É a décima terceira vez que corro até aqui
A décima terceira é a da sorte
Deito na areia extensa
e a visto como quem veste um caixãoMe sinto sujo, sujo, sujo a areia, a calçada, a própria noite
Sujo tudo com um só olhar
Uma sujeira contagiosa
E olho a lua, um olho sobre nós, nós todos, nós dois, o luar?
Deito no mar e rezo para ser levado para longe longe longe
Longe
Talvez longe de mim mesmo
E fecho minhas pálpebras de pedra
E lembroNo meu sonho
havia uma irmã, um monstro e um bebê
E você não estava lá
E todos eles eram o mesmo
E eu chorava, chorando, choro
E minha ajuda era agonizante
Até que eles se precipitaram em alguma outra coisa
E você nunca esteve lá
Lá onde você costumava estar
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Tudo que era um jarro de flor
PoetryA poesia é sempre sangue derramando. Chuva de noite. Um jarro de flores em pedaços.