Capítulo Único

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Um acidente terrível ocorreu na pacata cidadezinha de Portal. Destruindo a paz dos seus moradores instaurando o medo, revolta e desconfiança. De fato, terríveis são os acontecimentos daquela semana, todos estavam assustados, porém unidos em prol de punir o culpado responsável por aquela atrocidade sem tamanha.

Todos lamentavam, chorando copiosamente a morte daquela jovem vivaz e tão bela Melissa. Seus amigos de escola, colegas de classes, professores, vizinhos e parentes reunião-se para despedir-se naquele dia nublado, com um único pensamento: Quem foi o monstro? 

Talvez por senso de justiça, ou apenas por mera curiosidade, não podemos deixar de citar o mal hábito daquela região, como a fofoca. Cada pessoa imaginava em sua mente a ordem dos fatos dos acontecimentos, criavam estórias com base naquele que ouviram, me disseram e eu acho. Mesmo depois de alguns dias após a polícia iniciar a investigação, os burburinhos não cessavam, e o sentimento de união esfarelava-se, todos secretamente mantinham suas suspeitas em oculto, ou as confessavam publicamente criando um quadro de intriga infindável. Primeiro o pobre do namorado, mas logo essa hipótese foi descartada, a trajetória do ataque era não condizente com sua altura.

Desde então a polícia estagnou, sem novas evidências e com uma lista imensa de suspeitos alternando entre a ideia de ter sido um crime passional, planejado e arquitetado por uma pessoa próxima a vitima, ora, poderia ter sido um crime hediondo - de infeliz oportunidade-, não passando de uma motivação ordinária. Todavia a polícia local pouco qualificada, logo foi substituída por investigadores mais experientes designados pelo estado para finalmente entregar um desfecho decente para aquele caso, o investigador Henrique Pascoal.

- Com a fuga dos presidiários é um pouco difícil deduzir o que realmente aconteceu. - O gordo comissário de policia apoia-se em sua barriga enquanto justifica sua negligencia para o experiente investigador. 

- Senhor Alpes, investigações são baseadas em fatos e evidência, não no poder dedutivo da sua imaginação, - qual também não deve ter muita... pensa consigo mesmo o investigador, inclinado-se sobre a mesa superlotada de papel - Andei analisando o caso durante a viagem, e está claro, foi um crime passional, devemos começar a interrogar os circulo mais intimo da vítima, então poderemos criar uma linha de acontecimentos que antecederam a morte da vítima. 

Levantando-se sem rodeios partiu para escola, a única escola do município, a escola onde a maioria dos jovens da cidade estudavam e conheciam-se desde sempre. Após muitos voluntários cederem as informações necessárias, e recebendo mais atenção do que o necessário, o misterioso policial deu de cara com um verdadeiro enigma.

- Qualquer dessa sala poderia ser um provável suspeito - Confessa a garota um tanto peculiar de sorriso bem alinhado e branco - Desculpe falar com tanta empolgação, mas á verdade é que quero pegar o culpado quanto a policia.

Pascoal suspira profundamente enquanto a garota explica-lhe toda a história.

- Naquele dia, não nos vimos, até a festa começar. Planejamos aquilo durante às voltas aulas de julho, e tinha tanta gente na festa, a maior parte do último ano, e todos eles viram a nossa briga... inclusive, Luana, ela estava secretamente tendo um caso com o namorado de Melissa - Pausa a garota, numa especie de dramaticidade - Não sei se isso é motivo suficiente para um assassinato, mas é  verdade, eu tentei avisa-la! - O investigador rever suas próprias anotações - Ela estaria indo para faculdade ano que vem, ela passou no vestibular com bolsa integral, para uma boa universidade particular! Bom atendo-me aos fatos - Ela tira um diário surrado do bolso - O namorado daria um bom suspeito, levando em consideração seu temperamento explosivo, possessivo e ciumento. Eles sempre estavam brigando... E bom, eu particularmente nunca gostei dele, nunca mesmo. - Ela subitamente detém. - Eu fiz tantas investigações, porém seria muito mais fácil descartar os suspeitos se a policial compartilhasse as notações sobre as evidências... 

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