Monique vivia uma vida pacata e comum em Nova Iorque com seu cachorrinho Luke, até ser quase atropelada por um certo marmanjo com um carro ridiculamente lindo. Mesmo sendo arrogante, conversar com ele pode até ser legal. No que será que isso vai dar...
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Ah, Nova York! Se alguma vez me dissessem que moraria aqui, nunca teria acreditado!
E, no entanto, tudo aqui é inspirador: O Central Park, os vendedores nas calçadas, a multidão quase constante, os bairros ecléticos e vibrantes. Eu até me vejo desfrutando de tudo aqui.
Embora eu não tenha muita escolha, preciso acordar cedo. Tenho que levar meu cachorro para passear; Ele merece muito do meu tempo.
Seu nome é Luke, ele e eu temos uma conexão especial, inexplicável. Quando vi seu rostinho fofo pela primeira vez, alguma coisa aconteceu com meu coração de pedra. Desde então, moramos juntos no meu pequeno estúdio. Sua companhia me lembra a boa escolha que fiz ao trazê-lo comigo.
Duas almas solitárias, bem preparadas para uma jornada sem brigas ou ignorando um ao outro como todos os casais que conheço. Luke é um buldogue francês, com um físico encorpado e poderoso que o faz parecer um cão mal-humorado. Na verdade, ele é super fofinho e adora brincar. Sua grande paixão é perseguir sua bola de tênis por horas no Central Park.
Como sempre, estou atrasada. Olho para meu acompanhante. Parece que cachorros sabem quando sofremos.
Vida de adulto.
Depois de acariciá-lo, saio do apartamento e vou para as ruas lotadas da cidade.
O que eu amo em Nova York, depois de todos esses lindos ternos e gravatas que vão conquistar Wall Street, são os lindos carros. O que eu mais gosto de tudo são os carros de corrida, o resto não me chama atenção.
Cresci com um pai viciado em mecânica. Um verdadeiro purista. No bairro monótono em que eu morava, não havia muito o que fazer. Então, passávamos nosso tempo nos motores de carros.
Ainda me lembro da cara da minha mãe quando ela via nós três nas tardes de domingo fazendo remendos no motor da caminhonete. Meu irmão mais novo Jason, meu pai e eu, voltávamos para casa cobertos de óleo de motor e graxa. Mas nós nos divertíamos muito. Eu tenho lembranças maravilhosas.
"Tudo parece tão distante agora..."
O amor pelos belos carros é uma herança familiar que compartilhamos, assim como as covinhas em nossas bochechas quando sorrimos. O Jason e eu sempre fomos muito próximos, muito mesmo. Ele é meu irmãozinho. A prova é que, assim que me mudei para Nova York, ele saiu de casa para vir se juntar a mim.
Claro, ele tem seu apartamento, seus amigos e sua vida. Mas ele sabe que não estou longe, se necessário, e isso faz toda diferença. Além disso, não tenho notícias dele há dois dias, o que para nós é uma eternidade.
De repente eu ouço um grito estridente misturado com um guincho de pneus, eu olho para cima mais rápido que um relâmpago.
Um carro está correndo em minha direção. Eu pulo um pouco descontroladamente e coloco minha mão no meu peito, chocada. O automóvel acaba parando a dois milímetros dos meus pés.
