Se portanto calaram a minha voz
E daí? pode ser que eu me acostume
O silêncio talvez possa dizer mais
Bem mais ao "justo" eu me vislumbreBem mais o pobre eu não ofenda
Comigo mesmo eu sou abrigo
Calo minha voz pra que me entenda
Busco minha paz, do resto exitoSe me julgar me farei Cristo
Se me tocar eu sacrifício
Quando chorar será um cisco
Outro virá portanto eu ficoSe me julgar, calado eu grito
Aqui por dentro o meu suplício
Justo você, eu já nem ligo
A tudo mais serei tranquiloO som do vento me respeita
A minha culpa me diz respeito
O teu perdão a ti importa
No meu silêncio meu Deus da jeitoMinha boca cala enquanto reza
Meus olhos dizem muita coisa
São dois brilhantes tagarelas
Me entregam pra qualquer pessoaErgo minha voz por ti calado
Me faço exato prudente e bravo
Seja sensível e eu lhe falo
Problema é seu se não lhe agradoSou consoante assim me faço
Outrora tanto agora passo
Quanta vogal perdeu espaço
Era ditongo agora hiatoNão fique triste me compreenda
Sou egoísta essa é minha pena
O silêncio troca de será e acho
No semblante aberto de amor me abro
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Entre espinhos
Poetrya vida é feita de momentos bons e ruins. As coisas acontecem independentemente do tempo ou situação em que noa encontremos. vamos sorrir ou chorar sem hora marcada. É assim que é.