Cores Do Passado

Memórias.

Antes de tudo, essa história é SIM baseada na thread que ficou famosa dos dois soldados que foram enterrados juntos. Ela mexeu demais comigo e eu queria muito ver algo relacionado a Taekook dessa forma, então aqui está. Faz muito tempo que não posto algo, e essa aqui foi feita com bastante carinho. Ela não está totalmente igual a thread original, apesar de ter algumas partes muito parecidas e outras que saíram da minha cabeça, então não esperem ver uma cópia perfeita.

Não é necessário ter lido a thread para saber, mas quem quiser, recomendo muito. E para quem não sabe, a one aborda homofobia e violência, então quem não se sente confortável com o assunto, é melhor não ler.

Em segundo, eu dedico essa one à Larissa. Ela foi a primeira pessoa a ler e depois fez as capas, VÁRIAS capas. Eu sou muito grata à ela, pois ela foi o meu principal motivo para estar postando Cores Do Passado, então amiga, obrigada por todo seu apoio e por sempre estar do meu lado. Eu te amo muito!

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Quando você é um escritor debutante e sua primeira obra vende 10 milhões de cópias, tudo que esperam de você é um segundo livro que seja ainda melhor do que o primeiro. Acontece que eu passei anos da minha vida desenvolvendo a obra que me levaria ao sucesso que simplesmente esqueci que eu deveria continuar minha carreira e agora eu estava de mãos vazias. Todos os enredos que eu pude pensar não conseguiriam ultrapassar ‘’Cemitério Das Borboletas’’, uma obra de Jeon Jeongguk. Foi quando decidi que precisava de inspiração antes que as coisas ficassem feias para o meu lado.

Seoul era totalmente diferente de Busan, apesar de ser a capital da Coreia Do Sul eu nunca tive muito contato com a deslumbrante Seoul, lugares onde as pessoas iam para desabrochar suas vidas e os nascidos lá tinham acesso a tudo no país. No momento aquilo era meu resquício de esperança; novas paisagens, novas pessoas, novas histórias.

— 3000 wons — Ouço uma voz rouca me acordar do transe que criei pensando em como estava frio, como o café desceu fervendo para a minha garganta e como agora eu sentia meu estômago queimar e não sabia se era pela bebida que borbulhava ou pelo garçom ser atraente até demais.

— Ah? Desculpe — Perco a postura por um instante antes de pagar o Machiatto que havia levado tudo isso de dinheiro do meu bolso. Cafeteria bem na capital, o que eu estava esperando?

Antes de me retirar, reparo em uma pintura fúnebre que fica atrás do caixa. Apesar da aparência do local que era desprovida de cores e funcionava na base do bom e velho branco e cinza, era meio radical depositar ali um quadro de um túmulo.

— Ei, com licença? — Chamo uma das garçonetes que está focada em alguma coisa, mas apesar disso não parece ser incomodada.

— Precisa de algo? — Ela me olha com um sorriso gentil e afável igual todos os outros funcionários presentes aqui.

— Na verdade, só uma curiosidade boba. Por que tem uma pintura de um túmulo no meio de uma cafeteria? — Forço um sorriso, tentando não soar rude, só queria saciar a minha curiosidade.

— Ah, não é um túmulo qualquer. É o túmulo duplo de Seoul — Sò então presto atenção e vejo que ali jazia não só um nome; mas dois. Aquilo era incomum até demais.

— Nunca ouvi falar, mas parece interessante. Por que duas pessoas foram enterradas juntas?

— Não se sabe, mas contam por aí que eles eram amigos muito próximos mesmo depois da morte, então fizeram eles descansarem juntos pela eternidade.