Capítulo 2

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Dia seguinte tive uma grande briga interna com meus olhos para que eles abrissem, demorou um tempo até que me acostumei com a claridade. Dei uma olhada no relógio e corei. Meio dia passado. Esse fuso horário vai me causar grandes problemas.

Com muita vergonha saí do quarto, querendo ser invisível, porém não deu certo.

Jonnie: Ela acordou. – Gritou, vindo me abraçar. – Bom dia irmã de mentirinha.

– Bom dia lindo. – Disse meio grogue.

Entrei no banheiro, fiz minha higiene matinal e então desci, com vergonha de olhar pra todo mundo.

– Me desculpem por acordar tão tarde. Esse fuso horário me confunde.- Disse tímida.

Deborah: É normal que fique atrapalhada no inicio, aliás, faz bem dormir, não tem problema nenhum.

Caitlin: Isso aí. Eu só acordei cedo porque sempre vou caminhar na praia. Se não me obrigar a ir de manhã, não vou mais. – Gargalhou. – Se serve de consolo, Perrie ainda dorme.

– Acho que serve. – Sorri, sentando.

Deborah: Está com fome, querida?

– Estou. – Admiti.

Deborah: Consegue esperar mais um pouquinho? – Perguntou. – Alex já está encaminhando o almoço.

– É claro que sim. – Sorri.

Estava sentada de costas pra porta da cozinha, quando uma voz rouca soou no ar.

Perrie: Porra, minha cabeça está doendo.

Deborah a olhou com repreensão e suspirou, dando as costas a ela. Me virei apreensiva, admito, porém quando a vi, meu queixo caiu. A garota parada na porta simplesmente me tirou o fôlego. Os cabelos loiros, levemente ondulados na ponta, corpo escultural indescritível, o rosto com traços bem femininos, olhos azuis, dos quais sou capaz de me perder facilmente, e mesmo que esteja visivelmente de ressaca, não deixa de ser a garota mais linda que já encontrei.

Não existem pessoas assim no México, fato.

Deborah: Finja que é educada Perrie. – Falou, enquanto lavava a salada. Ouvi ela bufar e dar passos firmes, até parar ao lado de Caitlin, que a olhava com cautela.

Perrie: Olá. – Disse seca. Caitlin deu uma cotovelada na barriga dela, que gemeu de dor. – Que foi sua maluca?

Caitlin: Deixa de ser trouxa, ela não te fez nada. – Me defendeu, zangada.

– Caitlin, deixa. – Sorri pra ela. – Oi... Perrie, é isso? – Eu sei que é, mas serve pra puxar papo...

Perrie: É. – Falou simplesmente, deixando a cozinha logo em seguida.

...Ou não serve.

Deborah: Me desculpe por isso, querida. – Sentou na mesa, comigo e com Caitlin. – Perrie cresceu sem limites.

– Imagina, pode ser porque ela acabou de acordar. – Tentei fazê-la se sentir melhor. Deborah sorriu fraco e levantou, me deixando com Caitlin na cozinha. Uns segundos depois, Perrie entrou, tirando um cigarro do bolso.

Caitlin: Você não vai fumar aqui. – Disse autoritária. – Não somos obrigadas a sentir o cheiro dessa merda.

Perrie: Está chata assim porque a mexicana chegou? – Arqueou uma sobrancelha, pegando uma água na geladeira e bebendo diretamente da garrafa.

Caitlin: PERRIE. – Berrou.

Perrie: Que foi agora? – A encarou.

Caitlin: Mais pessoas irão beber, coloca no copo.

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