Lu & Brokin

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Kevin

Quando acordo percebo que desmaiei, pela milésima vez. Mais vale matarem-me logo do que fazerem-me desfalecer aos poucos fogo! Meu deus Kevin olha onde os teus pensamentos já vão! Tenho é de saír daqui e ajudar a Domi!

Ouço uns barulhos e vou abrindo os olhos lentamente pois ainda estava meio adormecido. Vejo tudo ofuscado mas consigo ver algo, vejo alguém a ser levado de rasto pela mulher. Mas não consigo perceber quem... raios partam!

Baixo a cabeça e quando olho novamente para a frente vejo o homem a vir na minha direção com uma seringa na mão.

- O que é isso? - pergunto.

Ele continua a caminhar decidido e a única coisa que diz antes de a espetar no meu pescoço é:

- Desculpa.

Domi
Domingo, 7 da tarde

Acordo sobressaltada no que parece um armazém, provavelmente o armazém da casa pois vejo vassouras, detergentes, bacias, alimentos e por aí fora.

Estou deitada no chão e quando me tento mexer... Não consigo... Não me consigo mexer! Estou paralisada! O que quer que me tenham injetado foi pra me deixar imóvel! Por isso é que não estou amarrada a nada.

- I..sa... Isa..ac - tento chamar por ele mas o facto de estar paralisada também dificulta a fala.

Porra e agora? O que é que eu faço agora? Ainda por cima eles... têm o Kevin... Porque é que eles têm e como é que têm o Kevin? E como é que o Kevin veio aqui parar? Eu juro que se eles o magoam eu faço-lhes algo dez vezes pior!

Enquanto estou perdida nos meus pensamentos, ouço uma chave a rodar na porta e entra a mulher.

- Então a espertinha descobriu... - dizia maliciosa enquanto andava dum lado para o outro.

- O que.. é que que..rem do Kevin? - perguntei com ódio na minha voz fraca.

- Nós sabemos que farás o que quisermos enquanto o tiveres como... digamos, motivação.

- E o que querem de mim?

- TUDO! - gritou - E se não fizeres o que te dissermos ele vai sofrer, e a culpa será somente tua. Não te sentes mal por pores os teus amigos em perigo? Coitadinha, nem deve ter noção... - disse enquanto se afastava, fechando a porta naquele instante.

O que é que ela quis dizer com tudo aquilo? Será que?... Oh não, o que foi que eu fiz! Não. Não posso deixar que eles se magoem por minha causa! Tenho que fazer algo! Eu tenho de me mexer e saír daqui!

Concentrei-me em mexer uma parte do meu corpo e imaginei-a na minha mente. Quando abri os olhos reparei que as minhas mãos e os pés já se mexiam. Estive mais uns 10 minutos a tentar com que o resto do meu corpo se mexesse e consegui! Apesar do desequilíbrio, já me conseguia mexer totalmente! Fui a correr em direção à porta, mas claro, trancada. Comecei a entrar em desespero e a única coisa que me apetecia fazer era gritar. Gritar com todas as minhas forças por tudo o que estava a sentir. E então fi-lo. Gritei ao máximo volume durante, no mínimo, 10 segundos. Quando fiquei sem fôlego e parei, as paredes começaram a rachar e logo depois, tudo à minha volta se desmoronou.

Fiquei parada no mesmo sítio incrédula com o que acabara de acontecer. A minha voz fez isto?

Brokin
Domingo, 4 da tarde

Reunimo-nos todos como esperado e dividimos tarefas. Mas primeiro fui ver se havia alguma mudança no voo. E não é que havia mesmo? Tinha sido alterado para hoje ás 7 da tarde!

Brokin: Alexa, Arch e Nathan, se ainda não tiverem as malas prontas vão já fazê-las porque partem daqui a 3 horas!

Todos em coro: QUÊ? - perguntaram com uma certa alegria.

Brokin: Sim! O voo foi alterado para hoje ás 7! Por isso vão JÁ arranjar-se!

Nathan: Ótimo, quanto mais cedo melhor.

Alexa: Exato. Agora vá, vamos mas é fazer as malas, e encontramo-nos aqui outra vez daqui a meia hora para revermos o plano antes de irmos para o aeroporto.

Dito isto os 3 retiraram-se.

Fiquei só eu, a Lu, o Hugh e a Jo. Dividimos então as tarefas e eu e a Lu fomos para o meu quarto como dito anteriormente.

Fechei a porta e sentamo-nos os dois na minha cama. Confesso que sentia-se um clima tenso ali. Peguei no computador e comecei a tentar aceder ás câmaras das ruas, mas porra, tava difícil conseguir-me concentrar. Sentia a respiração dela mesmo perto de mim, e tinha-a mesmo perto de  mim, e com aquele corpão ainda por cima em cima da minha cama, tava difícil controlar-me. Com o silêncio instalado conseguia ouvir o bater acelerado do seu coração. Como já nem sabia o que estava a fazer parei. Ela olhou pra mim e perguntou:

Lu: Porque paraste?

Brokin: Porque está difícil conseguir concentrar-me.

Lu: Hmm, e então porquê? - disse num tom provocador. Ai Lu, não sabes o que estás a fazer. 

Brokin: Porque será? - digo encarando-a alternando o meu olhar entre os seus olhos e os seus lábios.

Ela mudou para uma posição ainda mais exposta aproximando-se e sussurou ao meu ouvido:

Lu: Não sei, diz-me tu.

Dito isto não aguentei mais e beijei-a intensamente com todo o desejo que tinha. Ela pôs-se em cima de mim e agarrou com as duas mãos o meu pescoço enquanto eu agarrava a sua cintura. Era um beijo carinhoso mas violento ao mesmo tempo. Estava simplesmente a amar. E esta miúda... mexe comigo como nunca ninguém mexeu.

The Rescue MissionOnde histórias criam vida. Descubra agora