Como dizer do que faço - Folha (7)

2 0 0
                                    

Ah, e ler Blanchot! Que tarefa árdua! Um texto que te faz patinar de tão acrílico que se apresenta. Custou-me ler Blanchot. Não pude degluti-lo, assim, por inteiro. Texto para ruminar. A conversa infinita dele me perseguiu. Insistia em conversar com ele ao longo dos meses. Ela se fazia infinita ao passo que parecia nunca se acabar. Tenho que rir-me: mesmo agora que ela acabou, acabou o livro, parece que ela ainda ecoa. E ainda não se acabou. Suspeito que Blanchot tinha mesmo essa intenção.

Sem título & com muitos nomes - ÔmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora