・Prólogo ・

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Finn Wolfhard é um professor de inglês desajustado e atolado em dívidas que se vê obrigado a voltar para cidade onde cresceu após receber um e-mail sobre sua irmã falecida

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Finn Wolfhard é um professor de inglês desajustado e atolado em dívidas que se vê obrigado a voltar para cidade onde cresceu após receber um e-mail sobre sua irmã falecida. Brooklynn.











PROLOGUE.

Antes mesmo de saber do que se tratava, David sabia que era algo ruim.

Um vizinho assustado ligou para a delegacia. Disse ter ouvido um barulho de tiro vindo do chalé. Agora, lá estava David, junto de sua parceira Wionna, prestes a entrarem no chalé. Aparentemente, pelas duas bicicletas que estavam estacionadas na varanda, duas crianças viviam na casa. Com uma grande diferença de idade devido a diferença de tamanho das duas bicicletas.

David passou a mão pela barba mal feita. Bateu na porta três vezes, com suavidade. Ninguém respondeu. Wionna passou pelo homem, ficando na frente do mesmo e batendo na porta com brutalidade.

-- Ei! Tem alguém em casa?! - A mulher berrou. Sem resposta. A mesma então girou a maçaneta, e diferente do que esperava, a porta estava aberta.

-- Polícia! - David se forçou a gritar. Nada. Nenhum barulho se quer. Wionna o fitou e balançou a cabeça, sinalizando para entrarem no chalé.

    A casa é relativamente pequena. Porém, contêm cômodos confortáveis e espaçosos. Além de uma bela decoração. Mas não é só por que um lugar é bonito que seus acontecimentos também são.

   Os dois passam pelo corredor e entram na sala de estar. Um barulho de moscas invade o local, e com razão. Uma mulher está deitada no sofá da sala, de frente para uma grande televisão com uma enorme rachadura. As moscas que faziam os sons rodeavam o cadáver da mulher.

Ela tinha cabelos castanhos escuros que batiam meio a baixo dos ombros. Usava uma calça jeans preta e uma blusa vermelha clara. Metade de sua cabeça não existia mais. Várias moscas gordas faziam um barulho irritante ao redor da mesa.

Não é preciso dizer quem puxou o gatilho. A arma estava no colo da mulher. Arma na boca. Puxa o gatilho. Sangue e partes de sua cabeça e cérebro se espalham pela parede atrás dela.

-- Puta que pariu. - Wionna solta boquiaberta. -- Suicídio.

-- Tá. Mas e quanto a televisão rachada? - David pergunta intrigado. Wionna fita a televisão, depois o carpete atrás dela. Uma poça de sangue está espalhada no mesmo. E essa não é a única. Outra já penetrou no sofá, ao lado da mulher morta.

As duas formam um caminho de gotas e pegadas, que vão em direção a escada. Os dois nem dizem nada. O olhar bastava para saber que precisavam investigar o resto da casa. Os dois foram até a mesma e começaram a subi-la.

A escadaria não emitia sons. Mas devido ao grande porte de David, os degraus sempre emitiam um rangido quando a sola de seus sapatos entravam em contado com alguns.

Um extenso corredor se revelou no andar de cima. Quatro portas de madeira branca. David foi se aproximando da primeira, abrindo-a. Era um quarto simples. Uma cama de casal, um guarda roupa grande e uma escrivaninha com papéis e canetas cheias de canetas e lápis. Um porta retrato se encontrava ao lado de um abajur no criado mudo. David o pegou.

Era uma foto de dois garotos. Um deles era mais velho, aparentando ter quinze ou dezesseis anos. Tinha olhos azuis e cabelos castanhos com uma espécie de franja. Sorria feliz, mas sem mostrar os dentes. Já o outro tinha por volta de nove ou dez anos. Cabelos loiros e bagunçados, olhos também azuis e um sorriso banguela. Estava vestido de pirata e em nos ombros do adolescente, como uma espécie de cavalinho. Não. David pensa. Por favor, Deus. Não.

  David deixou o quarto, se deparando com Wionna saindo do banheiro.

-- O banheiro está limpo. O outro cômodo era um quarto de adolecente. Estava vazio também. - A mulher disse ajeitando o uniforme.

  Só restava um cômodo. E os dois sabiam disso. Algo bom em serem parceiros, é que muitas vezes não precisavam de palavras para ter certeza de entrar em um lugar, ou decidir fazer algo. Só o olhar dos dois já bastava. Desta vez não foi diferente.

  David segurou a maçaneta da porta. Por algum motivo, ela estava pegajosa. Mas ele não se importou com isso. Pelo menos não no momento. Nem com o mesmo barulho de moscas gordas da sala.

  A porta foi aberta com um rangido enorme, como se quisesse que eles fossem embora. Para poupa-los de uma visão indesejada. E como era.

  Os garotos estão deitados na cama. O mais novo está de barriga para cima, e o mais velho ao seu lado, com a cabeça deitada no ombro do mesmo, envolvendo o corpo do pequeno em uma espécie de abraço. Ambos usam bermudas. A do adolescente preta e o do outro garoto, marrom claro. O mesmo está com uma blusa grande e folgada demais para seu corpo magro.

E a cor dela é quase invisível em meio a tanto vermelho. Vermelho de sangue. Que macha as roupas dos garotos e os travesseiros e lençóis. E onde deveria estar o rosto do mais novo, estava só um aglomerado de ossos, sangue e cartilagem que eram visíveis através de várias moscas ao redor da carne da criança. E o mais velho, está com um corte imenso no pescoço. A faca está ao lado dos pés dele.

De repente, a cena é visualizada na cabeça dos parceiros. O adolescente sendo deitado no sofá e tendo a garganta golpeada. Em seguida, a cabeça do mais novo sendo atirada contra a televisão, e esmagada no chão. Até ele ficar irreconhecível, até ele não ter mais rosto.

E mais sangue era visível naquela cena. Letras grandes e tortas, vermelhas, escritas por uma pessoa desesperada, se encontravam na parede a cima dos dois garotos:

NÃO SÃO MEUS FILHOS










Quando minha irmã tinha oito anos, ela sumiu

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Quando minha irmã tinha oito anos, ela sumiu. Na época, achei que não poderia haver coisa pior.
E então ela voltou.

ᴼ  ᵟᵁᴱ  ᴬᶜᴼᴺᵀᴱᶜᴱᵁ  ᶜᴼᴹ  ᴮᴿᴼᴼᴷᴸᵞᴺᴺ | Finn Wolfhard Onde histórias criam vida. Descubra agora