Era um homem comum, na verdade não tanto assim. Um astronauta.
Andava insatisfeito com o mundo, a sociedade havia se estragado e ele se perguntava se tinha como fugir, ir correndo pra outra dimensão e fugir do caos que se encontrava. Tudo estava ao avesso e já sentia seu próprio ser ficando envenenado com tudo aquilo, ah sociedade... Ah mundo!
Gostava de estudar, mas não qualquer coisa, era fascinado por astrologia, acreditava que vidas poderiam existir pelo o universo a dentro, tudo era possível e imaginar o misterioso azul escuro do universo e suas galáxias, o faziam sonhar.
Um dia lhe disseram que tudo aquilo era bobagem, sonhos de um cara lunático que não tinha nada melhor pra fazer. E ele pensava "Como encontrar algo melhor do que a pureza do universo e seus mistérios? Eu não vejo nada além de ciência e estrelas, que são puras e brilhantes, elas não são como as pessoas."
Um astronauta, em busca de respostas que não podiam ser descobertas por um único homem, ou um "mero astronauta" como lhe diziam. Só seguira essa carreira por ter conservado uma criança sonhadora dentro de si, era o que sempre escutava.
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Madrugada, o céu escuro, lembrava do entardecer onde a lua não parecia tão escura como estava naquele momento, mas olhando atentamente pro céu conseguiu ver algo que chamou sua atenção.
O rádio estava ligado, tocando uma música qualquer, mas a conexão começou a falhar, e do rádio saiu uma voz estranha, nunca ouvira algo assim.
Luzes brancas o cegavam, estava impedido de enxergar algo que não fosse toda claridade, não entendia o que estava acontecendo, era tudo muito estranho.
De repente tudo passou, não escutava mais as vozes estranhas que lembravam robôs, talvez? Estava em uma sala, na verdade era melhor que isso...
Primeiramente pensou estar em um foguete, mas não era tão comum assim, uma espaçonave... Sim, daquelas em forma de círculo, com luzes enormes e que carrega seres estranhos.
Não sentiu medo, encarou uma coisa verde com olhos gigantes, uma criatura magra, que ao falar com ele, descobriu ser o dono da voz estranha.
— Não tenha medo, vim em missão do universo, te mostrar tudo o que o seu coração anseia, terráqueo.
Não conseguira responder, estava perplexo, não conseguia entender qual a sensação direito. De repente se viu vestido em uma roupa espacial, um astronauta completo, não tinha reparado... Dessa vez não estava mais em missões do trabalho, agora oficialmente no espaço.
Tudo começara a ser narrado pelas vozes que lhe explicavam coisas que ele já sabia, e outras nem tanto, eram informações que só alguém que vivia ali podia lhe dizer.
Um passeio por toda a imensidão escura, com tantos corpos celestes e planetas e estrelas, e... Não conseguia descrever a sensação de estar passando por isso, era incrível, era lunático, era DE VERDADE?
Viu asteróides, cometas, estrelas, meteoróides, planetas e satélites... Não acreditava que era digno de tudo aquilo, seu lugar era na terra, junto das pessoas corrompidas, mas o espaço sideral parece ter sido o seu refúgio e renascimento.
Vira a lua como nunca tinha visto: de perto, era linda, o fazia sonhar e pensar em tantas coisas científicas, LUNÁTICAS! Ah, ele era sim, era um elogio.
Estava voltando, sentia todo aquele vazio de um lugar tão grande, mas estava realizado. Sorriu ao ver a terra tão azul, estava linda, era linda!
E de repente voltara a sala do seu apartamento, não tão monótona para um nerd lunático, visto que tinha coisas interessantes sobre sua "coisa" favorita: Astrologia. Mas a principal agora estava dentro de você: uma experiência que ele não sabia ainda se fora um sonho.
Saiu de seu apartamento, ao passar pelo saguão do prédio viu um carinha que acreditava ser o porteiro, nunca tinha reparado nele, nunca havia parado ali pra cumprimentar ninguém, então sorriu, recebendo como resposta uma cara confusa e surpresa.
"Desculpe estanho
Eu voltei mais puro
Do céu"
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O astronauta de mármore (Interpretação)
FantasyOlá, primeiramente quero dizer que essa obra não é um plágio, não estou querendo mudar a autoria de nada. Se trata de uma INTERPRETAÇÃO que eu fiz da música "O astronauta de mármore" de "Nenhum de nós" A interpretação não é a correta, pois não exist...