𝓪 𝓵𝓾𝔃 𝓷𝓪 𝓶𝓲𝓷𝓱𝓪 𝓮𝓼𝓬𝓾𝓻𝓲𝓭𝓪𝓸 |ZeYu|

Chapter V

Dia seguinte

5:30 am

Depois de algum tempo tentando dormir, S/n finalmente desiste ao ver que estava amanhecendo. Decide chamar ZeYu para o treino. Novamente se aventurando pelos corredores imensos e desertos do palácio, pouco se ouvia à fora, apenas alguns pássaros e animais que por vez emitiam algum som. Uma sensação ruim invade S/n, como se a qualquer instante, ShuYang fosse aparecer atrás de si.

"Não, você não pode ter medo dele, é como Yong-sun dizia: 'se temer ele estará admitindo para si mesma que ele é mais forte que você.' Ele não é mais forte que eu."

Ela continua andando mais tranquila pelo ambiente, até avistar o quarto que parecia ser o de ZeYu, bate na porta e espera a mesma se abrir.

-O que faz aqui tão cedo? -Fala rouco por conta do sono e coça o olho esquerdo com o punho.

-Bom... Como eu não consegui dormir eu pensei em adiantar o nosso treino.

-Não, volte daqui há duas horas como o combinado, adiantar isso é perda de tempo. -Iria fechar a porta quando a garota colocou o pé direito entre as portas, ZeYu revira os olhos.

-Como assim perda de tempo se eu estou adiantando as coisas? -Fala já estressada.

-Perda do meu tempo de sono, até mais. -Tira o pé de S/n da porta rapidamente e a fecha.

-Ah! -Dá um grito de frustração e se vira de costas para a porta.

"Se ele não quer lutar comigo, vou lutar sozinha."

Começa a se dirigir em direção a área de treinamento que não ficava muito longe do palácio.

[...]

Ao chegar lá, nota alguém e se esconde atrás de uma árvore. Tenta ao máximo manter a respiração controlada.

-Você é péssima no quesito silêncio. -Fala assustando S/n. -Saía daí e mostre seu rosto, me sinto mal por matar alguém que não conheço. -Ela sai de seu esconderijo segurando sua faca.

-Te aviso que não vai ser fácil me matar, acredite, já tentaram.

-Uhm, interessante. -Ele joga uma naginata em direção à garota.

-Quer mesmo fazer isso? -Pega a arma no ar.

-Eu que lhe faço essa pergunta... -Pega um nunchaku.

-Nunchaku? Sério? Isso vai ser injusto.

-Para você? Com certeza que vai. -Lhe olha com um sorriso desafiador.

-Tudo bem, pouco importa. -Revira os olhos e se põe em posição com a arma.

Ao começarem, S/n estava com a vantagem, pois sua arma era de longa distância, porém, necessitava da movimentação com as duas mãos, ou seja, tirava parte de seus reflexos rápidos, já o garoto tinha extrema desvantagem contra uma lâmina, se não fosse por seus incríveis reflexos e flexibilidade.

S/n dá início aos ataques, que são quase concluídos com sucesso, o seu adversário joga peso contra sua espada, jogando-na para um lado distante. A garota fica em choque, ele joga peso sobre ela e prende o nunchaku em seu pescoço, ela lhe dá uma cabeçada fazendo o nariz dele sangrar, aproveita que o garoto está distraído e o derruba com uma rasteira.

-Ei, o que estão fazendo?! -Pergunta ZeYu se aproximando do local, o oponente de S/n se levantaria se não fosse pela aparição repentina do príncipe. Quando virou os olhos novamente para a garota ela estava com uma faca em seu pescoço.

-S/n, largue XinLong! -A garota fica de boca aberta. -XinLong, pare de perturbar S/n! -Os dois suspiram.

-Sim, senhor. -Se má olham após a fala conjunta. Ela se levanta.

-Não vai ajudar seu colega de serviço? -Fala se levantando, S/n estava com os olhos arregalados.

-Eu me recuso a trabalhar com ele. -Fala friamente.

-Pois acho melhor ir se acostumando, ordens do próprio imperador. -Levanta rapidamente o queixo de S/n.

-Está desconfortável, S/n?

-Falando francamente, sim, eu estou.

-Xin, se puder se retirar, eu agradeceria.

-Olha, eu não faço a menor questão de estar aqui, porém, me foram dadas ordens expressas, então, infelizmente vocês terão que me suportar um pouco mais.

-Tudo bem então, desde que não atrapalhe o treinamento do príncipe e que mantenha distância de mim, não vejo o porquê de não deixá-lo aqui.

-Você não foi com minha cara mesmo. -Fala de forma vitimista.

-Você tentou me matar. -Olhava para ele de maneira acusatória.

-Ah, mil perdões por não saber enxergar na neblina e não ter poderes para saber quem você é só de olhar nos seus olhos.

-Chega vocês dois! Vamos logo com isso, S/n, prossiga por favor.

[...]

S/n ensinou à ZeYu o que ele tinha de saber pelo início, na hora da prática, ela foi obrigada a lidar com os palpites de XinLong. O príncipe se saiu bem para uma primeira vez. A garota deu por encerrada a "aula" e foi descansar-se.

-Desculpe, não me apresentei antes, eu sou He XinLong, filho do general Sheng e primo de ZeYu.

-Hm. -Fica olhando para o céu.

-Peço perdão por quase ter te matado hoje mais cedo, mas você ia me matar se ZeYu não tivesse aparecido.

-Claro, eu estava apenas me defendendo.

-E a ele também não é?

-O quê?! Óbvio que não, eu tenho apenas que ajudá-lo a lutar.

-Hm, tudo bem, irei fingir que acredito.

-Ah, com licença. -Sai dali batendo o pé.

[...]

Depois de andar um pouco ela chega ao palácio, a fim de encontrar seus aposentos. Passa por uma porta e acaba escutando uma conversa sem querer.

-Eles provavelmente já estão se preparando. -Uma voz que parecia ser do general falou.

-Disseram que o garoto está com ele. -Outra voz, só que desconhecida.

-Ah céus, ele não. -Ela reconheceu a voz do imperador.

-Sim, é bem capaz de termos um traidor entre nós.

-Temos que prestar muita atenção sobre os criados deste palácio.

-Sim, desta vez com certeza ShuYang irá matar um dos nossos.

-Um?! Ele é a nova arma secreta deles, bem... Não tão secreta assim...

-Eles tem alguém no palácio, caso contrário não saberiam da S/n.

A garota leva um choque imenso, sim, o garoto planejava matar todos os seus irmãos restantes, se já não fizerá isto, se eles morressem ela não teria mais motivos continuar. Sente uma tontura forte e acaba desmaiando na porta do aposento onde todos conversaram.