Capítulo Trinta e Seis.

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Hehehe.

Boa leitura!

~•~

Hoje foi um dia daqueles no trabalho. Há uma virose no ar e por isso as coisas estavam bastante agitadas. 

A recepção não parou um minuto. Tem sido um verdadeiro inferno nesses últimos dias. Por conta do fluxo intenso de pessoas, houve muito estresse com pacientes mais nervosos e sem educação. Eu entendo que eles estão com dor e tal, mas não tenho culpa da demora. 

Sou apenas a recepcionista.

Ganhei um corte na mão quando um paciente revoltado resolveu descontar sua raiva em mim. Ainda bem que o segurança apareceu antes que acontecesse algo mais grave. Após receber os cuidados médicos, fui liberada e ganhei 15 dias.

Pedi um Uber na hora de ir embora, estava cansada demais para encarar o ônibus. Enquanto esperava o carro, pensei que foi um péssimo momento para isso acontecer. 

Há pouco mais de uma semana venho me sentindo mal: enjôos, vômitos, tonturas, cansaço e moleza inexplicável, até uma leve febre tive. Com certeza eu peguei essa tal virose e agora, para piorar, a minha mão está assim. Talvez esse tempo seja bom para me recuperar totalmente e voltar mais disposta.

Estava tão distraída que o carro precisou buzinar para que eu percebesse que ele havia chegado.

Ao entrar no apartamento, segui direto para o quarto e me deitei na cama com roupa e tudo. Só queria dormir e foi exatamente o que fiz.

Senti beijos sendo na minha nuca e me assustei. A primeira reação que tive foi levantar, mas o braço que estava na minha cintura, impediu essa ação.

— Shiii. Sou eu, calma. – relaxei na hora.

— Que susto. – falei fechando os olhos.

— Eu sei, desculpa. Você deve estar cansada mesmo, dormiu com o uniforme.

— Muito! O hospital tem estado cheio todos os dias por causa da tal virose, mas hoje foi o pico.– suspirei e sentei.

Esqueci do corte na mão e a apoiei no colchão, gemi ao sentir dor.

— Alguns colegas a pegara- O que é isso na sua mão? – falou a segurando.

— Um curativo, ué. – brinquei.

— Rá. Rá. Rá. O que aconteceu?

— Eu disse que hoje foi o pico, né? Por isso o atendimento 'tava demorado e alguns pacientes ficaram bem nervosos. Aí um veio gritar comigo, não gostou das minhas explicações educadas e piorou quando eu disse "calma, senhor". Ele me empurrou e eu acabei caindo com a mão em cima dos cacos de um copo que caiu junto comigo.

— Se você quiser, eu posso te ajudar com uma ação trabalhista, por falta de segurança. Uma situação dessas é absurda.

Natsu analisava minha o curativo. Ele parecia tão preocupado e eu precisei me segurar para não chorar.

Desde quando sou tão mole? Eu hein.

— Não pensei em entrar na justiça, mas se algo assim acontecer de novo, vou buscar meus direitos. 

— Se é assim que você quer. Espero que não aconteça. – beijou o curativo e eu ri. — O quê?

— Deixa só alguém arrumar um problema comigo. Vou poder usar "resolve isso agora ou vou chamar meu advogado". – disse rindo e ele me acompanhou.

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora