— Você cabisbaixo me mata sabe? — Seonghwa diz, respirando fundo ao ver o amigo naquele estado.
— Eu vi ela... — Disse, sentindo uma enorme dor no seu peito, junto de um belo nó na sua garganta. — Eu vi a minha filha...
— Wooyoung... — Seonghwa realmente não estava conseguindo saber o que falar, pois sabia que aquilo estava sendo difícil para o amigo, por mais que ele tivesse errado. Felizmente, ele tinha assentado com as ideias, mas nunca esperou ser doloroso vê-lo naquele estado. Aquele não era o Jung que conhecera.
— Eu vi elas. Eu vi elas. — Repetiu diversas vezes, sentindo lágrimas quentes caírem por seu queixo. Não conseguiu se controlar, deixando tudo sair. — Elas são felizes sem mim. Ela tem uma nova pessoa que deve tratar a minha filha da melhor maneira.
— Mesmo que fosse a verdade, mesmo que você fosse ainda mais idiota, você não deveria dizer isso pois você é o pai biológico dela.
— Se todos ligassem para se é ou não filho biológico, não se via tanta criança sendo abandonada.
— Wooyoung, são coisas diferentes. Eu estou falando do seu caso. Não entre em detalhes mais pesados. Sua filha não foi abandonada pelos dois pais, ela ainda tem a mãe, e pode ter o pai.
— Não sei.
— Se você quer elas de volta, não pode responder não sei. Essa não é a resposta para as suas diversas perguntas.
— Eu odeio ele! — Wooyoung exclamou. — Odeio o Zitao!
— Ciúmes. — Seonghwa diz, suspirando. — Normal. Não vou te julgar dizer que odeia uma pessoa quanto está sensível, sem respostas, com ciúmes, e tentando concertar seus erros.
— Eu quero que ele se foda.
— Calma. — Seonghwa tenta o acalmar, no entanto, não dá muito resultado. Vários xingamentos saíram da boca do Jung, nomeadamente para ele próprio, e o Park apenas o deixou estar. Ele precisava se libertar, e não julgá-lo-ia em nenhum momento.
— Ok, eu digo que o odeio, mas eu não o odeio. — Seonghwa não soltou uma pequena risada por respeito. Wooyoung era desse jeito, e iria apenas tentar acalmá-lo. — Não. Eu odeio-o sim.
— Odeie ou não, não será isso que te trará respostas. Você tem que lutar por aquilo que quer. — Seonghwa tinha razão, tanto que fez o Jung rapidamente parar com todos os xingamentos que ainda estava soltando, fazendo-o pensar. Ele teria que lutar se realmente queria aquilo que queria. Se realmente queria resolver as coisas. Precisava de luta. Odiar e xingar não iriam trazê-las de volta. Mas soube bem soltar tudo, nem que tenha sido só por um pouquinho.
— Conhecendo a sua ex-mulher, e vendo o que vejo. Sua filha não odeia o pai. Ela pede para vê-lo. Ela sabe que tem um pai e pede para o ver. Acha que, se ela não quisesse que você visse a sua filha, andava com essas coisas? — Wooyoung olhou suas mãos, apenas prestando atenção às palavras do Park. — Vocês tem uma filha juntos, mas muitas vezes isso não quer dizer nada e a criança nasce sem querer saber da existência do pai. Tudo bem, ela é pequenina, mas ainda há esperança, pois a mãe não a proibiu quanto à pergunta de "onde está o papá". Quer dizer, acredito que com cinco anos de idade ela pergunte. Sabe falar direito, possívelmente já sabe escrever o próprio nome e logo logo vai aprender a ler e aperfeiçoar a sabedoria de saber escrever. Você ainda tem muitas chances, se quer saber. Mas tem que pensar muito, saber o que dizer, pois para cagar ainda mais as coisas, já basta seu erro à cinco anos atrás. Você com certeza não quer que as coisas piorem. Tao pode ser o namorado dela, mas você é o pai da filha dela e a sua filha pede para ver o pai. Agarra a oportunidade, Wooyoung.
— Ou pode ser um golpe para depois colocar a criança contra a mim.
— Você conhece melhor a Bia do que eu. — Quando Wooyoung ouviu o apelido do nome da sua ex-mulher estremeceu. — Eu conheço ela, claro, mas você conhece como a palma da sua mão se for comparado a mim.
— Conhecia. — Respira fundo.
— Mas enfim. Quando supuseram que a filha era do Tao, eu tive vontade de mandar eles comprarem óculos. Tem a porra de um empresário que só falta terem colocado ele numa fotocopiadora e com isso apareceu a criança. Carinha chapada a você. Só as covinhas são da mãe. As bochechas não sei se é você ou ela. Ambos são bochechudos.
— Nem isso eu consigo saber. Eu sou um péssimo pai. Eu nem sei como você é capaz de dizer que eu sou pai. Eu fiz a criança, mas em nenhum momento acompanhei-a. Trai a minha mulher, deixei-a grávida a achar que ela tinha me traído com outro porque eu tinha na minha cabeça que não era meu e o que aquele colega falava parecia tão verídico. Eu surtei. Eu surtei e desci ao nível mais abaixo possível. Era o que ele queria. Queria o que era meu. E eu feito parvo acreditei naquelas palavras. Eu sinto-me tão...
— E mesmo assim não conseguiu.
— Eu não vou desistir. Mas não estou pronto para receber um não. Não estou pronto para ver a minha filha e logo a seguir ter que ir embora. Eu sei que tenho que aceitar, mas não estou pronto. Eu quero fazer de tudo para achar a resposta para tê-las de volta, mas mesmo assim pode não ser suficiente.
— Basta lutar. Você consegue. Eu acredito em você.
[...]
— Senhor Jung Wooyoung, veja isto. — Uma mulher da receção chamou Wooyoung, que rapidamente andou até ela, encarando uma página aberta do Twitter no celular dela. Arregalou seus olhos ao ler tudo de uma ponta à outra.
[#WooyoungHORIZON JUNG WOOYOUNG é visto no restaurante de sushi da cidade e sua EX-MULHER se encontrava no carro ao lado. Fontes desconhecidas dizem que ele PERSEGUIU A MULHER até lá [que estava junto de seu namorado, HUANG ZITAO] na companhia de PARK SEONGHWA, seu colega.]
— Metam o processo de difamação, pois não admito tal fake news, ainda mais porque expuseram-me sendo que não tem nada a ver com o que eu fiz ou não fiz, seja verdade ou não. Eu deixei passar aquela vez, mas isto aqui eu não deixo mais. Além de que, estão metendo o Seonghwa onde não devem. Tratem imediatamente disso!
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Answer | jung wooyoung
Rastgele[woobia ! ver] [REESCREVENDO] "Queria arranjar uma resposta para conseguir ter ela e minha filha de volta" Jung Wooyoung, anos atrás, não queria admitir que era pai e nem assumir a mesma filha que pede para ver ele todos os dias através de poucas pa...