6 - Um gato ninja

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Se alguém perguntasse se Magnus estava louco ele não negaria porque estava mesmo planejando invadir uma casa entrando por uma janela.

Uma janela do segundo andar.

Depois de jantar com os Lightwood, ele e Camille se despediram por volta das 20:30 e foram pra casa, mas por mais que Magnus desejasse que sua amiga não fizesse perguntas, a jovem começou a tagarelar assim que entraram no jeep.

- Você não vai mesmo me contar o que está acontecendo né? Pensei que fôssemos amigos, Bane. Pensei que tivéssemos jurado nunca esconder nada um do outro. Principalmente coisas sérias. E pela sua cara durante o jantar inteiro eu posso afirmar com certeza que a coisa é séria.

- Camz, me perdoa. Eu juro que queria te contar tudo, mas eu não posso. Pelo menos não agora. Eu mesmo não entendo o que está acontecendo.

- Você sabe que não está fazendo nenhum sentido, né?

- Eu sei. Mas só peço que confie em mim.

Camille ficou em silencio por alguns instantes, analisando-o e tentando desvendá-lo, mas apenas soltou um suspiro e revirou os olhos.

- Eu sempre confio, Magnus. Só espero que você saiba bem onde está se metendo.

Honestamente ele não sabia, mas apenas sorriu e mudou de assunto, comentando que a foto que ela tirou com a Izzy era mesmo adorável e que ele também shippava as duas.

Quando chegou na casa dela, lhe deu um beijo na bochecha e esperou até ela entrar para poder dar meia volta com o carro e retornar pra casa dos Lightwood.

Não podia estacionar na frente, então parou há uma quadra de distância, mas de um jeito que ainda conseguisse enxergar a residência.

Eram 21:10 quando ele se deu conta de que estava mesmo louco.

Haviam vizinhos por ali que poderiam flagra-lo e chamar a polícia.

Ou talvez os próprios Lightwood o flagrassem e pensassem que ele era um psicopata querendo corromper a filha deles.

Ou pior ainda... Alec poderia estar brincando quando destravou a janela e disse: "Esteja aqui às 21:30 que é quando meus pais vão assistir a novela e a Izzy vai pro quarto assistir a série dela"

- Você é louco. - Magnus sussurrou para si mesmo e tirou o celular do bolso.

Já havia uma mensagem da mãe e 5 ligações perdidas, mas ele nem se deu ao trabalho de ler e ligou direto pra ela.

- Até que enfim você resolveu lembrar que tem mãe. Eu estava quase chamando a CIA pra te procurar. - Charlotte resmungou, e Magnus sentiu uma pontada de arrependimento.

- Desculpa mãe. Eu me distraí estudando.

- Você pensa que me engana, mocinho? Sei muito bem que você sai às 17:30 do colégio e agora são quase 22h. Óbvio que você não ficou estudando até agora na casa dessa nova amiga. É a mãe dela, não é? Você disse que adorou essa tal de Maryse quando voltou de lá no sábado e agora vai me trocar por ela.

Magnus não conteve um sorrisinho pelo ciúmes dela, mas se apressou em responder.

- Claro que não, mãezinha. Você é única na minha vida. E me desculpe por não ter atendido. Eu estava distraído mesmo. A Izzy realmente nos ajudou muito com a porcaria da matemática, e depois nós jantamos lá. Só isso.

- Humm.... tudo bem. E onde você está agora?

- Eu vim deixar a Camz em casa e entrei um pouco. Nós vamos ver um filme e já já eu chego aí.

Be My Eyes - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora