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As luzes da manhã entravam pelo  quarto pequeno de Ciel Phantomhive.
Ele já estava acordado e levantou devagar para começar seu dia, dessa vez não tão animado, afinal esse seria seu ultimo dia na casa em que crescera. Seus pais eram pessoas medíocres e sem caráter, já que o pequeno era um “Ômega” o tratavam de forma diferente, e já que eram pobres resolveram vender o filho para um “Alfa” rico.
A vida de Ciel nunca havia sido fácil e ele crescera enfrentando vários problemas, formando a pessoa que ele era hoje, recluso, calado, introvertido. Seu gênero havia sido descoberto há cinco anos atrás e sua vida só ficou pior a partir daí.

Ele era um ômega lindo, seu porte pequeno fazia com que ele parecesse ter uma idade diferente da que tinha, e dentre esses 5 anos não mudara muito, continuando com seu rosto delicado e olhos grandes de cores diferentes, um era azul claro e o outro violeta.

Ele vestiu seu uniforme escolar e foi para a cozinha, seu rosto não deixou transparecer nada quando viu os pais o esperando na mesa com um pequeno café da manhã, que não era nada rotineiro.

- Bom dia Ciel. – Disse sua mãe.

Ele não a olhou, apenas sentou-se a mesa e bebericou um pouco do chá morno que estava servido.

- Querido, precisamos ter uma conversa, eu e o seu pai...

- Você não precisa me dizer nada, eu já sei de tudo. – Ciel a interrompeu.

- Mas como...

- Eu ouvi tudo ontem quando os dois conversavam por telefone com um homem. Não é preciso ser muito inteligente para saber do que se tratava. Vocês me venderam.

Sua mãe se irrompeu em lágrimas o que fez Ciel querer vomitar diante daquela cena armada.

- Você não precisa fingir mãe, eu já tenho 17 anos, sei muito bem quem vocês são.

- Ora seu pirralho, é melhor ficar calado e obedecer tudo o que dissermos. – Esbravejou seu pai que até então estava calado.

- Vocês foram muito espertos, me venderam enquanto ainda sou menor de idade. Mas não se preocupem tudo o que vai volta.

Ele se levantou de rompante e pegou sua mochila, calçou seus sapatos e deu uma ultima olhada para a cena atrás de si, o ódio que ele sentia pelos dois exalava de seus poros, no fundo da garganta um choro se insinuava, mas ele engoliu rápido e disse.

- Não precisam dizer mais nada, eu estarei de volta as 5h00. Minhas coisas já estão arrumadas e sinceramente será um prazer sair dessa casa para não ter que olhar mais para a cara de vocês dois. Vocês me dão asco.

Dito isso bateu a porta e deixou os dois adultos atônitos sem saber o que fazer.

Aquele seria seu ultimo dia como uma pessoa livre.

CASAMENTO ARRANJADO - KUROSHITSUJI- (Omegaverse) +18 Onde histórias criam vida. Descubra agora