C A P Í T U L O 7

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  As semanas seguintes passaram se arrastando, deixando minha família e a minha vida de ponta cabeça. Quando já estava tudo se resolvendo sobre o caso do meu pai, áudios e mensagens foram vazadas. Falsas, é óbvio. Mas que dificultaram muito todo o processo. É horrível ver os meus pais assim, e é nítido que dessa vez vai ser difícil de sair dessa situação. Está tudo tão bagunçado, que meus pais e meus tios estão querendo até nos tirar da cidade!
Henrique resolveu desaparecer nesses últimos dias. Não me ligou, mandou mensagem e nem apareceu lá na escola. Simplesmente sumiu. Pois é... Parece que o universo não está a meu favor nos últimos dias.

  Acordo e olho as horas, ainda são duas e quinze da manhã. Me levanto e caminho pelo corredor, parando no topo da escada ao escutar as vozes vindas da sala.

— Se ela tem provas da maioria dos crimes não vamos ter outra alternativa, Renan. - Disse meu tio Luan -

— Eu sei, eu sei. Mas se ela está fazendo tudo isso é porque tem proteção. Não podemos matá-la agora. Todos saberiam que fui eu. - Sinto meu coração acelerado e coloco a mão na boca -

— Nada que um bom dinheiro nas mãos dos policiais não resolva. - Tio Caio falou também - O importante é pará-la antes que todos descubram que ela diz a verdade!

Corro de volta para o meu quarto. Devastada, sufocada, desesperada para descer essas escadas e gritar que é mentira! Mas se saiu da boca deles mesmos, é porque é a verdade. A verdade que ficou escondida de mim, dos meus irmãos, dos meus primos.
Caminho de um lado para o outro, deixando meus pensamentos e idéias tomarem conta da minha cabeça... Então esse era o motivo de eles sempre se trancarem no escritório! Deus, a minha mãe sabe de toda essa sujeirada? O meu pai é um assassino e eu não percebi a minha vida inteira?

...

Depois de uma noite inteira em claro, me levantei da cama, tomei um banho e me arrumei para a escola, mas é claro que não é pra lá que eu vou. Arrumei minha mochila com algumas roupas e dinheiro. Pego meu celular e saio de casa antes que todos acordem. Pedi a empregada para que avisasse a todos que eu entraria mais cedo hoje. Peguei um táxi e pedi que me deixasse na única pessoa que é de verdade. Toco a campainha três vezes e ele atende. Com sua calça de moletom cinza, sem camisa e com os cabelos bagunçados.

— Alice? - Ele disse me olhando sem entender -

— Preciso da sua ajuda.

Henrique me deu passagem e eu entrei. Deixei minha mochila no chão e nós nos sentamos no sofá.

— Você sumiu... - Eu disse -

— Estive em Londres nas últimas semanas, meu tio precisou da minha ajuda. Mas o que aconteceu?

— Eu descobri coisas horríveis sobre a minha família.

— Que tipo de coisas?

— As denúncias da tal Suelen Proença são verdadeiras. - Ele arqueou uma sobrancelha e segurou minha mão -

— Alice, quem disse isso pra você?

— Eu ouvi, Henrique! Acredita em mim, não é?

— É claro. Mas... Eu acho que se ele escondeu de você, foi pra te proteger.

— Proteger? Meu pai é um assassino! Nada justifica.

— Tudo bem, tudo bem. - Ele me abraçou -

— Posso ficar aqui até arrumar um lugar? - Perguntei ainda com o rosto apoiado no seu peito -

— Você já arrumou um lugar... - Ele beijou o topo da minha cabeça -

  Acordei as dez e meia da manhã. Henrique foi pra empresa algumas horas atrás, ou seja, estou sozinha...

Desliguei meu celular e fui tomar um banho. Vesti um vestido qualquer e fui tomar café. Quando terminei de comer, resolvi dar um jeito na casa, que não está tão bagunçada, mas até que está um pouco suja.
  As cinco da tarde eu terminei. Tomei outro banho e vesti um short de moletom com um sutiã branco de renda. A essa hora o mundo inteiro deve estar atrás de mim, e como o meu celular continua desligado, fico jogada no sofá apenas pensando em como essa vida é engraçada... Eu, na casa do Henrique? Um cara que eu nunca nem passei dos beijos. O que é curioso, porque a maioria dos homens já teriam tentado algo. Mas, ele é tão diferente.

