Só um (pi)pouquinho de você

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Desculpa os erros.

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Já era a quarta vez que arrumava aquela droga de prateleira dos doces e isso que nem tinha chegado o meio da tarde ainda.

Havia passado um grupo de crianças acompanhado por uma mulher das quais fizeram um verdadeiro festival de bagunça, catando os chocolates, os marshmallows, espalhando e retirando tudo do lugar.

Marinette pensava em como era incrível a capacidade daquelas mães granfinas não terem controle sobre seus próprios filhos. Isso é, muita das vezes, ela as via falando ao celular enquanto as crianças tocavam o verdadeiro terror no supermercado e aí acabava sempre para tonta ali ficar arrumando tudo no final.

Tudo bem que estava sendo paga para isso, mas poxa, custava controlar um pouquinho as criancinhas malvadinhas?

Não, não custava, era de grátis, mas já que tinha uma funcionária para arrumar tudo, porque não deixá-los livres, leves e soltos?

"Hunf pois é, e só entra esse tipo de gente aqui.... nem pra entrar assim um homem alto, loiro bonito... saradão... com uns olhos verdes, parecendo um modelo... tipo o Ian Somerhalder, tudo bem que ele não é loiro, mas poderia ser tão bonito quanto...!"

Pensava ela sozinha, aliás, sonhava sozinha. Sempre fazia isso, especialmente quando se encontrava limpando as prateleiras.

É que desde nova, Marinette costumava gastar tempo idealizando encontrar "aquele" príncipe encantado sabe? Mas nunca foi capaz de encontrar o "dito cujo" porque digamos que todos os seus relacionamentos foram apenas desastres sequenciais.

O único que talvez, tivesse valido a pena até um determinado momento fora Luka, mas o cara era um doido e não sabia bem o que queria fazer da sua vida além de tocar guitarra e andar de skate por aí.

E cá entre nós, ela não poderia ficar esperando sua boa vontade a vida inteira já que possuía objetivos como  casar, ter uma casa, filhos, um hamster, essas coisas básicas.

Bom, o hamster ela já tinha e o nome dele era Plagg, mas só isso mesmo. Ah também morava com a sua avó, a senhora Fu, mas também era só isso mesmo.

Enfim, a sua vida no momento se resumia em ir trabalhar, fazer um cursinho de inglês dois dias da semana e voltar para casa. Fim.

Nada de novo, como naquele supermercado no qual tinha que ficar ajeitando as prateleiras, olhando as pessoas ao redor, as mesmas carinhas de todos os dias, os mesmos senhores, as mesmas senhoras, os mesmos funcionários... o mesmo cara gostoso vestido com um moletom preto e calça jeans mais adiante escolhendo pipoca para micro-ondas...

É isso... as - mesmas - coisas - de sempre.

Opa. Espera.

"U-A-U, mas o que é isso aí?!" - Paralisou na mesma hora sentada no banquinho enquanto suas mãos estavam cheias de pacotes de balinhas ao ver o homem mais adiante.

Concentrado, ele parecia analisar os diversos tipos de marcas e sabores de pipoca, o que a fez se perguntar em como um ser humano, conseguia ficar tão bonito, SÓ vendo pipocas para microondas?! Tipo, como?

Okay. Não era todos os dias que se deparava com uma beleza daquelas que por Deus, abusava de ser lindo!

Ele tinha cabelos lisos e loiros cortados num corte bonitinho que fazia com que a franja caísse para o lado ao tempo em que olhava os componentes químicos do saquinho de pipoca.

Possuía uma estatura alta, maxilar bem feito e olhos aparentemente claros.

O pai dele por um acaso era um padeiro? Porque tinha que ser, pra ter feito aquele sonhão ali! Oxente lá em casa...!

Sweet PopcornOnde histórias criam vida. Descubra agora