NATASHA
Depois de desmaiar pela segunda vez naquele...
Dia?
A quanto tempo eu fiquei desmaiada?
Não sei a quanto tempo estou aqui e isso me desespera.
Olho ao redor novamente.
Isso parece um pesadelo.
Me movimento na minha cela improvisada.
Há uma cama de aparência nada confortável.
Marrom e de madeira, sem nenhum travesseiro ou fronha, em cima dela está um prato com comida.
Pão e água.
Apenas isso.
Devoro a comida em menos de três minutos e percebo o quanto estava com fome.
Estava menos escuro do que a outra vez, o porão refletia os primeiros raios de sol, filtrados pelas pequena janelinha suja.
Há também uma escada que conduzia até a porta do porão totalmente fechada com o que parecia ser também de madeira.
Grande e intimidadora, não havia maçaneta pelo lado de dentro.
Ouço Passos e me levanto da cama em estado de defesa.
ㅡ Finalmente acordou, cinderela.ㅡ O desconhecido murmura. ㅡ Posso cheirar seu medo, sabia?! e ele é... ㅡ ouço ele forçar seu nariz para sentir algo no ar. ㅡ delicioso.
Continuo em silêncio.
ㅡ Muito esperta. Não aturo desaforo. ㅡ Ele está na frente da minha cela agora.
Vestido totalmente de preto e com uma máscara que escondia todo seu rosto, seu contraste era assustador.
Ele me dava calafrios.
ㅡ Como é? o gato comeu sua língua, RATINHA? Fale comigo! ㅡ Ele perde a paciência e eu me encolho mais ainda.
ㅡ O que você... pretende fazer comigo? ㅡ pergunto.
ㅡ Uma boa pergunta, Rata. ㅡ Aperto os lábios.
Queria gritar para ele não chamar assim, e mandar ele se fuder mas eu não era louca de fazer isso.
ㅡ Você acabou de ganhar um prêmio... Eu não irei te matar... hoje. Não, não, não, eu tenho planos para você.
ㅡ Planos... ㅡ Repito horrorizada.
O que esse cara poderia querer comigo?
Ah meu Deus!
ㅡ Sim, meu doce animal de estimação, você irá ser útil para mim e eu não irei lhe machucar. Se fizer tudo que mando estará à salva... de mim. ㅡ Ele se aproxima da minha cela.
ㅡ E como eu seria útil para alguém como você? ㅡ Pergunto.
Após a minha pergunta sem resposta, o homem olhou para mim ㅡ pelo menos acho que olhou, ele estava de máscara ㅡ e Riu novamente.
Riu estranho.
Abrindo minha cela, pude ver de relance suas mãos... pareciam totalmente queimadas com linhas vermelhas e disformes por toda sua pele ali.
Queria perguntar a ele como ele conseguiu aquilo, ou se foi alguém, mas novamente me calei.
Ele me libertou daquele lugar sujo.
Livre de minha prisão pela primeira vez, pude sentir a adrenalina em minhas veias e minhas mãos estão tremendo.
Tudo que eu queria era sair correndo sem olhar pra trás, mas eu sabia que ele me pegaria na primeira oportunidade.
ㅡ Nem tente. ㅡ Ele diz ㅡ Você não iria muito longe.
Baixo a cabeça cerrando os dentes por trás de lábios contraídos.
ㅡ Você irá fazer e servir as refeições, limparar o chão, vai limpar as minhas coleções de armas e limparar minhas roupas. ㅡ Ele explica.
ㅡ Entendi...
ㅡ E você vai tirar a pele das crianças que caço. ㅡ ele disse.
Solto uma exclamação de terror.
ㅡ Foi uma piada. ㅡ Ele murmura sarcástico.
ㅡ Oh... certo. ㅡ Respondo aliviada.
ㅡ Quando você limpar tudo, voltará para o porão. Fará isso todos os dias, entendeu?
ㅡ Sim.
ㅡ Ótimo, estou avisando, se você tentar alguma gracinha... Eu não terei misericórdia com você. ㅡ Ele diz, sua voz é penetrante e ameaçadora.
ㅡ E-Entendi.
E com essas palavras ele vai embora, me deixando sozinha para assimilar tudo que aconteceria daqui pra frente.
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A Prisioneira #1 • Renato Garcia (Concluída)
Fiksi PenggemarNatasha é uma garota órfã que nunca chegou a conhecer seus pais. Vive em um orfanato desde que se entende por gente, ela tem a vida pacata e solitária mas terá seus dias mudado drasticamente quando é "salva" por um serial killer. Ela é Mantida prisi...