A porta se abre e ele entra. Com várias sacolas de mercado nas mãos e com o celular na orelha. Ele diz mais algumas palavras, larga as sacolas no chão e me dá um beijo.

— Eu ia trazer comida, mas não consegui te ligar pra saber o que trazer. Então passei no mercado e vou fazer macarrão ao molho branco. - Pegou as sacolas e foi para a cozinha - O que aconteceu com o seu celular?

— Deixei desligado. A essa hora meu pai deve estar louco atrás de mim.

— Ele e o Guilherme sairam da empresa correndo assim que souberam que você nem chegou a ir à escola.

— Eu imaginei...

— Bom, eu vou tomar um banho enquanto o macarrão cozinha.

  Alguns minutos depois Henrique voltou. Usando uma calça de moletom preta e sem camisa. É incrível como essas calças o deixam perfeito!
  Me levantei e fiquei olhando do balcão da cozinha tudo o que ele faz. E não é que ele tem habilidade? Corta os temperos rápidos e mexe nas panelas ao mesmo tempo... Ofereci ajuda, mas como ele recusou eu apenas fiquei observando...

  Terminamos de jantar, eu lavei a louça e fui para o sofá onde ele está sentado. Me sentei e coloquei minhas pernas encima dele. Ele passa a mão lentamente enquanto passa os canais com o controle remoto. Mexi minha perna um pouco e acabei sentindo seu pênis de baixo da calça. Ele percebeu, já que deu um sorrisinho, mas continuou sem me olhar. Fiz a mesma coisa mais duas vezes. Henrique largou o controle e veio pra cima de mim, com seu corpo colado do meu enquanto olha pra minha boca.

— Só quando você me pedir, patricinha. - Ele mordeu meu lábio e soltou -

Deu um sorriso cafajeste e saiu do meu campo de visão. Que palhaçada é essa de "pedir"? É constrangedor pedir por sexo. Mas eu não vou precisar pedir...

Fiquei mais um tempo na sala e depois resolvi ir pro quarto. Desliguei a televisão e entrei no quarto. A luz está apagada e ele está deitado mexendo no celular. Vou até a minha mochila, pego uma calcinha de renda preta, uma blusa de pijama rosa, minha toalha e vou para o banheiro. Tomo um banho rápido e visto minha roupa. É possível sentir os olhos dele encima de mim hora ou outra, mas ele disfarça muito bem. Passo um creme corporal dele, penteio meu cabelo e me deito na direção contrária da dele, deixando minha bunda na direção dele. Meu Deus que vergonha! Pego o controle da TV e passo alguns canais, já aceitando que Henrique não vai tentar nada e que eu fiz um papel de idiota. Até que... Eu sinto uma mordida na minha coxa, e depois outra na minha bunda, seguidas de um tapa estalado. Desligo a TV e ele me puxa pra cima dele. Coloco minhas pernas uma de cada lado e o beijo firme. Henrique coloca as mãos na minha cintura me pressionando contra sua ereção, dou algumas reboladas e ele segura no meu cabelo.

— O que você quer, garota? - Ele sussurra me olhando nos olhos -

— Você.

Henrique me joga na cama ficando por cima de mim. Levanta minha blusa e depois a tira. Ele desce seus beijos da minha boca pelo meu pescoço até chegar nos meus seios. Ele chupa cada um deles enquanto sua mão massageia minha intimidade por cima da calcinha. O vejo distribuir mais beijos pela minha barriga até parar na minha calcinha. Ele a puxa do meu corpo e passa a língua na minha vagina, e é maravilhoso! Sinto seus dois dedos começando um vai e vem dentro de mim. Seguro o lençol com força e acabo soltando um gemido. Henrique me fez gozar apenas com a sua língua! Voltou a me beijar enquanto eu empurrei sua calça de moletom para baixo. Ele a tira do corpo e abre bem as minhas pernas. Com uma de suas mãos ele segura o meu pescoço e me olha nos olhos. Sinto seu pênis dando pinceladas na minha vagina, me torturando!

— Vai logo, Henrique! - Gemi e ele sorriu -

Senti seu pênis entrando de uma vez em mim, o que foi muito doloroso, mas logo depois a dor foi embora e se transformou em puro prazer. Henrique é bem controlador, me mandou mudar de posição várias vezes, coisas que eu nunca tinha feito. Mas que foram ótimas!

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