Ah, e ler Blanchot! Que tarefa árdua! Um texto que te faz patinar de tão acrílico que se apresenta. Custou-me ler Blanchot. Não pude degluti-lo, assim, por inteiro. Texto para ruminar. A conversa infinita dele me perseguiu. Insistia em conversar com ele ao longo dos meses. Ela se fazia infinita ao passo que parecia nunca se acabar. Tenho que rir-me: mesmo agora que ela acabou, acabou o livro, parece que ela ainda ecoa. E ainda não se acabou. Suspeito que Blanchot tinha mesmo essa intenção.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Sem título & com muitos nomes - Ômega
Non-FictionDissertação Mestrado em Educação e Tecnologia do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) Mestranda: GUEDES, Tamires Orientador: DE ARAUJO, Róger Albernaz Pelotas, 2020 Imagem: aquarela com nanquim "Ponto no caos" por Cristiane Aldavez