Capítulo Quarenta e Quatro.

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Nem tudo são flores...

Boa leitura!

~•~

Depois de muitos currículos enviados e entrevistas realizadas, eu finalmente consegui voltar para minha área e o melhor é que foi no hospital. O bom nisso é que eu já conhecia o ambiente, estava familiarizada com a equipe e ritmo. O ruim é que precisava enfrentar os questionamentos e dúvidas sobre meu novo cargo.

***

— O que será que ela fez 'pra subir assim?

— O que não fez, você quer dizer.

— Conheço essa história. "Merecimento", né, sei.

— Mereceu porque abriu bem as pernas.

Todos riram.

***

Essa foi a conversa que, sem querer, ouvi na área de descanso. Fora os outros absurdos que ouvia aqui e ali. Não vou mentir e dizer que eu era indiferente as sua palavras, porque não era. Me frustrava, me deixava triste e chateada. Ser desacreditada e julgada dessa forma era horrível. Como se dormir com alguém fosse o único jeito de uma mulher subir numa empresa. Essas coisas acabam me cansando e estressando mais. Isso sem falar da raiva que me domina.

Fechei a porta atrás de mim e andei até o sofá, tirando os saltos pelo caminho. Me joguei no móvel, coloquei a bolsa de lado e abri os botões da blusa, tirando o sutiã em seguida. Nada como deixar os seios soltos depois de um longo dia de trabalho com eles presos. Apoiei a cabeça no encosto e fechei os olhos, soltando um longo suspiro.

— Que cansaço.

— Ainda bem que já fiz o jantar. – tremi levemente pelo susto.

Encarei Natsu que entrou na sala e me deu um selinho.

— Um dia você vai acabar me matando de susto. – envolvi os braços em seu pescoço e minhas pernas em sua cintura. — Me carrega?

— 'Pra onde?

— Banheiro.

— Own, tudo que minha princesa quiser. – me levantou e entrou no cômodo, me colocando sentada na pia. — Quer que eu tire suas roupas? Te dê banho?

— Não nasci ontem, Natsu.

Ele beijou o vão entre meus seios e foi subindo até o pescoço.

— Tem certeza? – falou separando mais minha blusa e descendo as mangas pelos braços.

— Pode parar por aí, 'tô cansada demais 'pra isso agora. – dei um leve empurrãozinho.

— Tudo bem… – fez um bico. — Vou esquentar a comida. – me ajudou a descer, ganhei mais um selinho e ele saiu.

Tirei o resto das minhas roupas e liguei a água morna. Relaxei assim que a senti caindo sobre meu rosto. Acabei perdendo a noção e ficando tempo demais.

— Ótimo. – resmunguei ao perceber que esqueci a camisola e a calcinha.

Me enrolei na toalha e deixei o banheiro. Andei até o quarto e vesti as peças. Voltei ao cômodo anterior, estendi a toalha e fui em direção à cozinha.

— Me sinto nova em folha. – falei sentando à mesa.

— Eu entendo perfeitamente. – disse rindo.

— Você chegou mais cedo hoje. Aconteceu algo?

Perguntei me servindo.

— Comigo não, mas um transformador explodiu e como não podemos trabalhar sem luz, fomos liberados. – deu de ombros.

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora