Conexão

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Marcela POV

Eu nunca pensei que fosse possível me sentir conectada com alguém como me senti com ela, as nossas ideias bateram e quando a olhei, um sentimento gigantesco tomou conta de mim. Ela se tornou a pessoa favorita do meu coração, a risada favorita dos meus ouvidos, o meu cérebro decidiu que o seu nome é o que ele quer circulando por ali e meu corpo decidiu que são os braços dela o lugar preferido dele. 
Na nossa primeira conversa aquelas coisas ganharam sentido e a ideia de ficar numa casa com 70 câmeras se tornou normal na minha cabeça, poderia acontecer o que tivesse que acontecer contando que eu estivesse ao seu lado, e eu estou, ela está aqui e tudo faz sentido, até o meu sorriso bobo. 

— Marcela? - escuto a voz da Gi bem distante e sinto a sua mão balançando a minha – tá em qual parte do mundo, fada bela?

— Eu... eu estava pensando sobre algumas c-coisas, nada demais - abro um sorriso envergonhado enquanto ela me olha daquela forma que fazem as coisas sumirem da minha mente.

— Posso saber no que a minha fada bela estava pensando? ou em quem?

— N-não... d-digo, em ninguém oras, só estava viajando mesmo - tento desviar o meu olhar do dela mas parece que nada no meu corpo me obedece.

— Sei... - ela diz se aproximando e eu juro que se não fosse o sorriso que ela tivesse aberto, acreditaria que ela não estivesse escutando o meu coração acelerado. – seu coração está sempre acelerado, né? é como se você sempre estivesse agitada mas ao mesmo tempo exalando paz – ela sussurra deixando um beijo no meu rosto e em seguida deita a cabeça no meu peito.

— Na verdade depende do momento, mas confesso que às vezes ele me trai. – sorrio piscando pra ela.

Antes da Manu entrar no quarto com a Rafa ao seu lado, eu juro que escutei um "eu gosto disso" sair da boca da Gi, mas resolvi ignorar e tentar controlar o meu coração e o meu cérebro que parece querer me constranger a todo momento.

— Gente, eu estou tão animada para a festa de hoje. Será que vamos ter que vestir o que? – a Manu diz se aproximando de nós.

— Também estou animada, e quanto ao que vamos vestir... tenta não chorar outra vez - escuto a risada da Rafa invadir o ambiente.

— Sim, Manu. Tente não chorar dessa vez - a Rafa diz tentando abafar a risada.

— Manu Gavassi diz que não vai vestir o figurino e começa a chorar, assista! – Manu diz enquanto se olha no espelho.

— Gente, mas não era a Gizelly que não gostava de abraços? – Rafa perguntou em um tom extremamente debochado.

— Ah, Rafa, você acha que ela ia negar abraços e cafunés de uma loira maravilhosa dessa?

— Não se pode negar coisas assim, Rafa, aprenda! Loira, ginecologista, maravilhosa, feminista, fada bela e minha. Acha mesmo que eu negaria? – A Gi rebate rindo.

— É, não se pode mesmo. Alguém que fizesse massagem em mim e cafunés.

— Não fique triste, Rafinha, tem Marcela pra todo mundo, mais tarde eu te faço uma massagem e cafuné, tudo bem?

Eu não sei se a Gizelly me beliscou ou eu alucinei, mas que eu a minha barriga está latejando ela está.

— Nem vem! Essas mãos e essa mulher eu não divido com ninguém - a Gi diz se levantando – Vou pro chuveiro, alguém quer ir?

A Gi me olhou de rabo de olho e eu apenas ignorei.

— Amiga, eu vou! – A Rafa grita toda empolgada.

— So, come on bab... – Sinto um travesseiro bater na minha cara e em seguida encaro a Gizelly rindo ao ponto de quase se engasgar com a risada. Se ao menos fosse menos fofa rindo da minha cara de susto, eu ficaria brava, mas não dá, essa criatura é de outro mundo. – Tu me paga mais tarde, Gizelly Bicalho.

— Credo, que delícia! Pode vir quente que eu estou fervendo – Escuto a sua voz de fundo enquanto sigo para o chuveiro ao lado da Rafa.

— Amiga, o que rola entre vocês duas? Posso estar sendo precipitada, mas eu estou shippando tanto – Escuto a Rafa dizer e me viro prendendo meu cabelo.

— Não tá rolando nada, nós somos apenas amigas, Rafa. – Termino de prender meu cabelo e entro no box.

Acontece que eu sei que não somos apenas amigas. Amigas não se olham como a gente se olha. Minhas amigas não fazem o meu coração disparar como ela faz, elas nem fazem o meu coração disparar. Minhas amigas não me deixam sem ar como ela deixa e eu nem me perco quando percebo o olhar dela em mim.

— Ma, eu tenho várias amigas, mas você e a Gi se tratam de forma diferente. Mas se não se sente confortável em conversar sobre isso aqui dentro, eu super te entendo. No seu lugar também não me sentiria confortável para falar sobre isso quando se tem 70 câmeras filmando a gente 24 horas. Só saiba que independente de qualquer coisa, você tem o meu apoio. – Sinto a Rafa apertando o meu ombro mostrando total apoio.

— Rafa, nem eu sei o que está acontecendo. Tem muitas coisas além de nós, sabe?

— Sei, Ma. Mas um conselho: faz o que está fazendo, deixa rolar. Quando apertar estaremos aqui para vocês, viu? – A Rafa me sorri de um jeito que faz o meu coração ficar quentinho.

— Eu sei, Rafa, muito obrigada, de verdade.

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Olá, Babys. Eu acho que a gente merece um pouco mais de ilusão até tudo se tornar real, não? kkkkkkkkk
Então, eu ainda não sei se colocarei os acontecimentos da casa e etc, mas pretendo deixar a fic 100% focada nas meninas (coisa que as câmeras não fazem para facilitar as nossas vidas). Eu não tenho uma história feita na minha cabeça, vou deixar rolar.
Espero do fundo do meu coração que gostem, xoxoxo.

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⏰ Última atualização: Feb 07, 2020 ⏰

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Your eyes (Gicela)Onde histórias criam vida. Descubra agora