Capítulo 13

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No outro dia Britney não veio trabalhar, ela ligou avisando que está doente, então novamente tive que deixar de lado o trabalho da fazenda, para cuidar da casa grande, e de Emma que naquele dia não tinha aula, por conta de uma excursão que ela fez questão de não ir.

Por sorte já havia conseguido uma empregada nova, que começará a trabalhar amanhã...

Já havia se passado das três horas da tarde, até que o dia estava bastante calmo, durante a manhã eu ainda pude acompanhar um pouco o trabalho de James, e agora de tarde eu já estava cansado, havia tirado um cochilo, enquanto sabia que Emma ficara quase a tarde toda no quarto.

Coloquei o chapéu e o óculos de sol, para dar mais uma volta pela fazenda decidido a dar uma olhada nos cavalos, mas antes disso, passei pela cozinha, para beber uma xicara de café.

Lembrei de Emma, ela havia almoçado uma hora da tarde, mas tinha deixado quase toda a comida no prato, continuava sempre de cabeça baixa, quieta, disse que iria para o quarto e depois subiu.

Desde as uma da tarde não tinha visto mais Emma, ela havia almoçado, deixado quase a comida toda no prato, e ido para o quarto em seguida.

Subo as escadas, passo pelo corredor e paro na frente do quarto de Emma, olho pela brecha da porta e percebo que Emma não está no quarto, olho então pela casa e não a encontro.

Hoje não tinha porque ela se esconder, já que Britney não está em casa.

Saio da casa grande e encontro James, pergunto sobre ela e ele logo responde que a viu correndo em direção do portão da fazenda, logo lembro que ela costuma ela ir até lá escondida para falar com carteiro, um costume da qual eu sempre reclamo com ela, não gosto que ela saia da casa grande sozinha.

Vou em direção ao portão e realmente eu a encontro, mas para minha surpresa ela não está batendo papo com carteiro, mas sim com uma mulher.

— Emma!

Paro atrás de Emma, tiro os óculos escuros, e olho para aquela mulher.

Ela está agachada em frente ao portão, mas assim que me vê se levanta, e me olha de uma forma estranha, parece surpresa com algo, e não demora muito para eu entender o que é.

— O que você está fazendo aqui? — pergunto.

— Vim ver o carteiro! — Emma me responde.

— Você sabe que não deve sair sozinha da casa grande... — volto a olhar para aquela mulher. — Precisa de algo?

— Não... eu só.... estava passando! — Ela gagueja, puxo a Emma para ela se afastar mais do portão, e volto a reparar naquela mulher.

Algo nela começa a me intrigar, pois a primeira impressão que tenho é de que não é a primeira vez que a vejo.

— Ela é a Hannah! — Emma fala, mas continuo com os olhos fixos naquela mulher misteriosa.

— Muito prazer... você não me parece estranha! — digo, tentando me lembrar da onde a vi.

— É... — Ela coloca as mãos na cintura. — Talvez nos esbarramos pela cidade, quem sabe?

— É...

— Bom, eu já vou indo...

— Não quer tomar um café? — ofereço, pois não queria que ela fosse embora, ainda queria lembrar da onde a vi.

— Bom, eu, bem... — Ela começa a gaguejar, pego o controle do portão do bolso, peço para ela se afastar e o abro.

Vejo que ela fica um tanto nervosa enquanto começo a me aproximar dela, ainda a olhando com atenção.

Lembranças CinzentasOnde histórias criam vida. Descubra agora