S/N P.O.V.
Acordei sem nem lembrar de quando tinha dormido. Lembrava da flechada e vagamente de algumas coisas que eu tinha falado com Yoon e... Jimin.
Sentei na cama que eu não sabia como tinha parado nela mas alguém me conteve.— Não, não, não levante. — Era o senhor Seung.
Fiquei confusa mas então vi o curativo na minha barriga e tudo fez sentido.
— Noona! — Kook que até então eu não lembrava nem de ter vindo, me abraçou.
— Kookie, está doendo...
— Filho, por favor, não a aperte.
— Desculpe, pensei que fosse morrer. — Ele afrouxou o aperto.
— Onde está o Jimin? Yoongi? — Eu o abracei também.Kook tentou se afastar mas eu permaneci abraçada a ele, era bom demais vê-lo depois de tanto tempo. Ele parecia, estranhamente, maior, acho que estava naquela fase onde os garotos crescem bastante.
— Parece. — Kook se ajeitou para ficar abraçado comigo. Eu lhe dei um espaço na cama e esse movimento fez minha barriga doer. — Que minha mãe pode correr risco, os invernos daqui irem atrás dela então Yoongi está em casa, protegendo ela.
— Mas e o Jimin?
— Ele... O que ele foi fazer mesmo, pai?
— Jimin foi acertar alguma coisa dessa terra mágica, não entendi muito bem. — Senhor Seung respondeu.Eu olhei para os dois. Jimin não teria voltado para a guerra certo?
— Chame ele, eu preciso vê-lo. — Pedi.
— Ah s/n não... Não será possível agora.
— Por que não!?
— Ele realmente está ocupado, faz dias que...
— Dias!?
— Bom, você dormiu por quase uma semana, não esperava ter levado um flechada daquelas e simplesmente acordado bem certo? — Senhor Seung me olhou preocupado. — Essa não é a primeira vez que acorda mas é a primeira vez que está lúcida.
— Lúcida? Como eu estava?
— Vegetando.
— Jeon Park Jungkook! — Senhor Seung o repreendeu. — Você estava apenas vivendo mas não reagia a nada, apenas suas íris mudavam de cor o que tornava tudo menos preocupante.
— Jimin te visita todos os dias. — Kook me tranquilizou. — Ele deveria estar aqui mas...
— Mas? Vocês não estão sendo totalmente honestos.
— Acho melhor eu ir ver Joo-In, s/n parece bem. — Senhor Seung parecia querer fugir dali. — Vou falar com aquela inverno da porta.Ele saiu quase que correndo. Só aí olhei ao redor. Esse lugar...
— Inverno? Kookie onde estamos?
— Estamos em Avalon. — Ele sorriu. — Não é o máximo!?
— Avalon!? Mas como? Vocês não podem vão morrer e...
— Noona, por favor, isso vai te fazer mal. Acalme-se e eu explico tudo.Era verdade. Minha cabeça já estava doendo bastante. Tentava assimilar tudo isso e pensar o melhor para o Jimin.
— Certo, pode falar.
— Jimin pediu ao Yoongi para trazer eu e o pai, escondido obviamente já que só ele falar do meu projeto deu toda essa confusão. — Kook parecia triste. — Eu só queria que vocês pudessem ficar juntos então fiz esse projeto idiota.
— Não é idiota.
— Você nem teve oportunidade de ouvir pelo o que eu fiquei sabendo.
— Então me conte.Ele parecia hesitante mas por fim respirou fundo e assentiu.
— É uma escola, onde fadas e humanos aprendem um com o outro. Seriam dois campus, um onde fadas ensinam humanos e outro onde humanos ensinam fadas.
— Humanos ensinam fadas?
— Tem muitas fadas preconceituosas, tipo o Yoongi. Ele melhorou muito depois que descobriu que o Jimin era um elfo e percebeu que nossas diferenças são mínimas mas nem todas as fadas tem essa oportunidade.Essa ideia. Essa tese. Era tudo completamente perfeito. Fadas e humanos vivendo em harmonia, aprendendo um com o outro...
— Não acredito que os rebeldes invadiram justamente no instante em que Jimin ia falar sua ideia. — Lamentei. — É uma ideia maravilhosa, Kookie.
— Obrigado.
— Jimin voltou para a guerra né? Ainda está acontecendo?
— Sim, Jimin disse que talvez encerre hoje mas ele está lá... —. Eu o olhei preocupada. — Não, não se preocupe! Estamos ganhando!
— Não me diga que você lutou.
— É bem... Jimin me deu uma espada, sou esgrimista. — Ele deu de ombros. — Ele parou mas eu não, não tínhamos a intenção de mentir mas alguém disse que eu lutava bem para um outono e ficou por isso mesmo.Dei risada mas parei quando meu ferimento começou a doer com mais intensidade.
