Esse primeiro movimento acontece junto com o movimento de demora. Uma vez uma professora escreveu: Demorar-se. Morar em si. Como algo tão breve pode fazer tanto sentido? Percebo como corremos. Alguns passam a vida toda com a pressa imposta pela rotina. Passam pela vida. Passam. Soa triste só passar e não viver a vida. Demorar-me permite-me isso: sentir a vida. Vida pulsante que está ali à espreita. Demorar-me está para além de me permitir parar. De me permitir não me cobrar. Viver no tempo da duração. Subverter o tempo cronológico. Porque talvez o que se leva dessa vida são esses pequenos momentos em que realmente se está vivo.
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Sem título & com muitos nomes - Ômega
Non-FictionDissertação Mestrado em Educação e Tecnologia do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) Mestranda: GUEDES, Tamires Orientador: DE ARAUJO, Róger Albernaz Pelotas, 2020 Imagem: aquarela com nanquim "Ponto no caos" por Cristiane Aldavez