Eu já estava completamente cheia disso. Quando combinei de vir na casa da Taylor não imaginava que ia me meter nessa droga de situação, não entendeu? Pois vou te explicar.
Taylor: minha melhor amiga aka a perfeição em pessoa me convidou pra vir na casa dela só pra me humilhar, tudo começou com um jogo inocente de "verdade ou consequência" e terminou num chato monólogo sobre como eu deveria perder logo a virgindade.
Estávamos lá: Matt, Tony, Regina, Taylor e eu( a virgem).- Só não consigo entender essa história de esperar alguém especial... É SÓ SEXO- Matt distribuia a tigela com doritos e guacamole- Além do mais, você não vai querer ser a única garota da turma que vai se formar virgem.
- Não vejo problema nisso, afinal, tudo acontece no seu tempo. Eu vou estar pronta quando chegar a hora- pronuncio já irritada.
- É... Exceto que já estamos na faculdade e você já tem vinte anos- Taylor estava se esforçando loucamente pra provar seu ponto.
- Eu só queria saber qual o problema em ser monogâmica, e estar a espera de alguém a minha altura.
- O problema é que você leu Julia Quinn demais e agora tá aí esperando um príncipe ou conde que nunca vai aparecer- Matt arranca risadas de todos os presentes na sala, exceto a minha, claro!
- Bom, vocês deviam deixar a Elle e seu hímen de titânio em paz- levanto meu dedo do meio e o direciono para Tony que dá risadinhas, ele não poderia se importar menos com isso.
- Vocês tem problemas, se sexo fosse tão bom assim vocês estariam transando ao invés de cuidar da minha vida.
- Ok, Ok- Taylor decidi intervir na situação- última rodada, verdade ou consequência... ELLE- e a garrafa tinha que se direcionar justo pra mim.
- Não! Isso é injusto.
- Nem vem, você combinou que ia brincar! Parece até uma criança- acho o comentário de Tony no mínimo irónico já que o mesmo tinha a boca toda lambuzada de restos comestíveis.
- Tá, droga. Consequência!- Todos me olham atordoados, eles sabiam que Taylor não pegava leve nem em brincadeiras, mas se eu escolhesse "verdade" a humilhação seria certa.
- Bem...- o tom de voz venenoso de Taylor embrulha meu estômago- Você vai na festa inicial com a gente e vai transar com o cara que nós escolhermos para você- A loira beberica um pouco do whisky que a faz sentir como adulta embora eu não a enxergasse nem um pouco assim.
- Woooooo- de repente a sala vira uma completa baderna, Matt e Tony aplaudiam, Regina balançava a cabeça em sinal de reprovação, Taylor estava com seu risinho triunfal na boca e eu estava chocada.
- Eu sou completamente á favor da liberdade sexual e do prazer feminino mas isso é demais Taylor. Está claro que você quer forçar o desnecessário. Já pensou que ela pode ser assexual?- e essa era Regina, ela não se importa de dizer o que pensa. Regina sempre sofreu muito por ser gorda e logo ela percebeu que teria que ser sua própria musa inspiradora se quisesse ter sanidade no mundo real. O que a fazia se impor sempre que fosse necessário.
- Ela não é assexual. Kyle é o problema dela- a loira olha pra mim apontando o dedo indicador- mas você tem que aceitar, elele não vai voltar- ela levanta e põe o copo de whisky na pia, levando também os pratos com quitutes, deixando todos chocados em silêncio esperando minha resposta.
Kyle Andrews era meu ponto fraco, minha kriptonita. Eu era apaixonada por ele desde a pré- adolescência pelo fato de Kyle não ser mais um garoto bruto e melequento, ele tinha sentimentos e aos treze anos isso era muita coisa. Kyle tinha cabelos na altura do ombro o que o fazia sofrer um certo bullying, seus cabelos eram de um preto super escuro que combinava com a pele pálida de quem não toma sol há anos. Ele foi o único que falou comigo no meu primeiro dia de aula "Então você também curte as irmãs bronte?" estava se referindo ao livro que eu segurava e só isso bastava na época, o homem perfeito só precisa saber quem são as Bronte. Depois disso nós viramos melhores amigos, bom, ele virou meu amigo porque no fundo eu só queria arrancar as roupas dele. E então chegou o fatídico dia em q-
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I'm Not That Inocent; Tom Holland
FanfictionEra só pra ser uma transa, mas Elle não sabia que se transformaria em algo muito maior.