Capítulo Único

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      -Nagisa, venha aqui - ordenou puxando-lhe as mãos

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      -Nagisa, venha aqui - ordenou puxando-lhe as mãos.

  Depois de uma grande luta entre matar ou salvar o Koro sensei. Todos já tinham voltado para sala, mas eles precisavam conversar
- Eu preciso te contar algo, o porquê de eu ter me afastado naquela época

      -Não se preocupe Karma, aquilo ficou para trás e agradeço por me ouvir e ... - foi cortado pelo ruivo 

      -Não,não ficou- declara um pouco perturbado assustando o azulado com a resposta - você não tem idéia da falta que senti. Sim, eu sei que sempre fui muito independente e nunca liguei muito para aproximações repentinas, mas me envolvi com você, e começamos a conversa, sim eu adorava aqueles momentos.
  Mas tudo se distorceu quando eu o vi de forma diferente: vi como alguém frágil, via como algo que queria proteger, abraçar e não soltar, sim sempre te vi como um ratinho, pequeno e ingênuo.        
   Mas tudo isso distorcia minha personalidade, minha forma de viver, teria que te proteger, queria ao meu lado mas temia, sim temia muito. Temia não ser quem sempre fui, temia te perder, temia por mim e por você, mas tudo isso era novo demais para  alguém como eu, que sempre fui imprudente e delinquente, só queria saber de lutar, sim sei que sabe, sempre fui um demônio, e ver esse demônio senti algo tão puro, era loucura demais.

  Nunca foi só isso, comecei a ter medo de você, pois quanto mais me envolvia mais algo me alertava que você era muito mais do que aquilo que meus olhos e coração começarama ver, sim, como uma cobra essa, que agora sabemos exatamente qual é, a sua arma.
   Eu abaixava minha guarda com você, sim, Karma abaixava a guarda, mas eu sabia que não devia pois sempre senti. No meio de tudo isso meus medos me consumiram e as dúvidas me afundou, escolhi fugir, escolhi me afastar, mas não tem ideia de como me arrependo.

   Vejo-te agora, o melhor assassino, forte, e determinado me acalma em poder lutar e saber da tua independência. Não, eu não podia ganhar com arma sendo que meu maior inimigo, meu maior medo usava apenas as mãos, assim como sempre usei.
   Mas mesmo assim, sabe o medo que sentir quando estava lutando com aquele louco do Takaoka sensei quando ele disse que queria se vingar de você, te matar, pensava o que você tinha feito de tão emocionante para irritá-lo tanto.
   O medo me consumiu e não evitei de tomar a frente e querer estraçalhar aquele pescoço(referência ao episódio 21 da 1° temporada), quando decidiu que iria lutar entrei em desespero, a ponte de acesso foi quebrada e ele ameaçou destruir os remédios , eu queria ir lá te ajudar , me doía ver se machucar por alguém tão podre quanto ele, mas você superou minhas expectativas e mostrou quem realmente era.

    Nunca tive tanto medo de perde alguém e ao mesmo tempo orgulho quanto tive naquele momento por você, foi aí que percebi que te amava, queria te proteger te abraçar e nunca mais soltar, tinha que quebrar essa barreira, só demorei que criar coragem. 

    Nagisa, estava pálido, não sabia o que responder para toda essa declaração. Sim, ele ficou muito triste quando se afastaram, mas aceitou que ele tivesse apenas cansado de si por ser tão fraco e sem graça, não fazia idéia, sempre o admirou, admirava aquela independência, mas só via de longe.

         -Eu posso fazer uma coisa que sempre quis fazer? - o azulado apenas confirmou, estava perplexo, e foi aí que ficou mais ainda : Karma o abraçou, um abraço quente e apertado - desculpe por tudo isso, só não fuja de mim eu prometo que também não fugirei e...- 

         -Não, não - dizia entre o abraço- não peça desculpa por isso, prometo não fugir. Karma, sempre te admirei, admirava a sua independência, inteligência, força ou como largava tudo pelos ares, mas isso tudo de longe, te observava ali do meu lugar, sim, eu fiquei muito feliz quando de repente a pessoa que admirava começa a conversar comigo, adorava as nossas conversas e encontros, mas talvez no fundo eu sabia que não duraria para sempre aquela amizade. Como alguém como o Karma iria querer se envolver com alguém tão sem graça como eu? E então nos afastamos, e foi a gota  d'água: foi bom enquanto durou. Ouvir tudo isso de você me deixa muito feliz com essa amizade.

          -NÃO, não você nunca foi sem graça, muito pelo contrário sempre achei belo, fofo e novo esse seu jeito de ser - declara fazendo o menor cora e se afastar escondendo o rosto - Olhe para mim Nagi. Eu não quero sua amizade - fala assustando o azulado que olha desentendido para o maior - eu quero ser muito mais que isso, eu quero poder te abraçar sempre, te tocar e sentir teu cheiro - enquanto falava se aproximava cada vez mais de Nagisa, este que corava feito um tomate - eu quero você só para mim. 

      "Eu quero poder te beijar" - sussurrou essa parte no ouvido do menor, que se arrepia com a aproximação - eu posso Nagisa? 

  Aproximou sua boca, passando seus lábios um no outro, podia sentir as respirações se encontrarem, os olhos fecharam-se e o ruivo voltou a perguntar: 

      -Eu posso fazer uma coisa que sempre quis? -

   Sem esperar resposta, o beijou. O beijo era lento , cheio de sentimento, não tinha malícia, só saudade e amor, agora finalmente correspondido.
    As mãos do ruivo acariciavam a cabeleira azul que foi descendo entre suas costas parando na cintura a apertando levemente. O empurrou para encostar na árvore que se encontrava atrás do Nagisa, este que enlaçou seus braços ao redor do pescoço do ruivo, usando como apoio para ficar na ponta dos pés, isso por causa da diferença de tamanho, entrelaçando os dedos nos fios vermelhos.
   A falta de ar fez com que tivessem que se afastar. Encararam um o outro com carinho e amor, o menor estava vermelho mas não evitava o sentimento, até que se desequilibrou, escorregando entre o tronco da árvore atrás de si. O maior achou estranho, mas apenas deu uma pequena risada, sentando ao lado do menor,  o posicionando entre suas pernas. Nagisa apoiou sua cabeça no peito do ruivo, este que levantou o queixo do pequeno dando mais um beijo apaixonado. E por fim, ambos relaxaram ao som daquela imensa área esverdeada que traziam o som do balanço das folhas. Nessa calmaria fecharam os olhos declarando as últimas palavras antes de se deixarem levar pelo cansaço e dormir.

-Eu te amo meu pequeno

-Eu também te amo Karma 

E dormiram com um pequeno sorriso no rosto de ambos. 

 

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