Capitulo 3 - A Ultima dos Lótus

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     E pela primeira vez dês de que foi coroado Rei conseguiu sentir o ar bater suavemente sobre seu rosto, Lucius cavalgava conseguindo sentir a sensação de liberdade, sem trabalhos ou burocracias relacionadas ao reino para resolver, se sentia verdadeiramente livre.

     Um certo tempo havia se passado após a sua saída do reino, o castelo estava distante e já não era mais possível enxergar suas enormes torres.

     Vendo um pequeno lago a frente decide então fazer uma parada, e guiando o cavalo até o lago permite que o animal também beba, aproveitando então a pequena pausa para rever o que faria a seguir.

     Após descansar um pouco, Lucius se prepara para dar continuidade em sua jornada voltando a cavalgar floresta adentro. Seus pensamentos se perderam deixando então o cavalo o guiar, lembranças vinham em sua mente sobre seu irmão, lembranças de quando eram jovens e travessos, de quando um protegia o outro, um laço que ambos tinham um no outro que os fortaleciam.

    –– Ele era habilidoso demais - Disse a si mesmo enquanto acariciava os pelos marrons do cavalo - não acredito que ele tenha morrido assim, do nada.

     Recompondo-se de seus pensamentos continua a cavalgar, não sabia exatamente o que poderia estar procurando. Uma aventura, uma chance de descobrir o que de fato aconteceu ao seu irmão, sem uma pista para seguir a segunda opção lhe era incerta. Naquele momento o que desejou foi que apenas o vento o guiasse em sua jornada, nem que seja na busca pela verdade.

    Motivado então a ultrapassar os limites de sua terra, Lucius entra em uma Floresta Sombria, famoso por conter estranhos demônios ou criaturas disformes desprovidos de razão. Pouco a pouco a neblina começou a ficar espessa, as árvores apodrecidas faria qualquer um pensar antes de pisar naquelas terras, entre tanto, Lucius continuou prosseguindo em frente ficando atento ao seu redor.

     Pequenas criaturinhas espreitavam pela floresta, escondendo-se em trocos ou até mesmo camuflando-se no ambiente sem vida, a pouca luz que ali possuía fez com que as mesmas criaturinhas pegassem afinidade com o escuro, e a cada trotada que o cavalo dava podia-se ouvir pequenos e diferentes ruídos emitidos.

     Um silencio então começou a se formar e o cavalo passou a ter um comportamento estranho, como se quisesse recuar do local em que estavam.

    –– Calma rapaz.

    Disse Lucius puxando as rédeas do cavalo para tentar acalma-lo. Logo percebeu que algo estava incomodando, algo que estava deixando o animal agitado.

    Puxando a espada da bainha presa em sua cintura Lucius encara o lugar, aguardando a qualquer momento por um ataque surpresa, no entanto, um barulho assusta o cavalo de forma que Lucius não estava preparado, e perdendo completamente o equilíbrio o mesmo cai, a atmosfera do local começou a ficar densa e o ar pesado, como se toda a floresta fosse uma armadilha para viajantes andarilhos, a visão do Rei começou a perder o foco e sua mente a ficar completamente atordoado.

    Uma dor aguda havia invadido seus sentidos, lutou para tentar se manter acordado, mas não conseguia, a visão turva logo foi tomado por uma escuridão e a última coisa que Lucius viu pouco antes de apagar foi de algumas ninfas se aproximando com seus minúsculos corpos cintilantes.

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