KISS MY NECK (Wontaek)

PILOTO

  Pyeongchang, 22 de fevereiro, 2011 - Coreia do Sul.


Durante toda minha vida, meus pais me criaram sobre uma cápsula, eu sempre fui ensinado em casa, quase nunca eu saia para a rua e eles sempre me diziam que era perigoso, pois alegavam uma certa fragilidade em mim. Durante toda minha adolescência, passei a ter certas sensibilidades, nunca entendia o que está acontecendo comigo, mas eu via as pessoas na televisão e eles eram completamente diferentes de mim, eu sempre fui muito branco, pálido, além da conta e quando fui chegando aos meus 18 anos, passei a ter esses sintomas cada vez mais frequentes, pela primeira vez eu senti nojo ao comer, e estava com muita fome, uma vez eu acabei matando um coelho e bebi do seu sangue, isso foi insano, eu não estava entendendo. Entretanto, continuei vivendo, até um dia em que meus pais estavam discutindo atordoadamente, então eu estava a passar pelo local e logo acabei ouvindo algo que eu não deveria.

- Nos precisamos levar o Taek até a Yonsei, está cada dia mais difícil de mante-lo em segurança, ele já está envelhecendo, sua idade já é bastante para que todos os poderes dele venham a tona, e não iremos conter ele se não recorrer para alguém especialista, precisamos leva-lo para Chin-Sun imediatamente,


Dizia meu pai com extrema aflição, e inquietação, minha mãe ficava apenas observando, com uma certa preocupação e logo resolvia falar também.


- Mas é perigoso, você não tem medo do que pode acontecer lá? São seres de todos os tipos, é perigoso para ele.


- Nós não podemos mais empurrar isso com a barriga, iremos manda-lo para Yonsei e está encerrado, ele é um vampiro, lá deve haver vários, irá fazer bem pra ele, precisamos abordar-lo e explica-lo da melhor maneira.


Aqui foi fatal pra mim, eu fiquei tão surpreso e ao mesmo tempo furioso de ser tão enganado por eles que juravam se importarem com minha segurança, então eu me descontrolei e sai tombeando as coisas da casa e corri em direção ao meu quarto. Aquela noite foi a pior de minha vida, eu estava me sentindo traído, confuso e milhões de sensações. Meus pais vieram até aqui contornar a situação, e eu não queria acreditar naquilo, só queria desaparecer, pra falar a verdade.


- Ele ouviu... Taek, espera...
- Abre essa porta, filho, precisamos conversar.


Então furioso eu respondi para eles:


- Eu não quero conversar com pessoas que me enganaram esse tempo todo, me deixem ficar sozinho!


Respondi furioso, sentado na minha escrivaninha enquanto eles tentavam a todo custo abrir as portas do meu quarto.


- Filho, não era a nossa intenção te enganar, mas se você soubesse disso seria muito perigoso, escuta, iremos te mandar para um lugar seguro e lá você vai entender melhor por quê estamos te protegendo, filho.


- Mentir não é proteger mãe, a senhora mentiu pra mim, me deixem descansar, por favor. Amanhã podemos conversar melhor.


Eu disse bem calmo, mas ainda em um turbilhão de pensamentos sobre aquela situação. Eles foram embora e eu finalmente tive um momento de paz, pela primeira vez eu comecei a reparar em mim e tudo fazia sentido, meus olhos eram de cores diferentes e pela primeira vez eu me olhei no espelho do banheiro em meu quarto e não vi nada, apenas o espelho. Pela primeira vez eu senti que eu estava... renovado, e, ao mesmo tempo... estava com medo, e então me deitei ao chão chorando bastante até que apaguei e acordei no outro dia.


Pyeongchang, 23 de fevereiro, 2011 - Coreia do Sul.

E mais um dia tudo começa novamente, o céu está cinzento e parece bem carregado de chuva. Ainda estou tentando digerir aquela situação de ontem e para ser bem sincero, estou chateado, confuso, perdido... enfim, estou abalado com tudo isso. Vou tentar conversar com os meus pais...
Logo eu me levanto, saio do local em que estava e vou em busca dos meus pais pela casa, minha mãe estava sentada no sofá e eu cheguei até ela e apenas fiquei esperando uma resposta sua.

- Taek... eu sinto muito, nós não podíamos te contar e por a sua vida em risco, você poderia tentar nos entender? 

A minha mãe dizia isso em um tom tão alto e confuso, eu realmente consigo compreende-la, então respondo-a.