Capítulo Único

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— Venha Hinata-chan. — O Uzumaki a chama, pegando-a pela mão. O toque repentino a faz corar pela décima vez do dia. Ele sempre a surpreendia pegando em sua mão, logo em seu primeiro encontro com ele.

Naruto a chamou para sair em plena aula do Gai-sensei, quando ficou sabendo que Hinata gostava dele. A morena, aceitou, relutante, pois acreditava que ele tinha feito isso por pena, mas não era bem assim que na cabeça do loiro tinha funcionado as coisas. Naruto tinha feito aquilo porque sentia em seu interior o estranho sentimento de querer ser mais próximo dela. A Hyuuga não ia negar o pedido, era tímida, mas sabia que não poderia jogar um momento com quem gostava fora sem mais nem menos. E Tenten havia ameaçado a menina para ir.

Agora ela estava ali, andando em direção ao caixa de uma sorveteria junto ao loiro, que pensava em pagar o melhor, claro, se ela quisesse. Ele havia ajudado o Ero Sennin em algumas buscas de informações para o seu livro, em troca de algumas moedas para esse dia. Estava tudo contado e detalhadamente feito o encontro em sua cabeça. Iria fazer ser o melhor dia dessa semana para ela.  

— Você quer sorvete do quê, Hinata-chan? — Naruto se vira para ela e percebe que seus olhos estavam perdidos atrás dele. A angustia estava invadindo o peito do Uzumaki subitamente, fazendo o mesmo virar para trás, na intenção de ver aquilo que ela encarava, para ver se não era o Sasuke chamando a atenção dela.

E felizmente não era, e sim, uma máquina de garra para pegar guaxinins de pelúcia. Naruto ri por seu pessimismo e volta a olhar a menina que estava com ele. Os olhos dela brilhando ao ver aquele urso de guaxinim abaixo da garra da máquina, mexeu com o Naruto. Ele iria pegá-lo, nem que fosse a última coisa que fizesse em sua vida.

O loiro puxa Hinata pela mão novamente levando-a até a frente da máquina, e ele então, tira duas moedas de seu bolso. Iria mesmo tentar por ela, para a morena ter ao menos uma única lembrança daquele dia.

— Naruto-kun, o que vo-você está fazendo? — A voz doce e baixinha de Hinata atinge os tímpanos de Naruto, fazendo-o ficar mais animado ainda.

— Irei pegar um presente para você! — E logo ele bota as duas moedinhas na entrada da máquina.

— Mas você não precisa fazer isso... — A morena se corta, voltando a fitar a garra que Naruto controlava, levando de um lado para o outro. Seus olhos brilhavam tanto que pare

— Quer qual guaxinim? O rosa ou o azul? — Sua pergunta fora meio obvia, mas a fez do mesmo jeito, para agradá-la.

— O azul, Naruto-kun! — Hinata chega mais perto, encostando suas duas mãos no vidro da máquina e começa assistir, de perto.

Faltando vinte segundos para acabar o tempo de movimento da garra, Naruto movimenta mais para a direita, na intenção de pegar o bichinho azul e aperta o botão.

O coração dos dois aceleram simultaneamente quando assistem a garra pegar o urso, dando inicio o caminho para a cabine quadrada, mas a tristeza vem ao peito de Hinata quando o urso cai no meio do caminho. O loiro assiste as feições da morena, um pouco chateada e pega mais duas moedas e bota dentro da máquina.

— Hoje eu não saio daqui se você não tiver um guaxinim azulado em seus braços, Hinata-chan! — A Hyuuga o olha com muita timidez, quase paralisando por assistir a vontade de Naruto em deixá-la feliz. Mal sabia o loiro que ao estar no lado dela já a deixava extremamente alegre. E mais duas moedas são botadas dentro da máquina.

[...]

Naruto Uzumaki já estava indo para a décima primeira tentativa de pegar o maldito guaxinim para a donzela, Hinata, que já estava cansada de ficar em pé e agora encontrava-se sentada a uma cadeira de plástico, ao lado do loiro.

Ele já havia tentado de tudo para pegar aquele bichano, mas nada funcionava, nem um soco na máquina enquanto a garra segurava ele. Isso na verdade, quase piorou as coisas, pois foram ameaçados de ser expulso da sorveteria.

— Vamos, droga. — O rapaz resmunga baixinho, tentando pela sua ultima vez em pegar o pequeno urso para sua acompanhante. Seu dinheiro já estava em extinção e já eram quase oito da noite, só por essas tentativas em vão de tentar agradar Hinata.

Já centralizando a garra em cima do urso, Naruto se mantém rezando ao apertar o botão. Essa vez eu vou conseguir, tô certo!

A garra pega o urso bem no meio do corpinho dele, em perfeita posição e o levanta, fazendo o rotineiro caminho para a cabine. Hinata que já estava um pouco desanimada, se levanta ao ver que a garra estava completando o caminho.

Trrrack. Esse foi o barulho que a garra fez ao soltar o bichano dentro da cabine, caindo no buraco. Em questões de segundos, Naruto grita, pula e soca o ar, enquanto Hinata gargalhava com delicadeza ao ver a extrema felicidade do loiro. Antes que a Hyuuga pudesse fazer algo, o Uzumaki se agacha e pega o guaxinim pelo o buraco e logo se volta para a morena, escondendo a pelúcia atrás de seu corpo.

— Hinata-chan, feche os olhos que eu tenho uma surpresa para você. — O tom zombeteiro na voz do loiro era explicito, fazendo a menor corar. — Vamos, vai ser rápido e tenho certeza que você vai gostar. — Hinata nervosa e tremendo, apenas concorda, fechando os olhos e estendendo os braços, esperando o que já sabia que estava por vir.

Mas Naruto não ia dar o guaxinim logo de cara para ela, e então ele fez o que a garota não esperava, se aproximou e selou os lábios dele com o dela, rapidamente.

Ela abre os olhos, assustada e parecendo um tomate, desacreditada demais do que houve, fazendo o Naruto sorrir com muito amor e o coração dele saltar rapidamente, igual ao dela. Os braços dele se estendem e então, entrega o guaxinim azul que tanto lutara para dar a ela. Mecanicamente, a Hyuuga pega e o abraça, ainda corada.

— Vamos, Hinata-chan. — As mãos agora do loiro são delicadas ao tocar na dela, puxando-a com intenção de leva-la para casa. — Na sua casa tem lamen?

— Si-sim... — A pergunta dele a faz sair do seu pequeno transe.

— Então será lá que iremos jantar!

[...]

Guaxinim AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora