Capítulo 1

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Sofia...


— Sim! — Essa resposta pode ser clichê para alguns, mas para mim é o mundo. Significa a minha alegria, o começo do meu felizes para sempre.

Meu coração palpita descompassado no peito, temo que a qualquer momento vá sair pela boca. É uma sensação extraordinária, não tem como explicar.

— Então aceita se casar comigo? — Lucas pergunta, surpreso.

Estamos namorando há dois anos, porém nos conhecemos há muito tempo. Antes de iniciarmos um relacionamento, estudamos juntos e éramos melhores amigos, daqueles inseparáveis.

— Sim, claro que sim! — afirmo, pulando em seus braços e distribuindo beijos por todos os lugares: nos olhos, na bochecha, no nariz, na testa, até chegar em sua boca e iniciarmos um beijo inocente.

Pelo menos era inocente no começo.

Lucas enrosca sua língua na minha, causando uma série de arrepios. É cheio de malícia e desejo. Uma promessa que nossa vida será eterna, cheia de amor.

Nos encostamos em uma árvore, onde estávamos há poucos minutos fazendo piquenique. Seus dedos frios se infiltram por baixo da minha blusa — ainda bem que não tem ninguém onde estamos —, queimando onde toca, causando choque térmico, e me inundando com uma energia enlouquecedora. O prazer aumenta dentro de mim, aflorando algo que nunca senti na vida. É surpreendente! Quero mais. Quando estou perdendo a consciência do que é certo ou errado, ele se afasta um pouco ofegante.

Automaticamente sinto vergonha, mesmo querendo que continue.

Nosso relacionamento não é frio, mas também não é quente. Sabemos até onde devemos ir para manter a honra.

— Não sabe o quanto te quero — sussurra no meu ouvido, derretendo o meu interior. Se ele não estivesse me segurando nesse exato momento, teria caído.

— Também quero você — respondo em um fio de voz.

Mesmo que seja verdade, é impossível acontecer algo até a noite de núpcias. Essa é uma regra que nós mesmos criamos quando éramos amigos.

— Vamos esperar até o casamento, é importante para mim. Também tem o meu pai. Se ele souber que ultrapassamos o limite, você é um homem morto.

— Morreria feliz. — Um leve sorriso curva seus lábios.

Inclina-se e deposita um beijo no meu rosto, descendo entre o pescoço até o alto do meu decote, fazendo-me pensar seriamente em deixar essa regra idiota, e aquilo que meu pai pensa sobre mim, para segundo plano.

Quem eu quero enganar?

O problema nunca foi o meu pai, muito menos a regra que fizemos quando tínhamos dezoito anos, e sim o medo de não estar pronta. Essa é a minha escolha. Quero apenas sentir que posso fazer isso sem me arrepender depois. Talvez o meu erro seja sonhar com contos de fadas, um casamento perfeito e amor além da vida.

Me desvencilho dele para olhar em seus olhos.

— Eu te amo e me caso com você, mas preciso saber se está me pedindo em casamento, porque eu... Nós ainda não...

Não consigo terminar a frase, estou muito nervosa.

— Sofia, eu fiz o pedido, pois quero que seja a minha esposa. — Ele se afasta da árvore, segura a minha mão e me conduz de volta ao nosso piquenique. — Não importa que eu precise esperar a vida toda, o que preciso é estar ao seu lado e ser o seu marido.

Homem de NegóciosOnde histórias criam vida. Descubra agora