— Que horas são?
— Quase cinco da manhã... Como eu disse, já era para o hyung estar aqui.
— Cinco da manhã?
— De madrugada fica menos quente e é quando eles atacam já que a maioria dos rebeldes é inverno.De repente escutei uma gritaria. Tentei levantar mas Kook me impediu e colocou um dedo sobre a boca, pedindo silêncio. Ele levantou e pegou uma espada ao pé da cama.
Nem parecia ser um humano e ter apenas dezesseis anos, era quase um humano adulto.— Jungkook! — Eu o repreendi num sussurro.
— Eu já volto, noona.Ele foi até a porta mas não precisou abri-la, uma mulher, inverno, a empurrou com tudo e entrou gritando.
— O rei! O rei!
— O que? O que aconteceu!?
— O rei está morto! Perdemos o rei está morto!Me desesperei e levantei. Não conseguia pensar na dor somente no Jimin.
— Como assim o rei... Morreu. — Kook me encarou indecifrável.
A mulher não parava de chorar e gritar, ela me segurou quando eu tentei passar pela porta.
— Venha comigo, venha vê-lo!
Fui com ela porém vi que Kook não veio, olhei para trás.
— Vamos Kook.
Ele não respondeu, permaneceu imóvel no mesmo lugar. Não fui capaz de perturba-lo ainda mais então apenas segui a mulher.
Assim que chegamos na porta, seu aperto no meu braço ficou mais forte. Eu a encarei.— O rei morreu. Meu rei morreu. — Ela me olhou cheia de raiva. — Se Kangdae vai morrer, você também vai.
Eu estava fraca e em um ambiente tão gelado... Não consegui nem assimilar o que ela estava dizendo, só sabia que corria perigo. Quando fui gritar, ela tapou minha boca com a mão.
Senti seu dedo sobre o meu ferimento, apertando justamente no buraco da flecha. Lágrimas rolaram pelo meu rosto, a dor era insuportável. Eu tentava afasta-la mas não tinha força alguma.
Achei que fosse morrer até que escutei a mulher gritar e então o aperto no meu machucado cessou. Senti alguém me segurar e quando abri os olhos pensei que estava morta. Era o Jimin.— Jimin. — Sussurrei.
— S/n, você me reconheceu. — Ele sorriu. Seus olhos brilhavam graças as lágrimas e as íris estavam vermelhas. — Suas íris —. Mesmo diante a dor, eu queria beija-lo desesperadamente mas Jimin me impediu. — Primeiro vamos cuidar de você.Ele me pegou no colo já que eu estava com o ferimento sangrando novamente. Nem protestei, apenas segurei o mais firme possível em seu pescoço. Entramos na casa do Yoon e só aí lembrei que Kookie ainda estava desolado no quarto.
— Hyung! — Ele correu para abraçar o Jimin ao vê-lo.
— Kook, hey — Jimin ainda me olhava preocupado e estava totalmente absorto das lágrimas do irmão. Ele me deitou na cama do Yoongi. — Precisamos do pai.
— Jimin. — Kook o chamou.
— O que?
— Pensei que estivesse morto. Todos pensamos, por isso s/n saiu com aquela mulher.Jimin me olhou surpreso e então se virou para o Kook o abraçando apertado já que ele não parava de chorar.
— O rei morto é Kangdae. Eu o matei. — Jimin sussurrou mas eu escutei. — Precisamos do pai ou então nós mesmos teremos que fazer o curativo.
— O que houve? — Kook se afastou e se agachou ao meu lado. — Meu Deus, noona.
— É apenas um leve ferimento, eu estou bem.Doía muito mas eu não queria preocupa-los.
— Vamos ter que fazer nós mesmos. — Jimin olhou para Kook apreensivo. — Ela cravou a unha de uma maneira muito profunda.
— Não sei se aguento olhar.
— Tudo bem, vá, consigo fazer sozinho.
— Certeza hyung?
— Sim, Kook, obrigado por tudo quando terminar eu chamo você.
— Desculpe noona.
— Kookie...
— Eu devia ter ido com você.
— Não tem problema, eu sou atraída por essas coisas. — Brinquei mesmo que não houvesse graça alguma. — Pode ir, pode ser nosso guarda.
— Não precisamos mais de guardas. — Jimin sorriu. — A guerra acabou.
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Um Amor Mágico - Imagine Jimin
FanfictionS/n vivia uma vida normal e, relativamente boa, ela podia fazer tudo o que quisesse desde que respeitasse as três regras do reino. * Não sair do reino. * Não falar sobre o outro povo. * Nunca, nem em caso de vida ou morte, falar com um deles. S/n s...