POV AINÊ
Me esqueci por alguns segundos de que Philippe não lembra de absolutamente nada da noite anterior. Meu Deus, Ainê, controla melhor sua língua.
- Assim, quer dizer, eu acho que tomou - respondi sentindo minhas bochechas ficarem mais coradas do que já estavam, se é que isso era possível.
Me levantei com o intuito de ir para o quarto me esconder de mim mesma por ser tão burrinha
Philippe: para onde vai? - questionou colocando-se em minha frente
- Para o quarto - respondi tentando passar pelo mesmo
Philippe: tão rápido assim? - segurou meu braço
- Sim, preciso ajudar Thais com algumas roupas - respondi - pode me soltar?
Philippe: só depois de me responder como sabe que eu tomei banho ontem
- Por que isso te importa tanto? - Perguntei enquanto intercalava meu olhar entre seus olhos e o local onde ele segurava meu braço
Philippe: porque é tão importante sair do mesmo ambiente que eu estou? - respondeu minha pergunta com outra pergunta
- Só preciso ir ajudar a Thais, e outra - suspirei - sei que tomou banho pois escutei ligando o chuveiro em plenas duas e meia da manhã
Um silêncio tomou conta do ambiente, até que decidi interrompê-lo
- Agora você pode, por favor, me soltar? - Perguntei já tentando livrar meu braço de suas mãos
Ele apenas me soltou e saiu. Sério que era preciso todo aquele teatro para, depois, não dar nenhuma palavra e ir embora? Deus, dai-me paciência.
Subi as escadas e encontrei Thais alisando o cabelo. Havia uma tonelada de roupas em cima de sua cama, milhões de sapatos espalhados pelo quarto e uma pilha com umas 6 bolsas penduradas na porta do guarda-roupas.
- Quer que eu chame o governo para avaliar o custo dos danos causados pelo furacão, terremoto, explosão vulcânica ou seja lá o que aconteceu nesse quarto? - brinquei devido ao estado do quarto, recebendo um dedo como resposta
- Quer ajuda? - encostei na porta do banheiro
Thais: nem precisa perguntar. Nada combina comigo. - respondeu, suspirando por fim
- Você tem milhões de roupas e nenhuma serve? Tadinha de mim que me viro com 5 peças. - exagerei
Thais: você tem 5 peças lindas, é totalmente diferente - afirmou desligando a chapinha da tomada
- Quer uma roupa minha? - Perguntei, entendendo que era essa sua intenção desde o início da conversa
Thais: aaai - deu um gritinho histérico - faria isso para mim?
- Não se faz que era essa tua intenção desde que me pediu para te ajudar na escolha da roupa
Thais me mostrou a língua e seguimos ao meu quarto, separamos algumas peças que ela havia gostado.
Thais: nenhuma está combinando, Ainê. - reclamou em frente ao espelho, segurando o vestido em frente ao corpo.
- Esse já é o sexto vestido, Tha - suspirei enquanto sentava na ponta da cama.
Thais: é o sexto e ainda não deu certo, me ajuda - virou para mim
- Já sei, vá nua - deite-me na cama
Ficamos mais um tempo na batalha pelo vestido, ela só decidiu quando a apressei, já faltando 20 minutos para a hora do encontro
Thais: e aí, como estou? - Perguntou logo que terminanamos de descer a escada.
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A Estranha Perfeita - Philnê
RomantizmDe um lado, uma jovem garota sonhadora, moradora do Rio de Janeiro, que finalmente realiza seu intercâmbio, partindo diretamente para a casa de pessoas completamente desconhecidas. De outro lado, um homem frio, que anda com pessoas erradas, apenas...