reparei agora que me faltava um ovo...- diz corando um pouco e mexendo no cabelo. Um tique engraçado, por assim dizer.

Eu: Claro que tenho!- disse mostrando um sorriso- Desculpa lá a desarrumação... Acabei de me mudar e sabes como é...

xx: Acho que ainda consegue estar mais arrumado que a minha casa!- riu

Eu não pude evitar soltar uma gargalhada. A sua afirmação e a cara séria que ele fazia, eram mesmo engraçadas.

xx: E então, disseste que te mudaste, hein?

Eu: Sim.

xx: E de onde vens?

Eu: Ah, venho de longe...

A verdade é que não queria que ninguém soubesse de onde vinha, ou como vim...
Continua a fingir, continua- resmunga o meu subconsciente

Sim, não posso continuar a fingir, mas não sei se posso confiar nele. É melhor não contar nada para já.

xx: Humm... Ok...

Eu: Desculpa, tenho uma história de vida complicada...

xx: Não faz mal, eu também não sou ninguém para te perguntar nada sobre a tua vida- solta um riso nervoso

Eu: Pois- digo cabisbaixa ao relembrar todos os momentos da minha vida.

xx: Gosto muito do teu apartamento!

Notei que ele queria mudar de assunto.

Eu: Eu também, é pena é estar todo desarrumado.

xx: Pois... Queres que te ajude a arrumar?- diz entusiasmado

Eu: Mas... E o teu bolo?

xx: Prefiro ajudar uma... Amiga?-questiona

Eu sorrio.

Feel loved for 7 days {Parada}Onde histórias criam vida. Descubra agora