Oi anjinhos, tudo bem com vocês?
Trazendo aqui uma nova fanfic talvez um pouco diferente do que costumo trazer, mas espero que gostem ><Boa leitura! <3
Passos precisos eram dados contra o piso gélido da sala. O espelho refletia a imagem perfeita e categórica de seus movimentos, dos mais lentos aos mais abruptos, mesmo que o dono deles nem ao menos estivesse com os olhos captando a si mesmo. Diversas vezes em diversas passagens estava seguindo a cegas, e quando errava, recomeçava a contagem e tentava de novo e de novo até que o passo se tornasse exato, posto que era isso que buscava quando colocava os pés naquela sala, a perfeição de seus movimentos.Imaginava seu corpo dançando na superfície do mar, tornando-se cada vez mais leve ao seus pés tocarem o chão, todo o estresse do dia no campus se esvaindo cada vez mais de seu corpo como se nem tivesse se feito presente antes. Não obstante, sua mente lhe pregava peças conforme seu corpo de súbito pendeu para o lado e uma dor bateu forte em seu estômago, a horas vazio.
Ainda sim, não abriu as orbes, precisava enfrentá-los; seus pesadelos. Seu mar se tornou alvoroçado e seus passos se tornaram errantes, vacilando várias e várias vezes, atraindo lembranças ruins de quando era criança.
“Você chama isso de dança?”
“Quer um conselho? Perca peso. Tem tanta gordura acumulada que parece uma bola quicando.”
“Se eu fosse sua mãe, sentiria desgosto.”
Risadas vinham de todos os lados, ecoando pelo lugar, cercando seu pescoço como uma corda. Seus pés começaram a afundar, sendo engolido pela tempestade em sua mente. Seu corpo não deixava de dançar, tentar, se salvar. Estava tenso e pisava firme, tentando tomar o controle de sua mente novamente.
A franja grudada a tempos em sua testa, a blusa cinza encharcada de suor grudando em suas costas, mais uma pontada no estômago foi o suficiente para seus olhos abrirem de imediato para o mundo real, parado em frente ao espelho, sentindo todos os poros obcecar por descanso. Ofegante e com fome.
Desviou o olhar de seu corpo para o do moreno deitado no chão mexendo em algo no aparelho eletrônico. Foi como se seu mar agitado tivesse se tornado imperturbável, voltando a calmaria de antes e seus lábios se abrissem para dar lugar a um sorriso com todos os dentes dianteiros à mostra. Quando o mais novo notou estar sendo observado, tratou de deixar o celular de lado, se sentar e retribuir.
— Qual o progresso de hoje? — Jogou a garrafa d’água na direção do mais velho, que não demorou muito para que a deixasse vazia.
— Não muito alto desde a última vez. Minha mãe ligou? — Se aproximou do outro enquanto passava a mão na franja, levando-a para trás.
— Ji, estranho seria se ela não ligasse. — Comentou pegando o aparelho novamente, checando. — Três chamadas perdidas e uma mensagem dizendo que irá ficar até tarde no trabalho. Ou seja, eu que vou monitorar o que essa boquinha irá comer hoje. — Piscou sorrindo, levantando e passando a mão na calça para se limpar.
— Você e a minha mãe tem que parar de me tratar como se eu fosse um bebê. Não é como se eu não soubesse me cuidar. — Disse enquanto se dirigia com o moreno até as mochilas jogadas no canto da sala, guardando a garrafa vazia.
Sentiu a mão de Jungkook tocar seu ombro depois de pôr as mochilas cada um com a sua nas costas.
— Saber e fazer são duas coisas bem diferentes, Park Jimin. — O modo como o mais novo proferiu o nome de seu hyung não passou despercebido, Jimin sabia que era uma bronca e que ele tinha certo merecimento dela. Só continuaria a negar.
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Esperança Em Tons de Jeon Jungkook • Pjm+Jjk
FanfictionDe olhos fechados, Jimin tentava lutar contra todos os seus medos no escuro. De olhos abertos, ele os encarava frente a frente, sempre a um fio de não desistir, como sua última esperança. Jungkook era esse fio. Desde que estivera dentro do quarto de...