Em uma sociedade um tanto preconceituosa , Jackson tenta sobreviver dia a pós dia em seu nada convencional trabalho. Mesmo não sendo um emprego digno aos olhos de terceiros , para ele é a única fonte de renda para sua família. Em um momento crucial...
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Jackson Wang
Inverno na Coreia do Sul ...
Muita das vezes me pergunto como minha vida ficou deste jeito.
Talvez as circunstâncias foram minha maior motivação,o medo de ter que passar necessidades e juntamente minha família me deixou assustado, então por estes motivos eu acabei nesta vida da qual não me orgulho nada.
Por onde eu passo as consequências das minhas escolhas me perseguem.
Passei a noite trabalhando e tenho que encarar minha realidade. Por exemplo agora, estou em uma loja de conveniências no meu bairro e todos que estão aqui estão olhando para mim.
Olhares de nojo,repulsa,pena,e sempre quando passo perto de qualquer um eles saem correndo para longe de mim.
Tem horas que eu tenho vontade de sumir, sei que ninguém tem culpa,eles podem ver meu trabalho como nojento e entre outros nomes,mas é dele que consigo sustentar meu pai,a esposa dele juntamente com seus filhos e minha pequena May.
Não,me orgulho!Não me orgulho mesmo,mais graças a ele posso dar tudo que minha filha merece.
Após pegar tudo que eu preciso e colocar na cesta , me dirijo até o caixa.
Em uma fila de duas pessoas eu aguardo tranquilamente,e como sempre,mal cheguei e as duas pessoas que estavam na fila começaram a ficar agitadas e a cada segundo olhavam para minha cara e eu já nem tenho palavras para expressar como me sinto a isto.
Sinto alguém entra na fila ficando atrás de mim e escuto seu celular tocando a mesma atende falando em inglês e sua voz doce porém firme,entra nos meus ouvidos,fazendo dar um pequeno sorriso,pela dela forma que ela falou com a pessoa do outro lado da linha.
E assim finalmente chega a minha vez.
A caixa nem olha para a minha cara e quando eu coloco a cesta em cima do balcão ela me encara e simplesmente fala.
- Eu já te falei que não era para entrar mais aqui.Vá em outras lojas … - ruge ela batendo no balcão.
Quanta humilhação!
- A outra loja fica a uma hora daqui e tenho que levar isto pra casa agora ... - falo tentando argumentar com a Ajhuma mais ela começa a ficar alterada e fala.
- Olha,eu não quero perder clientes por sua causa. E as pessoas estão reclamando de ter que comprar no mesmo lugar que você…
Eu estou muito cansado e se eu tiver que ir até o outro mercado minha filha não vai para a escola, mas se eu não for ao mercado ela ficará com fome.
