Capítulo 42

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KRISTEN

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KRISTEN

    As palavras de Noah conseguiram me paralisar, assim com as veias do meu corpo pareciam ter sido congeladas. Entreabri os lábios, tentando fazer com que minha frustração saísse toda nas minhas palavras, mas não. Não consegui. Repassei a revelação dele na minha cabeça mil vezes e não consegui acreditar. Como isso era possível?

— O quê? — foi a única coisa que a minha cabeça foi capaz de formular.

— Você é uma Hayes. — pela sua forma de falar e com os olhos marejados, ele compartilhava da minha instabilidade.

— Como assim? Isso não é possível! O meu pai largou a minha mãe quando ela estava grávida e foi embora. — um sentimento pavoroso tomou conta de mim e da minha voz.

— Era ele. David Hayes foi o cara que fez isso. Ele era um garoto riquinho que não tinha idade e nem maturidade para ser pai. — ele levou as mãos nos olhos e limpou as lágrimas que desciam. Enquanto isso, meus olhos estava secos e eu não ia chorar.

— Meu Deus... — tapei a boca, incrédula com o que estava ouvindo. — Noah... isso é loucura. Por que ele está aqui agora então? — uma imensidão de dúvidas domaram a minha mente.

— Talvez esteja tentando recuperar o tempo perdido. Talvez queira ser um pai para você. — mostrou o seu ponto de vista.

O loiro se abalou ainda mais do que eu. Ele sabia como me sentia e acabava se entregando e entrando de cabeça nessa complicação que era a minha vida.

— Não! — engoli seco e a respiração ficou acelerada. Comecei a pensar e a lembrar. — Ele que não ouse dizer que essa era a intenção! Nunca! — não consegui evitar a exaltação.

— Ei, fica tranquila. — rapidamente, o loiro me envolveu em um abraço — Eu estou aqui com você. Esse David Hayes não vai te obrigar a nada, eu não vou deixar.

— Meu Deus... Como... — gaguejei, incapaz de formar uma frase coesa. — Eu não consigo acreditar.

— Eu sei que deve estar sendo difícil. — suas mãos acariciavam as minhas costas em um movimento circular.

— Isso não faz sentido. — me afundei naquele abraço, não tinha nada que confortava mais do que aquilo.

— Se pensar bem, faz sim. Ele tem o cabelo loiro e os olhos azuis. — ressaltou o meu melhor amigo.

— Minha mãe também tinha o cabelo loiro e os olhos azuis, Noah. — o lembrei.

— Assim como eu e você. — senti seu abraço ficar ainda mais apertado.

Não importava o que ele ou eu dissesse, minha ficha não conseguia cair. Nunca soube o que é ter pai, então não sei... Na verdade, eu só consigo odiá–lo cada vez mais quando lembro das palavras da minha mãe contando como ele a iludiu e depois, a abandonou no momento mais delicado e importante da vida dela. Doía lembrar da sua feição cansada ao chegar em casa do trabalho.

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