"Merda, nunca existiu nós
Essa é a verdade na real, você está falando sério?
Como você se sente, como você se sente?
Ficou viajando nessa porra que eu tive com você
Eu até me diverti um pouco, te dou esse mérito
(...)
Mas meu bem, não me entenda mal
Você era apenas mais um cara na lista
Tentando corrigir seus problemas internos com uma vadia má
Eles não te disseram que eu era uma selvagem?
Foda-se seu cavalo branco e a carruagem
Aposto que você nunca poderia imaginar
Nunca te disse que você poderia ter isso
(...)
Você precisava de mim
Oh, você precisava de mim
Para sentir um pouco mais e dar um pouco menos
Sei que você odeia confessar
Mas meu bem, oh, você precisava de mim"As luzes da boate dançavam sobre a gente, vermelho e roxo, coloriram e iluminavam o estabelecimento. Eu conseguia sentir seus olhos em mim, você parecia fissurado em cada parte, em cada curva minha e eu havia notado, dançava e olhava nos seus olhos, testando você, atraindo você para mim e, bem, como um ímã, você veio.
Foi na terceira vez que nos encontramos, você pagou caro por mim, parecia tão necessitado para me ter, tão desesperado, pagou alto bae, fez-me sentir como uma jóia preciosa, tal como um rubi, caro e exótico.
A sua boca tinha gosto de nicotina com hortelã, a língua áspera arrancava gemidos e arfadas baixas de mim, você sabia exatamente o que estava fazendo, sabia como me revirar todo, sabia como me bagunçar por completo.
Mas você era só isso.
— O que foi? 'Tá vidrado no seu dono, mas 'tá sem coragem de ir até ele? — A voz de Park Jimin chama minha atenção e eu sorrio, negando com a cabeça. — Oh, o que foi então?
— Ele vem até mim, Minnie — respondo simples, cruzando as pernas e lambendo meus próprios lábios. — Ele vem, ele sempre vem.
Eu consigo ouvir Jimin rir, mas eu o ignoro, porque eu tenho confiança nisso, eu assumo como uma verdade absoluta que Min Yoongi sempre vem até mim, porque eu o deixo preso nesse joguinho de poder, deixo-o achar que é meu dono, mas mal sabe ele que quem comanda tudo, sou eu. Eu o tenho na palma da mão, obediente, de quatro pra mim e ele sequer nota, ele é cego.
Dou as costas para ele e me debruço na bancada do barman, minha garganta implora para que algo umedeça ela e meu corpo suplica por calor, mesmo que eu use bastante roupas para um garoto de programa, a blusa é fina e eu sinto frio. Uma dose de vodka me soa atraente, ela desce quente pela minha garganta e a umedece, o gosto não é um dos melhores, mas não é como se eu me importasse com isso, na verdade, eu não me importo com nada.
O cheiro de hortelã, cigarro e whisky barato denunciam a aproximação conhecida, é Yoongi e isso faz um sorriso sacana rasgar meus lábios e encarar Jimin por um curto período. Eu movo meus lábios, sussurrando um deboche para o rosado, eu conheço com quem eu durmo, eu sei quem são. Viro meu corpo no banco e consigo confirmar e ver com clareza Yoongi diante de mim, suas roupas escuras e a cara fechada ajudavam a intimidar quem quer que fosse e no meu caso, só me excitava ainda mais.
Ele era feroz, metia forte.
— Eu gostei disso. — A voz rouca soou baixo e se ele não tivesse se aproximado mais, eu provavelmente não teria escutado pela música que soava no local. Observo suas mãos e elas tocam o harness que contorna minha coxa, ele ergue o olhar e eu puxo meu lábio inferior com os dentes. — Fica bem em você, fica sexy e...
— E perigoso. — completo, sorrindo em resposta. — Boa noite, hyung.
— Boa noite, Tae. — Ele se curva e deposita um beijo carinhoso no meu pescoço, os lábios gelados me arrepiam por completo, meu corpo responde tão bem aos toques dele, eu gosto disso. — Vamos subir, garoto? Eu senti sua falta.
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Rubi | Taegi
FanfictionA confiança, quase cega, em alguém pode levar-nos à consequências terríveis. Kim Taehyung aproveitava-se bastante disso, abusava da própria sedução e utilizava-a como arma. Ele era fatal; envolvia-se aos outros de forma tão repentina, quanto brutal...