Gelo do Estreito

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Era da Trégua

Estreito de Helyra - Helyra 02:53 Am

Nos oceanos calmos e gelados de Helyra, uma frota marítima escoltava um pequeno navio de metal de bandeira branca, eles navegavam pacificamente não tão próximo da costa do continente, o céu estava limpo, não havia nuvens, porém, o clima estava bastante frio, algo que naquele local não é normal, estranhamente, uma neblina os cercava lentamente, se tornando cada vez mais intensa quanto mais navegavam. Atravessando entre o estreito e adentrando cada vez mais nas águas Helyrianas, a neblina se intensificou tanto, que o navio que liderava a frota soou um sutil alarme, como resposta, os demais navios desligaram seus motores, soltaram suas âncoras e pararam em formação, onde o navio de metal estava no meio, nele, havia uma pessoa de pé, que estava no convés, ele observava fixamente para frente, parecendo estar esperando por algo.

ALMIRANTE:– Capitão Ruvos, o senhor deveria voltar para escotilha, a tendência dessa neblina intensa vai ser de mal para pior!– Dizia o almirante preocupado, saindo da escotilha.

RUVOS:– Nem precisa me dizer Almirante Deoltor, parece que vamos ter que ficar horas ancorados nesse lugar!– Dizia enquanto se virava. –"Está bastante frio nessa neblina, está até saindo vapor de minhas narinas, isso normalmente não é assim... ou..."– Pensava.

DEOLTOR:– Senhor? – Perguntou.

RUVOS:– Ah sim, eu vou entrar!– Respondeu enquanto caminhava em direção da escotilha.

Alguns minutos se passaram, o almirante Deoltor e o capitão já haviam entrado na escotilha de seu navio. Outro sutil alarme é soado que vinha do navio que liderava a frota, era uma ordem de desancorar e religar os motores, com isso, alguns barulhos estranhos logo após a ignição dos motores é ouvida em todos os navios, os marinheiros dos demais ao averiguar o problema notaram que os motores foram parcialmente congelados e algumas partes da estrutura do navio também estavam no mesmo estado, o mesmo problema da estrutura foi relatada em todos os outros navios, exceto em um, o navio do centro.

Demoraria horas até que a situação dos motores fosse resolvida, alguns capitães suspeitam que a causa do problema seria a estranha neblina gelada, normalmente ela não faz tanto frio a ponto dos motores ficarem congelados daquele jeito, mas por algum motivo, naquele momento, parecia que aquele lugar estava nos polos do mundo, saia até vapor da respiração, não demorou muito até que um dos almirantes alertou que esta neblina era uma possível armadilha e logo solicitou que soassem o alarme de combate.

Em poucos minutos a solicitação foi concedida e logo o alarme de combate foi soado, o mar subitamente fica agitado após o toque, alguns marinheiros que estavam do lado de fora preparando alguns armamentos repararam que a neblina estava começando a cessar rapidamente, e viram que os navios estavam sendo congelados por fora, alguns outros nos demais navios também repararam que o oceano estava congelando, todos estavam em pânico naquele momento, ninguém sabia o que estava causando tudo isso.

DEOLTOR:– Capitão Ruvos!! – O almirante do navio central gritava pelo nome do capitão que desapareceu misteriosamente naquele curto período de tempo, ele alertou aos demais marinheiros, e logo toda a formação foi alertada que o capitão do navio central havia desaparecido, aquele momento não poderia ficar pior, até que, quando todos se deram conta, o mar estava completamente congelado, parecia que os navios estavam sendo segurados pelo gelo.

A comunicação entre os navios era feita por cristais mágicos, e logo após a frota de escolta ser alertada sobre o desaparecimento, os cristais de comunicação começaram a dar interferência, os sons que saiam dos cristais era inaudível, com isso, foram forçados a desativar os comunicadores, como era perceptível que o gelo debaixo dos navios era bem firme e resistente, logo alguns superiores e marinheiros começaram a desembarcar do navio em meio a geleira que havia se formado, e começaram a discutir sobre o porquê disso está acontecendo e algumas possíveis soluções, foi aí que gritos começaram a ser escutados em um dos navios, e espontaneamente mais gritos foram ouvidos dos demais navios, o pânico pouco a pouco voltava naquele ambiente, os tripulantes então voltam para seus respectivos navios o mais rápido que puderam, e se deparam com a grotesca cena de seus tripulantes já sem vida no chão, o que dava para se reparar, é que suas gargantas foram cortadas precisamente, todos que estavam ali caídos possuíam o mesmo corte em lugares semelhantes, o que dava para se entender é que "aquilo" que os atacava era um assassino mais que profissional.

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