Capítulo 45

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KRISTEN

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KRISTEN

   Não foi fácil digerir aquela mensagem. Algo dentro de mim me impedia de acreditar, reli várias vezes para ter certeza de que estava enxergando direito cada frase. Não estava enganada. As mensagens eram óbvias. Christopher transou com Alyssa, os dois estavam tendo um caso esse tempo todo. Meu coração disparou e o meu corpo fraquejou. Lembro de cada palavra que ele me disse ontem, de como foi meu companheiro e me fez sentir especial nesse momento tão delicado. Sinceramente, isso não pode estar acontecendo comigo.

— Amor. — Christopher disse ao sair do banheiro. Bloqueei a tela do seu celular e o devolvi para o criado sem que o mesmo percebesse. Me virei para ele, que estava com uma toalha amarrada na cintura e aquele maldito sorriso no rosto, aquele maldito e encantador sorriso...

Não fazia a mínima ideia de como reagir. Deveria gritar com ele, dizer todas as palavras mais horríveis que alguém possa escutar, jogar todas as verdades na cara dele, gritar ainda mais e quem sabe, dar um belo tapa em sua cara. Mas não. Apesar de ser o que deveria fazer, não era o que tinha vontade. Não queria gritar. Simplesmente não podia. Não mais. Eu tinha problemas demais na minha vida para me submeter a uma exaltação assim. Passei dias lembrando do meu passado, da garota que minha mãe queria que eu fosse. Lutar pelo amor de um homem nunca esteve nos meus planos e jamais estaria, honestamente. Nunca. Se Christopher quer estar com Alyssa, se gosta de se aventurar com ela, ele que faça. Não vou ficar no caminho. Fechei muito os meus olhos na época de Troy, acabei contribuindo para o meu namoro tóxico, mas não faria isso de novo. Então, não vou gritar. Não vou estapeá-lo. Muito menos vou dizer palavras ofensivas. Eu amo esse cara. Idealizei uma vida para nós, me senti culpada ontem por excluir ele dos meus problemas. O amo muito, mas não mais do que a mim. Não tomaria nenhuma atitude no calor do momento e de cabeça quente. Talvez ele me conte, é, quem sabe. Pelo menos ele vai ser um traidor honesto.

— Sim, meu amor. — ergui um sorriso e lhe dei atenção.

— Tem certeza de que quer voltar a trabalhar hoje? — suas mãos se apossaram da minha cintura e as minhas foram parar em seus ombros largos. Engoli seco, tentando manter as aparências.

— Tenho sim. Eu estou pronta, mais do que pronta. Tive um momento de fraqueza, mas não estou mais. Isso não vai mais me derrubar. — o sorriso certeiro que saiu dos meus lábios foi verdadeiro dessa vez. Eu daria um rumo para a minha vida. Precisava fazer isso.

— Você não foi fraca, passou por um momento difícil. — senti os dedos de uma das suas mãos que largaram da minha cintura e tocaram o meu rosto. Esse toque era tão precioso para mim, como também é ouvi-lo dizer isso. Por que não pode tudo ser perfeito? Por que o equilíbrio só pesa para o lado oposto, que está sempre em oposição à mim? Isso iria me fazer falta, mas tudo o que eu preciso para seguir em frente é só de mim mesma.

— É. Eu passei e acabei fechando os olhos para algumas coisas que estavam acontecendo a minha volta. — a seriedade e serenidade prevaleceram em minha voz.

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