Nas Mãos do Destino [Versão Atualizada]

O time esta crescendo

Kate

Era uma tarde tranquila de sábado. A chuva fina caía do lado de fora, desenhando trilhas nos vidros da janela, enquanto a casa exalava aquele cheiro acolhedor de bolo de baunilha recém-assado. Brooke estava na sala, de pijaminha estampado com unicórnios, empilhando seus blocos coloridos, completamente concentrada na sua "construção do castelo da princesa".

Kate entrou devagar na sala, com um brilho ansioso nos olhos. Nas mãos, segurava uma caixa de madeira clara com um laço azul-marinho e uma pequena tag presa com barbante rústico que dizia:

"Para o melhor papai do mundo (e o time está crescendo!)."

Ela colocou a caixa sobre a mesinha de centro e se agachou ao lado da filha.

– Princesa, vem cá. Lembra do segredinho da mamãe?

Brooke assentiu com empolgação, os olhos castanhos brilhando.

– O segredinho surpresa?

– Esse mesmo. Vamos contar pro papai agora?

– Siiiiiim! –ela gritou animada, batendo palminhas. – Posso dar a caixa?

Kate sorriu, ajeitou o cabelo da filha e assentiu.

– Pode, mas com muito carinho, tá? É uma surpresa muito, muito especial.

Minutos depois, a porta se abriu. Nathan entrou, secando os cabelos molhados com uma toalha. Ele sorriu ao ver as duas ali, sentadinhas no tapete.

– O que vocês duas estão aprontando?

Brooke pulou do chão e correu até ele com a caixa nas mãos.

– Papai! Tem surpresa pra você! Mas tem que abrir tudinho e ler tudo, tá?

Nathan riu, pegando a caixa com cuidado.

– Surpresa? De vocês duas? Isso nunca é simples, né?

– Abre logo, papai! –Brooke insistiu, pulando de ansiedade.

Ele sentou no sofá e puxou o laço, abrindo a tampa. Seus olhos caíram direto sobre a primeira peça: uma blusinha infantil do seu time do coração. Ele a ergueu devagar, rindo.

– Espera aí... isso é do meu time!

– Vira atrás! –Brooke disse, quase explodindo.

Nathan virou a camisa e viu: "Brooke – 1" bordado com letras brancas.

– Isso é... incrível. É sua, mocinha?

Brooke assentiu, orgulhosa.

– Eu sou a camisa número um!

Ele riu, mas então notou outra peça logo embaixo. Uma camiseta adulta do mesmo time. Ao desdobrá-la, leu nas costas: "Baby– 2".

A testa dele franziu, e seus olhos foram para Kate, que só observava com um sorriso contido.

– Ok... o que tá acontecendo aqui?

– Continua, papai. Tem mais! –Brooke disse, empurrando os tecidos pra ele ver o fundo da caixa.

Nathan olhou dentro e congelou. Os olhos se prenderam nos minúsculos sapatinhos brancos com detalhes azul-claros, depois no babador com estrelas e, por fim, no teste de gravidez.

Duas linhas rosas. Fortes. Claras. Sem dúvidas.

– Kate... –ele sussurrou, com a voz falhando.

Ela se aproximou, ajoelhando-se diante dele.

– É real, Nathan. Eu tô grávida.

Ele olhou de volta pro teste, como se quisesse garantir que não estava sonhando. O olhar voltou pra ela, marejado.