Capítulo Quarenta.

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Infelizmente, nem só de sexo e felicidade vive o homem.

Boa leitura!

~•~

Não aguento mais ficar sentada nessa cadeira, sem poder fazer nada, a não ser rezar e mandar boas energias.

***

Ontem foi aniversário do Natsu, mas como era dia de semana, não tivemos oportunidade de comemorar, estávamos ambos cansados. Então hoje decidi fazer um jantar diferente, especial e surpresa. Macarronada, vinho e uma outra coisinha que preparei.

Ele passou a tarde na casa dos pais. Precisei inventar uma dor de cabeça para não ir e depois insistir para que ele fosse sem mim. Precisava estar sozinha para preparar tudo e contei com a ajuda da Cornélia, que me garantiu que 18 horas o faria sair.

Faz mais de 1h30 que Natsu mandou uma mensagem avisando que estava saindo e até agora nada. Liguei e ele não atendeu, nem me respondeu. Não queria sentir raiva pela demora ou ficar emburrada, pois queria que fosse tudo perfeito, então tentei ao máximo me distrair e estava indo bem, até meu celular tocar.

O nome "Cornélia" brilhava na tela.

- Alô.

- L-Lucy... - fungou.

- O que foi?

Seu choro aumentou e eu me desesperei.

- Cornélia?

"Deixa eu falar com ela, amor." - ouvi ao fundo.

- Lucy. - uma voz mais grossa, Gildarts.

Minha visão embaçou. Ele não disse nada, mas só pelo tom, eu sabia que havia algo errado.

- Aconteceu alguma coisa?

- Olha, se acalma...

- Foi com o Natsu?

- Ele sofreu um acidente de carro.

- O-O quê? Não é possível, você 'tá enganado. Ele é meio maluco, mas dirige bem. - silêncio do outro lado. - Onde vocês estão?

- No Hospital Geral, aquele que fica no centro da cidade.

- Eu sei onde é e 'tô indo aí.

- Quando você chegar, procura a entrada da emergência.

Encerrei a ligação.

Troquei de roupa, peguei a carteira, o celular, e saí. Parei um taxi mesmo, não tinha tempo para esperar o Uber chegar.

Ao entrar na emergência, vi Gildarts e Cornélia sentados, ele tinha seus braços em volta dos ombros da esposa. Assim que me viu, cochichou algo e a mulher olhou para mim. Quando me aproximei, ela levantou e me abraçou chorando, não consegui chorar.

***

Agora estou aqui, há 40 minutos, esperando qualquer notícia. Gildarts disse que quando eles chegaram, foram avisados que ele havia entrado em cirurgia, não sei por qual razão. Falando a verdade, parei de ouvir na palavra "cirurgia" e não quis que ele repetisse.

1 hora e 40 minutos, esse é o tempo que estou sentada nessa cadeira e nada. Cornélia já brigou com a recepcionista em busca de notícias, mas é claro que não adiantou. Eu sei o limite do nosso trabalho e se tem algo que detesto nele, é lidar com parentes em espera.

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora