Capítulo Doze

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                                                 ERICK

Acordei e passei a mão em meu colchão a procura de Alana, ela não estava, era bem a cara dela sair sem avisar, depois de uma noite de amor. Levantei, ainda nu e fui ao banheiro. Liguei o chuveiro e entrei na água morna, apoiei as mãos na parede fria revestida de porcelanato, meu pensamento foi de encontro à noite maravilhosa que tive com a mulher da minha vida.

Aquela lingerie preta vestindo o corpo violão de Alana me deixavam aceso, nos entregamos mutuamente, apaixonadamente. A noite foi uma surpresa para mim, Alana havia sido perfeita em todos os sentidos, eu precisava dela eternamente minha, ao meu lado, não apenas como secretária, mas como minha noiva de uma forma real.

Espantei os pensamentos antes que minha excitação resultasse e outra coisa, lavei meu corpo, escovei os dentes, desliguei o chuveiro e enrolei na cintura uma toalha que estava pendurada no box. Caminhei até o closet para escolher uma roupa, peguei um terno azul, vesti uma camisa social branca por baixo, dei um nó na gravata, penteei o cabelo e passei meu perfume de aroma amadeirado. Conferi o resultado no espelho, parecia impecável.

Voltei para o quarto, peguei minha pasta com relatórios e documentos da empresa, localizei meu smartphone no criado mudo, li as notificações rapidamente, abri o contato de Gael e enviei uma mensagem pedindo que me buscasse para irmos ao trabalho. Desci as escadas e fui até a cozinha procurar algo para beber, talvez tivesse suco na geladeira, antes de abrir a porta do refrigerador, vi um bilhete pendurado.

"Sr. Erick tem panquecas e torradas, café e suco de laranja, tenha um ótimo dia."

Att Alana.

Tirei o bilhete da porta, sorrindo, o guardei em minha pasta e me servi do lanche que Alana deixou na bancada para mim. Estava tudo delicioso, imaginei como seria minha vida de casado com ela, todas as refeições que faríamos juntos, todos os carinhos e mimos que eu poderia receber… Gael entrou no apartamento e me olhou desconfiado, certamente eu estava com cara de bobo comendo e pensando na minha musa, aproveitei o bom humor em que me encontrava e chamei-o para tomar café comigo, havia comida suficiente para nós dois. 

Terminamos nossa refeição e pegamos o elevador até o térreo, entrei no carro ao lado de Gael, ele ligou o motor do veículo e dirigiu até a empresa. Chegamos na hora exata em que o expediente se iniciou, não gostava de atrasos, me organizava para fazer tudo o que precisava e chegar a tempo no trabalho. Desci do carro e fui até minha sala, Gael ficou conversando com Mônica, na recepção. Peguei o elevador da empresa até o andar da minha sala, ao chegar no local reparei uma certa dispersão dos funcionários, entrei no local analisando a situação, quando avistei Alana, entendi o motivo de só os homens estarem distraídos.

Sentada com a postura de uma lady, ela executava seu ofício com uma tremenda concentração, a roupa social destacando suas belas curvas, a blusa branca alimentava a fantasia de todo homem, que era vê-la molhada, colada no corpo da Deusa. Ela cruzou as pernas, fez um coque nos cabelos e colocou a caneta na boca, tudo espontaneamente o que dava todo charme a cena. Eu estava começando a ficar duro ao observá-la, olhei a minha volta e percebi que todos estavam a secando, principalmente Lorenzo.

Aquele bando de marmanjos admirando a minha mulher me deixou furioso, não queria ter que pegá-la pelo braço e levá-la até minha sala, afinal ela não estava fazendo nada demais, apenas o seu trabalho, mas precisava agir de forma tão sensual? Não dava para continuar com aquele espetáculo erótico, eu decidi tomar uma atitude. 

Andei calmamente em sua direção, meu coração estava acelerado e tentei disfarçar minha euforia. Encarei os outros seriamente, ao perceberem minha expressão, voltaram desconfiadamente ao trabalho. Me aproximei de Alana e pedi que fosse até minha sala. Abri a porta e como um cavalheiro deixei que ela entrasse primeiro, na verdade era a desculpa perfeita para encarar sua parte traseira, a saia justa realçava o contorno do seu quadril, as pernas à mostra e o rebolado hipnotizante me fizeram perder o ar por alguns instantes. Recuperei o fôlego e fechei a porta, alcancei Alana e a encostei na parede, nossos rostos estavam bem próximos e eu sentia o calor de sua respiração ofegante.

Eternamente SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora